Luz do Mundo

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Cereija_Uchiha e Franpribas pela grandíssima ajuda. Amo vocês, minhas gurias <3 

E vamos de cap novo :)


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 " Eu prometo me tornar um forte guerreiro
Proteger meu povo como príncipe herdeiro
Mesmo agora criança serei um dos que fortalecerá a esperança
Não temerei
Não vou recuar
Sempre que cai
Irei levantar
O inimigo desconheço
Mas seu nome é de peso
Mas como filho do rei
Trarei a paz como um dia ele fez
O medo, o ódio e o amor serão meus guias
De agora até o fim da linha"


Alpha Romanoff



ANOS DEPOIS...

O último nó foi dado por ele em seu bracelete, vendo que se encaixou perfeitamente . Com certo receio, o Uzumaki deu alguns passos para frente, ficando diante do espelho, que ia do chão até quase o teto, bem preso na parede. Seu reflexo revelou o quanto aquela armadura lhe caiu bem. A armadura Hyuuga.

O jovem suspirou levemente, tendo seu semblante toda a seriedade que aquela situação tinha, afinal, aquilo possuía um significado muito maior do que o simples fato de que, de agora em diante, lutaria as guerras de seu rei, e de seu clã, com a armadura do dragão... Não, havia um significado a mais que foi capaz de deixá-lo pensativo.

Como pode ter pensado, nem que por um momento, que tal dia não chegaria? O que fora capaz de lhe distrair a tal ponto?... Não acreditava que fosse os anos que passou que o fizeram amolecer e se esquecer das palavras de sua mãe.

— Nossa... Ficou perfeita em você

O jovem loiro saiu de seus devaneios ao ouvir aquela voz, já conhecida por ele, soar próxima. Decidiu deixar seus pensamentos e preocupações para outro momento.

— Obrigado - Boruto agradeceu, mantendo seu olhar em seu reflexo

— Minha mãe ficará feliz em saber que não precisará fazer ajustes

— Ela... Ela não fez nenhum ajuste neste aqui? - seus olhos perolados se direcionaram para o reflexo de sua prima, que surgiu no espelho, logo atrás do seu.

Dentro de si, um pequeno fio de esperança começou a nascer, mesmo que involuntariamente, mesmo com seu coração já sabendo a resposta e sua mente já sabendo que não havia outro caminho.

— Não, ela é do tamanho padrão, assim como as outras - disse a jovem Hyuuga como sendo algo óbvio

O cenho dela franziu-se levemente desconfiada ao encarar a expressão do primo, refletida no espelho.

— Você está bem, Boruto? Não parece tão feliz... Eu estava presente quando alguns Hyuugas receberam suas armaduras à algumas luas e olha, eles ficaram bem mais felizes que você, e eles são Hyuugas de sangue puro

O olhar de Boruto desceu por seu reflexo, até atingir o chão que pisa e, suspirando mais uma vez, ele virou-se para sua prima, vendo que ela mantinha os braços cruzados frente ao corpo e uma de suas sobrancelhas arqueadas.

— Peço desculpas se minha alegria não é tão transparente - respondeu com um leve sorriso no rosto

— Chato. É o que você é, meu querido primo, chato

— Peço desculpas por isso também - o sorriso do loiro cresce em seu rosto

— Ahh, eu devia ter trocado com minha irmã. Inari é a única que consegue te aguentar

— Isso não é verdade, há outros que me aguentam

— Está se referindo a princesa?

O sorriso do jovem Uzumaki desapareceu de seu rosto rapidamente ao ouvir aquilo, vendo, e ouvindo, a alta risada que sua prima soltará, fazendo ele bufar levemente.

— Nem adianta, todos já sabem

— Sabem do que? - disse Tenten ao adentrar o pequeno cômodo, estranhando a expressão constrangida de Boruto

— Nada, minha tia - ele tratou logo de responder, desejando que aquele assunto se encerra-se naquele momento

— Olha só, sabia que ficaria perfeita em você - com um sorriso no rosto, Tenten se aproximou do Uzumaki, ao notar a armadura que ele vestia

— Obrigado... É um excelente trabalho - disse Boruto

— Nós sabemos disso, afinal, minha mãe é a melhor - o tom orgulhoso era nítido em sua voz

— Izanagi, vá ajudar sua irmã, por favor - apesar carregar uma expressão suave em seu rosto, seu tom soou sério

— Graças aos deuses - a jovem suspirou alto, sorrindo ainda mais — Obrigada minha mãe

Acenando levemente para o primo, Izanagi andou até a porta, logo saindo do cômodo com certa alegria.

— Desculpe por isso, Boruto - Tenten tornou a olhar para o loiro, sorrindo para o mesmo

— Por favor não se desculpe, minha tia, já sei lidar com Izanagi - disse ele, vendo-a assentir levemente

— Como se sente com a armadura?

— Bem - respondeu com seu cenho levemente franzido

— Certeza?

— Sim... Por que está perguntando isso? Faz parte do ofício?

— Não, eu só estou preocupada - ela apoiou-se na mesa logo atrás de si — Você está com um olhar diferente, diferente de ontem e antes de ontem

— Como assim? Eles são os mesmos

— Não falo da cor e sei que você sabe disso - disse a ferreira, notando o rosto de seu sobrinho ficar levemente tenso —... Boruto, quando se tem a vida que eu tinha, quando se não tem direito nem sequer de falar, você aprende a ler as pessoas pelos olhos, descobrir o que sente e o que desejam e eu sei que você está estranho

Nada saiu de sua boca, preferiu o silêncio naquele momento, mantendo apenas seu olhar nos dela, trincando o seus dentes com certa força para controlar suas vontades. Devia manter segredo... Certo?

Lentamente, Boruto virou-se para a pequena mesa ao seu lado, onde havia deixado sua espada e a pegou, colocando-a de volta na bainha em sua cintura. Pegou sua camisa, que usava antes.

— Você atingiu a maioridade a pouco tempo, mas creio que não seja este o problema - Tenten continuou — Seus treinos diários também não deve ser o problema, já que você também é um Hyuuga e sei que já domina seu dom então... Eu acreditaria que talvez fosse por causa do boato que corre pela cidade de que você e a princesa Sarada tem alguma coisa, se não fosse pela guerra que está tão próxima que consigo até mesmo sentir o cheiro do Norte... E, você sendo filho de quem é...

— Agradeço mais uma vez pela armadura, tia - ele a interrompeu, mantendo-se sério — a senhora é realmente talentosa

—... Entendo - fora a vez de Tenten de desviar seu olhar, percebendo que era o que pensava, a guerra que todos falavam e que fazia os jovens se agitarem

Um estranho arrepio subiu pelas costas da ferreira. Sempre temeu a guerra, do rastro de sangue e dor que ela deixava na terra, na cidade, no campo, os muitos órfãos que se amontoavam nas estradas, em busca de comida ou proteção do frio ou chuva. Lembra-se quando foi uma desses órfãos, quando a guerra chegou no Leste, levando sua mãe, obrigando-a a viver nas ruas até conhecer seu pai.

"passaria por isso novamente"

The Love Between Opposing WorldsOnde histórias criam vida. Descubra agora