Pelo Amanhã

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AlphaRomanoff , muito obrigada pelo poema, você é incrível! Nunca vou me cansar de admirar esse talento que vc tem, guria :D 

Cap não revisado pelas minhas leitoras betas, então, peço desculpas por qualquer erro :/

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" A paz não dura pra sempre
Mas não devemos viver com isso em mente
Um dia nasce sempre após a noite

Um novo amanhecer
Um futuro a se reescrever
Morte e vida se equilibra
Como a dor e alegria
E mesmo as cicatrizes que marcam a alma
Podem aproveitar enfim a calma
Até o deus sentiu o peso da perda
Sumir ao não ter sua deusa
Lendas vão ser contadas
Sobre o bárbaro rei
Que com seu exército desafiou um deus
E contra a morte
Se viu mais forte
E no final se fez glória
Ao ter sua flor cor de rosa".


Alpha Romanoff




— E-eu morri?

Suavemente, o rei Sasuke passou sua mão pelo braço de sua amada, deitada em seu peito, até que seus dedos alcançaram os cabelos rosados e macios dela, fazendo um leve carinho ali, enquanto mantinha-se com o olhar fixo no teto daquela tenda.

— Sim - respondeu apenas.

—... Por quanto tempo? - era nítido o espanto na voz de Sakura, que tentava se lembrar de alguma coisa.

— Não foi por muito tempo. A deusa Kaguya desceu e te trouxe de volta - mesmo já fazendo pouco mais de um dia de tal ocorrido, lembrar daquela cena, de sua amada morta em seus braços ainda tinha poder suficiente para fazer o coração bárbaro do rei Sasuke pesar — E então, você ficou dormindo por aquela noite e o dia seguinte... Cheguei a duvidar se você estava mesmo viva.

— Estranho... Eu me lembro bem da noite em que fui levada de Heinz, dos dias que passei naquele castelo mas... As outras coisas... - tento uma inquietação dentro de si, Sakura afastou-se de seu marido, sentando-se sobre a cama —... Eu sequer me lembro de ter visto você... Visto você lutar contra Itachi e Aka... É como se você estivesse me contando um de seus sonhos. Se eu não soubesse que estamos no Norte, que está tenda está sob terras amaldiçoadas, eu... Eu não sei se conseguiria acreditar em você.

— Tudo bem - Sasuke também se levantou, sentando-se ao lado dela — Eu também preferiria que fosse um sonho, daqueles que são esquecidos com facilidade - Sakura tornou a encará-lo ao sentir sua mão ser envolvida pela dele — Mas isso eu nunca vou esquecer... Seus olhos sem vida, sem brilho, sua pele branca como o tecido mais branco que já vi e fria como o inverno... Nunca me esquecerei disso, do que senti. Algo morreu dentro de mim junto com você, mas não retornou como você.

— Sasuke? - com seu cenho levemente franzido, Sakura sentiu as mãos de seu rei em suas bochechas, segurando seu rosto.

— Eu sou o rei deste mundo, Dís o deu a mim. Eu reino o Sul, Leste, Oeste e agora o Norte me pertence. Carrego o sangue preto dos deuses, não existe um povo que não se curve à mim - disse Sasuke em um tom sério, que assustou Sakura, até ver lágrimas brotarem nos olhos de seu amado — Mas, agora eu reconheço que existe uma coisa que pode me desarmar totalmente, que é capaz de me levar ao último nível de loucura em poucos instantes, que tem o poder de me destruir sem muito esforço... É você Sakura. Seu sangue, sua ausência... Você é muito mais do que a luz do meu mundo, você é a minha vida, a minha alma...

— Pare, pare, por favor - com seu rosto molhado pelas incontáveis lágrimas que rolaram de seu olhos, Sakura usou uma de suas mãos para tapar a boca de seu rei e marido, enquanto a outra, acariciou o rosto dele, desceu para seu peito desnudo, sentindo o quanto o coração dele batia rápido — São palavras lindas mas elas carregam a sua dor... Eu não quero que você sinta toda essa dor. Eu estou aqui agora, ao seu lado, bem perto de você, e eu amo este lugar, e eu nunca vou deixá-lo, eu juro!

Com as pontas de seu dedo, Sakura limpou as lágrimas de seu marido e, assim como ele fez antes, distribuiu beijos por seu rosto endurecido pela dor e tristeza, sorrindo ao ouvir uma singela risada vinda dele.

— Sabe o que é curioso?... Eu quase matei você na primeira vez que nos falamos. Você lembra? Agora eu não vivo sem você.

—... Eu não me lembro muito bem disso.

— Como não? Eu sei que ficou mal... Eu machuquei você - os olhos de Sasuke tornaram-se distantes por um breve momento, na certa em sua mente, as cenas do passado vieram rapidamente — É um dos meus pesadelos.

— Isso está no passado, Sasuke, eram outros tempos - disse a rainha, sorrindo para ele — Se eu lembrasse disso o tempo todo, iria fazer parte da minha vida e, com certeza, me faria ter medo de você, e é uma coisa que eu não tenho a muitos e muitos anos.

— Você jura?

Com um sorriso mais aberto no rosto, Sakura se moveu sobre a cama e sentou-se no colo de seu amado, levando suas mãos aos cabelos negros dele, passando seus dedos pelos fios, os jogando todos para trás.

— Por ventura eu conseguiria fazer isso se tivesse medo de você? Olhar no fundo de seu olhos sabendo que ninguém ousa fazer isso - seus dedos arranhavam levemente a pele da nuca de Sasuke, que mantinha-se imóvel, apenas apreciando o toque de sua esposa — Arranhar seu pescoço, tocar em sua pele, dormir todas as noites ao seu lado, em seus braços, se eu tivesse medo de você?... Eu não tenho.

— Você é a única. A única que pode tocar em mim, que pode fazer o que quiser, nenhuma outra tem esse poder, só você, minha rainha.

— É muito bom ouvir isso.

Dito isso, Sakura depositou um demorado beijo na testa de seu marido, para logo em seguida, descer seus lábios para os dele, lhe dando um beijo apaixonado, carregado de sentimentos. Prontamente, Sasuke aprofundou o beijo e levou suas mãos ao quadril dela, apertando o local com certa força, ouvindo com prazer leve gemido que ela soltou entre o beijo.

— Você ainda está fraca - ele interrompeu o beijo, mas manteve suas testas coladas — Se não fosse por isso...

— Podemos fazer devagar, com calma.

— Não, eu me conheço - afastando suas testas, Sasuke a encarou — Prefiro que você se recupere totalmente. Isso é mais importante do que qualquer outra coisa.

—... Então, fica comigo?

Ele sorriu de canto, envolvendo seus braços na cintura dela.

— É claro, minha rainha.



(...)



Ainda era cedo, o sol ainda nascia no horizonte das terras Nortenhas, iluminado levemente o acampamento do exército bárbaro, quando a ordem foi dada: " Desmontem o acampamento, partiremo ainda hoje".

Agora, por todo o lugar se via apenas os soldados trabalhando, desmontando tendas e as colocando nas carroças, separando mantimentos e os frutos dos saques. Era nítida a ansiedade de voltar para o Sul no rosto de cada homem ali, por mais que agora, com a terra do Norte estando boa e fértil, nada era melhor do que retornar.

Andando por toda aquela movimentação, a conselheira do rei se dirigia para o local onde sabia que boa parte de seu clã estava reunido. Após uma noite sem qualquer sono, mesmo na companhia de seu marido, levantou cedo, decidida a fazer algo que devia ter feito desde o momento que chegaram ali.

Logo, ela avistou homens de seu clã que, assim como os outros, se preparavam para voltar ao Sul.

— Hinata?

A voz de seu primo a tirou de seus pensamentos, e ela o encarou, já sabendo o porque ele a encarava de volta com um olhar preocupado.

— O que aconteceu com você?

— Foi a feiticeira, mas deixemos isso para depois - respondeu apenas — Como estão os homens? Algum Hyuuga se feriu?

—... Perdemos seis na batalha - respondeu seriamente, vendo ela suspirar pesadamente — Não se preocupe, sabe que eles morreram com honra, fazendo aquilo que nasceram pra fazer. Estão com os deuses agora.

— Me pergunto com qual deus eles estão agora - disse ela para si mesma, estando um pouco pensativa que nem sequer percebeu que seu primo havia ouvido.

— Como assim? - intrigado, Neji deu um passo à frente, aproximando-se mais da Uzumaki — O que quer dizer com isso?

— É complicado... Confesso que nem mesmo eu consegui "digerir" por completo tudo que aconteceu - respondeu ela, tendo um olhar perdido.

— Não estou entendendo, Hinata.

— I-isso é outra coisa que devemos deixar para depois. Há algo mais importante que preciso falar com você - Hinata tornou a encarar seu primo, vendo sua expressão confusa tornar a ficar séria.

— Diga.

—... Em alguns dias estaremos de volta em Heinz e, tudo será revelado ao rei ea rainha - disse mantendo o tom um pouco mais baixo, na intenção de ninguém mais ouvir além dele — Contarei tudo à eles... Tudo que eu fiz, os meus pecados e... Eu não irei interferir no destino e aceitarei o que for decretado, não importa o que seja. Por isso, aconteça o que acontecer, preciso que você fique ao lado do rei.

— O que?

— Os Hyuugas devem permanecer ao lado do escolhido dos deuses... Ao menos isso deve ser mantido.

Franzindo o seu cenho, Neji encarou sua prima, desacreditado do que acabara de ouvir e, ficando por alguns instantes em silêncio, ele soltou uma leve risada forçada em seguida.

— Do que você está falando? Nós fomos criados para ficar ao lado do líder do clã e proteger a família principal com nossas próprias vidas. É assim desde os primeiros dias de nossa existência...

— Eu sei - ela o interrompeu. — E é por isso que eu não estou pedindo... Eu estou te ordenando, pois já não existem mais deuses para interceder por nossas vidas!

E mais uma vez Neji ficou em silêncio, chocado demais com as palavras de sua prima para conseguir pensar em algo para falar. Enquanto Hinata, sentia as lágrimas nascerem em seu olho e sua garganta doer pelo choro preso. Tentava a todo custo não pensar na pior das possibilidades.

— Eles se foram, Neji... A deusa Kaguya, aquela que criou a profecia e me mostrou como manipular tudo e a todos, se foi! Ela morreu no momento em que seu filho deixou de existir - disse Hinata — E o deus Dís... Tomará o mesmo caminho que um dia a deusa Ravenna tomou... Irá se isolar e , sem sua luz, morrerá no escuro... Os únicos deuses que podiam intervir, se foram e, isso só confirma o que me espera em Heinz e eu nem preciso olhar... Mas, não será a morte que me impedirá de cumprir minha missão nessa terra! Irei garantir que não haverá guerras por muitos, muitos e muitos anos.

Hinata fechou seu olho rapidamente e respirou, tentando se recompor, enquanto somente o silêncio vinha de seu primo naquele momento.

— A tanto pra acontecer... Você não faz ideia do... Do quão grandioso és o amanhã - disse ela tornando a encará-lo e, em meio às lágrimas, a Uzumaki sorriu para seu primo, entretanto, quem a conhecia sabia que tal sorriso não era de alegria — E-eu preciso fazer isso, se minha morte significará a proteção da próxima geração e dos tempos de paz... Então que assim seja.

— Isso não está certo...

— Apenas cumpra com o seu juramento que fez no dia que adentrou Heinz... No dia que o clã dos deuses se uniu ao escolhido dos próprios deuses.

Passando sua mão em seu rosto, Hinata limpou suas lágrimas e se aproximou de Neji e, colocando uma de suas mãos no ombro dele, ela o fez lhe encarar. E, agora com um sorriso gentil no rosto, diferente do anterior, sussurrou apenas para ele ouvir:

"— Conto com você"  

The Love Between Opposing WorldsOnde histórias criam vida. Descubra agora