Flor Vermelha

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@Franpribas e @Cereija_Uchiha =>Leitoras Betas dignas de todo o aplauso  e agradecimento dessa autora louca que vocês aguentam. Gracias! 


E vamos para o cap, que hj esta uma coisa... kkkkkk



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"Um confronto em breve vai acontecer
O rei bárbaro e seu exército está a se erguer
Pois a frente muitos vão marchar
Sabendo que poucos irão retornar
Corações serão feridos e machucados
Por aqueles que não deveriam profaná-lo
E pelas lágrimas de raiva o guerreiro buscará pela sua espada
A cabeça do rei decapitada
E a vitória nessa sangrenta batalha"



Alpha Romanoff



Meses Depois...




O som das patas do cavalo afundando-se levemente sobre a lama ao chão era a única coisa que podia ser ouvida naquela floresta, de árvores quase sem folhas alguma e de um tão escurecido. Não havia canto de pássaros e nem de insetos, nenhum deles viveriam em uma floresta como aquela.

Montado em seu cavalo, um homem de pele extremamente clara e de cabelos longos e negros, mantinha-se atento, olhando para os lados e à frente. Era sabido por muitos que a floresta do Mende não era habitada por ser algum mas, ele sabia muito bem das histórias que passavam longe de ser simples lendas... Da força daquela mulher sobre a natureza a sua volta.

Um singelo sorriso surgiu no rosto dele ao lembrar-se dela... A veria novamente, depois de tanto tempo. Será que ela o reconheceria? Sabia que ela não havia mudado nada , mas ele sim. Mal pode acreditar quando ouviu seu rei dizer que ela estava em algum lugar naquela floresta.

"Como foi parar ali?"

Fora o que se perguntou diversas vezes ao longo de sua busca, afinal, seu clã é do Sul e , segundo seu rei e as informações que conseguiu, ela estava ali a muito tempo, no meio daquela floresta, onde os poucos homens, que se aventuraram naquela terra e que não foram possuídos pela neblina negra, lhe relatou... No Norte.

Puxando as rédeas de seu cavalo, ele o fez parar. Seus olhos focaram-se na bela flor que, estranhamente, nasceu no meio do trono de uma árvore já morta à muito tempo, assim como todos as outras ali.

O tom vermelho vivo das pétalas daquela flor significava apenas uma coisa: Ela está perto
Daquele ponto em diante ele sabia que ela o sentiria, aquela flor serve para isso.

Respirando profundamente, ele voltou a cavalgar na mesma velocidade de antes, calmamente, embora não fosse calma que estava dentro de si naquele momento, até mesmo o ar parecia saber o que se passava, tornando-se um pouco pesado.

Ele voltou a parar seu cavalo e desceu do mesmo, amarrando as rédeas em um tronco próximo. Continuou a pé, mas não por muito tempo.

Atravessando alguns altos arbustos, seus olhos se arregalaram levemente ao deparar-se com o local à sua frente. Uma pequena área aberta, onde a neblina não cobria. O chão não era lamacento como todo o caminho que o levou ali, mas sim amarelado, como as areias da beira do mar.

Naquele chão, também notou algo desenhado. "Uma letra? Talvez uma estrela?" Não soube dizer.

Ele focou-se na pequena casa ao centro, feita de madeira escura e com estranhos detalhes na porta. Sim... Era ela. Reconheceu aquelas escritas, aqueles detalhes, aquele desenho... Sabia que somente ela tinha tal poder para usá-las.

Ele andou até a casa, ignorando o mal cheiro e o silêncio, que parecia mais agonizante. Parou diante da porta e levou sua mão a maçaneta e a abriu. Ela já sabia de sua presença, desde a flor na floresta, então, não havia motivos para pensar se entrava ou não.

A porta rangeu alto, ecoando pelo local mal iluminado, cheio de coisas pelos cantos, com insetos pelas paredes.

Seus passos ali foi dado com cautela, tendo sua mão em sua espada, na bainha em sua cintura. Talvez já por ser um costume de guerreiro, afinal, se ela o ataca-se, não teria escapatória, não teria tempo para defender e nem mesmo desviar.

Seus pés pararam quando ele se deparou com ela. Seu coração pareceu parar de bater e seus olhos se arregalaram... Sentada em uma cadeira encostada na parede, com pouca luz sobre si, mas não precisava ver seu rosto ou seus cabelos para ter certeza...

— Orochimaru - a voz dela soou baixa e levemente grossa

— Minha senhora - disse ele, ajoelhando-se no chão

— Senhora?... Faz tempo que não ouço isso, mais tempo ainda que não ouço de você - falou a mulher sem elevar seu tom de voz — Quando foi a última vez que nos vimos?

— Já faz bastante tempo - respondeu Orochimaru, ousando encará-lo, vendo o semblante sério no rosto dela

— Quarenta anos... Eu me lembro bem - disse —... O que você quer, Orochimaru? Não acredito que tenha vindo apenas para matar a saudade

—... O rei do Norte... Ele me mandou aqui - disse ele

— Diga à Kast que eu não me unirei à ele e muito menos ensinarei aos seus filhos porcos - falou à mulher entredentes

— Kast não está mais no trono... Seu filho primogênito ocupa seu lugar

— O que? - o cenho da mulher franziu-se — Como assim? O primogênito dele tem apenas sete anos... E é um total lesado, parece que não tem nada naquela cabeça

— Não falo de Mury, mas sim de Kabuto, o verdadeiro primogênito

—... O bastardo? - surpresa, ela perguntou, tendo um pequeno sorriso em seu rosto ao ver seu antigo discípulo assentir

— Agora é ele que senta no trono e comanda o Norte

O singelo sorriso da mulher cresceu até se tornar uma risada, que ecoou naquele cômodo, enquanto ela se deliciava com a notícia.

— Como ele conseguiu isso? - perguntou já mais recuperada da recém crise de risos — Como Kabuto tomou o trono? Ele conseguiu sair e ainda trouxe um exército?

— Ele nunca saiu - disse —... O exército dos possuídos o segue

O sorriso no rosto da mulher desmanchou-se lentamente, até que seu cenho voltou a franzir-se... Sabia muito bem o que aquilo significava.

— O que? - perguntou entredentes, levantando-se de seu lugar

— Aka está com Kabuto - respondeu Orochimaru, levantando-se do chão

— Impossível

— Sabe que não, minha senhora... É chegado a hora, o momento da profecia - disse — Os vinte anos da guerra na terr...

— NÃO RECITE ISSO PARA MIM! - gritou a mulher o interrompendo, fazendo um som estranho ser ouvido

Rapidamente, ela se aproximou de seu antigo discípulo, o agarrando pela couraça de sua armadura e o puxando para mais perto.

Seu rosto... Seus longos cabelos vermelhos, tão vivos quanto o vermelho das pétalas da flor na floresta... De fato, ela não havia mudado em nada.

— Como você ousa, Orochimaru? - disse ela entredentes — Eu que te ensinei está profecia, eu que te ensinei tudo! Até mesmo como manter essa aparência agradável

Com um rápido movimento, a mulher o empurrou para trás com força, o vendo cair no chão.

— Mas você nunca foi um bom discípulo e nunca aprendeu nada que presta-se de verdade. Você não nasceu para este mundo, a magia de Aka nunca esteve em você! - falou a mulher com raiva — Agora, vem me dizer a profecia que eu mesma proferi?! E que mesma li na terra de barro?!... Acha que eu não a conheço?

— Perdão, minha senhora...

— Não me chame de senhora - ela o interrompeu mais uma vez — Talvez eu nunca tenha sido pra você, já que seu coração sempre esteve em outra coisa, não é mesmo?... Não importa o que eu fizesse, seus pensamentos sempre esteve com aquele Uchiha, até mesmo quando ele morreu... Foi o que fez você se afastar, me deixar e perder o direito de me chamar de senhora... Um servo não devia abandonar seu senhor

Sem respostas para dar a mulher, Orochimaru se levantou do chão, mantendo sua cabeça curvada, demonstrando, assim, a impotência que sabia que ela gostava de ver nos homens, um ato de desespero... Somente ela poderia lhe ajudar da forma que precisava.

— Por favor... Preciso de sua ajuda

— Diga à Kabuto que não terá minha aliança - falou a mulher, sentando-se novamente em sua cadeira de forma relaxada — Se ele tem Aka, então não precisa de mais nada, principalmente de uma feiticeira...

— Ele precisa - ele a interrompeu —... Eu preciso... Preciso de você, Karin

Ela o viu erguer seu rosto e encará-la e, naqueles olhos pode ver seus sentimentos, seus reais motivos que o trouxe ali, o desespero que lhe consumia.

— Pelo visto, seus interesses não se interligam com os de seu rei - disse Karin com um singelo sorriso de canto — Que surpresa

— Você me ensinou que, para conseguir o que deseja, deve se aliar ao mais forte - ele deu um passo na direção da feiticeira — O meu rei me trouxe até aqui, mas você... Me dará o que eu quero

— Mas como é petulante - entredentes falou a feiticeira — Por que eu lhe daria algo, ainda sabendo que é algo que irá lhe destruir ainda mais? Pode não parecer mas eu gosto de você e... Eu ainda sei o que deseja, Orochimaru, sempre soube... Aquele clã, aquela família de corvos te arruinaram, Akira foi o primeiro...

— O filho dele ainda está lá... Itachi - disse ele — Preciso que ele saiba a verdade... Ele precisa saber o porquê ele não senta no trono... Se me ajudar a chegar até ele, então lhe darei o que tanto deseja

— E você sabe o que eu quero? - Karin perguntou, com um sorriso sarcástico no rosto

Ele se aproximou mais da feiticeira, ajoelhando-se diante dela.

— Uma coisa terá que concordar comigo... Eu sempre fui muito observador - disse a encarando — E sei o que aconteceu com seu clã... A guerra entre os Uzumaki's

As mãos da feiticeira fecharam-se em punhos em cima dos braços da cadeira, enquanto seu rosto voltou a ficar sério, e seu olhar mostrava o seu ódio puro por aquele fato.

— A injustiça que decaiu seu clã, que o fez se dividir e morrer - disse Orochimaru, notando as reações da mulher — Sei que o que busca é algo para reverter isso, para que os deuses a olhem como olhar para o clã deles... E aquele que fará com que seja vista está no Sul... Anda por aquelas terras, comanda homens e cria sua descendência...

— Chega - falou a mulher com a voz fraca

Ela levantou-se de seu lugar e andou até um canto daquele cômodo, com sua mão fechada em seu peito, usando de seu poder para controlar os sentimentos dentro de si, sentimentos esses que queimava sua pele, que ardia a ferida em sua alma, deixada por deuses que seus pais lhe ensinaram a acreditar e confiar, e que a abandonou quando mais preciso, fazendo seu clã entrar em uma guerra sangrenta.

Tremendo pelo ódio e tristeza que sente, ela mordeu sua própria mão, até sentir o gosto de seu sangue, enquanto as cenas viam a sua mente, o que fez sua respiração ficar mais rápida.

— Engana-se quem diz que o tempo cura as feridas - Orochimaru ergueu-se do chão, sem deixar de olhar para a feiticeira — Você estava lá, nos tempos primórdios, quando o clã Hyuuga foi criado

—... E estarei quando ele morrer... Pelas minhas mãos - disse Karin entre dentes, sentindo seu corpo tremer e lágrimas descerem por seu rosto

— E eu para o clã Uchiha - disse — A rainha deles está grávida... O filho que ela gera em seu ventre enfraquecerá nosso rei negro... A profecia deve seguir e, nossos planos, por suas sombras

— Que assim seja, então - disse Karin, olhando para seu antigo discípulo por cima de seu ombro — Me leve até Kabuto 

The Love Between Opposing WorldsOnde histórias criam vida. Descubra agora