The Love Between Opposing Worlds

O Presente é Realmente Belo

Alguns dias depois...

A passos lentos e calmos, o rei de Nênia andava por um dos corredores do castelo. Era cedo, o sol começava a clarear o céu, revelando algumas poucas nuvens brancas em sua extensão.

A cidade ainda estava tranquila, a maioria ainda dormia, mas logo levantaria de suas camas para iniciar o dia.

Depois de atravessar alguns corredores, Sasuke parou diante daquela porta. Sua noite fora péssima, assim como as outras, seus pensamentos sempre o levava para ela, e com isso, passava sua noite em claro, apenas pensando nela, se estava bem, se tinham chegado bem em Ravenna, mesmo com a mensagem que recebera a poucos dias informando a chegada tranquila do povo Ravenience em sua cidade natal... Como queria ouvir isso dela. E agora estava ali, diante da porta do aposento que a abrigou durante o templo que esteve em seu domínio, em seu alcance.

Seus olhos correu por aquela porta, enquanto em sua mente, podia ouvir a voz dela, a última vez que a ouviu, parecia o perseguir, o atormentando-o.

Ele ergueu sua mão e, lentamente abriu a porta, ouvindo o som da madeira rangendo, que preencheu aquele corredor. O lugar era apenas iluminado pelo céu claro do lado de fora, vindo da janela aberta. A poeira já se fazia presente e voava por todo o lugar, desde que ela foi embora ninguém mais entrou ali, apenas ele agora.

Hesitando, ele deu um passo à frente, logo dando outro e mais outro até estar totalmente dentro daquele aposento. Foi impossível não respirar profundamente e sorrir de forma sutil ao constatar que o doce aroma dela ainda estava ali, já não era tão presente mas era o suficiente, o suficiente para acalmar seu coração, ao menos um pouco.

O peso que tens carregado desde que começou a sentir esses tais sentimentos por aquela jovem... Seus olhos tão verdes, sua pele alva... Seus cabelos. '' Por que são desta cor?'' Sempre quis perguntar...

Ele parou no centro do aposento e fechou seus olhos, imaginando o sorriso que ela deve ter, coisa que nunca teve a chance de presenciar, as conversas que deve ter tido com sua mãe ali, a viu junto de sua mãe no jardim uma vez... Será que havia gostado do passeio?

— Meu rei

A voz de Itachi o despertou de seus pensamentos, fazendo sua expressão ficar séria quase que imediatamente.

— Diga, Itachi - Sasuke abriu seus olhos, mas permaneceu imóvel

— Recebemos notícias de Heinz - sua voz estava calma

Ele respirou mais uma vez, gravando em sua mente aquele leve aroma que voava ali e, deu meia volta e saiu daquele aposento, juntamente com o general.

(...)

Seus olhos castanhos claros olhava com atenção para aquelas moedas que reluzem em suas mãos. O brilho do outro puro o deixou imóvel, nem mesmo o som que as moedas faziam em suas mãos, quando movia a mesma, parecia o convencer do que acontecia. Um pequeno saco estava em sua outro mão, também contendo moedas, totalizando trinta moedas de ouro.

Ele ergueu seus olhos e encarou aqueles dois Hyuugas que o encarava com seriedade.

— Temos um acordo então? - Neji pergunta à ele

—... C-com essas moedas vocês tem o que quiserem de mim - um grande sorriso surgiu no rosto do homem

— Só queremos a ferreira - disse Noa

— Claro, eu irei buscá-la

Ainda com seu grande sorriso no rosto, ele colocou as moedas de volta no pequeno saco e adentro seu estabelecimento logo atrás de si.

— Você já pode desmanchar essa cara, Neji - disse Noa enquanto o olhava

— Odeio essa raça - sua voz saiu entredentes

— Já estamos a quase uma lua com eles, treinando junto, alguns de nós até bebendo junto com eles, já devia ter se acostumado com esse povo, ao pelo menos aceitado - disse

— Me acostumar?... Eu nunca vou fazer isso

— Nossa líder não gostará de saber disso

— Hinata sabe muito bem o que penso sobre esse povo - disse Neji — Eu nunca ou me misturar com eles

— Eu não diria...

—Sei o que quer dizer, Noa, então é melhor pararmos por aqui, pois não vai levar a nada - Neji o interrompeu, encarando o Hyuuga ao seu lado brevemente, logo voltando seu olhar para a porta que o homem havia entrado

—... Tudo bem - Noa se conformou, por hora, e andou para o lado, respirando o ar da manhã

Aquela rua já começava a ficar movimentada, pessoas iam e viam, homens e mulheres, soldados e mercadores. Já não havia mais aquele olhar espantado ou temeroso em seus rostos, mas sabia que, entre eles, ainda falavam sobre o clã Hyuuga.

Não demorou muito e logo a mesma porta que o homem feliz pelo ouro entrou, foi aberta novamente, trazendo ele de volta e uma jovem logo atrás.

— Seus novos donos, Tenten - disse o homem, ainda com seu grande sorriso

Com certo medo e curiosidade e, ainda abalada pelo jeito que seu pai a abordou na oficina, a fazendo reunir seus poucos pertences em uma trouxa, ela olhou para aqueles dois Hyuugas, lembrando-se imediatamente da Hyuuga que apareceu à alguns dias atrás.

Olhos castanhos escuros, cabelos do mesmo tom amarrados em alguma trança, estatura mediana, pequenas e leves cicatrizes em seus braços, onde podia notar a firmeza dos músculos, levemente sobre a pele morena, roupas simples, uma pequena trouxa nas mãos... ''Era ela?''... Torceu seus boca descontentado depois de analisá-la, ''O que Hinata desejava com uma escrava?''

— Vamos logo - disse Neji girando seus calcanhares e seguindo pela rua a frente

— Venha Tenten - Noa lhe ofereceu um singelo sorriso

Engolindo a seco, ela se aproximou dele, logo o seguindo pela rua.

Sua cabeça doía com os pensamentos que a invadira... '' O que desejavam consigo?'' '' Não havia nada a oferecer...'' Ela apertou a pequena trouxa em suas mãos enquanto andava, tendo o Hyuuga logo atrás de si e o outro mais a frente. Olhava para os lados sutilmente, tentando pensar em alguma fuga, mas será que conseguiria? Ouviu de alguns clientes que os Hyuugas mostraram grande habilidade de combate corpo-a-corpo e em batalhas, com qualquer tipo de arma e grande velocidade e destreza. Não adiantaria correr então, e mesmo se conseguisse os despistar, poderia muito bem ser capturada e vendida novamente. Talvez não pelo mesmo preço exorbitante, mas com toda certeza seria castigada... Tal pensamento a fez estremecer, e sentir as marcas em suas costas pinicar.

Ela ergueu seus olhos para aquele céu tão claro e pediu, em silêncio, pela misericórdia dos deuses.