Sina.
Após sairmos da lanchonete, fomos buscar Lele na creche. Durante o caminho percebi Sabina olhando o celular a cada dois minutos. Até cogitei perguntar se ela estava esperando alguma ligação ou mensagem importante, mas resolvi ficar quieta.
Quando minha filha saiu pelos portões pude ver sua expressão ficar ainda mais alegre ao ver a mulher ao meu lado. Ela corre imediatamente para os seus braços recebendo inúmeros beijos na bochecha. Observo a cena sorrindo.
— Titia Bina, pinsei que tinha mi isquicido.
— Jamais, meu amor. Só estive um pouco ocupada ultimamente.
— Melhor irmos. — olho para o meu relógio de pulso.
— Calma. — coloca a menina no chão. — Pra que a pressa?
— Eu só quero chegar logo em casa. Tomar um banho e assistir a live do show.
— Ah, qual é?! Vamos ali tomar um sorvete. E além do mais, eu preciso te contar uma coisa.
— É, você já disse. — olho para Lele que faz biquinho e junta as mãos como se me implorasse. — Tudo bem.
— Eu quelo de cocolate.
Ela vai andando de mãos dadas com a Sabi na minha frente. Antes de voltar a caminhar, verifico no meu celular as novas mensagens. Uma do meu e da minha mãe me parabenizando. Deixo para responder quando chegar em casa.
Paramos em uma pracinha. A mexicana compra um de chocolate para minha filha, para mim de pistache e para ela de flocos. Sento na grama seguido pelas duas. Ao ver outras crianças brincando por ali, Lele se apressa em tomar o sorvete para fazer o mesmo mas faz uma careta. Seu cérebro estava congelando.
— Mamãe, minha bebeça ta doendo.
— Coma devagar que não dói. — olho para Sabina. — Quando a senhorita vai me falar sobre tal coisa?
— Eu terminei com o Pepe.
Ela diz indiferente enquanto minha boca se abre com tamanha surpresa. Como assim? Vivia me dizendo que sonhava em casar, ter filhos, uma vida com ele.
— O que? Por que?
— Ele não confiava em mim. Me pedia para acabar com algumas amizades porque tinha ciúmes e blá, blá, blá. Ontem tivemos uma conversa sobre isso. Deixei claro que não faria suas vontades, ele se irritou e então brigamos. Fim de namoro.
— Não consigo acreditar. Sinto muito, amiga.
— Eu estou bem. Deu até um alívio. Ele era muito possessivo com algumas coisas.
— E por que não me falou sobre isso?
— Não queria te preocupar com os meus problemas, afinal você tem trabalho, faculdade, filha para criar...
— Pode parar com isso! Você sabe que pode sempre me procurar se precisar de alguma coisa.
— Obrigada. Eu só contava com o Bailey para desabafar sobre isso e pedir conselhos. — ela se aproxima de mim e sussurra. — Pior decisão que tomei. Fala sério, o garoto só xingava o Pepe e dizia que ia bater nele.
— Típico do Bailey. — rimos.
— Teminei mamãe, posso blincar?
— Pode.
Lele corre diretamente para o escorregador. Fico conversando com Sabina até umas 18:15h. Ao chegar na rua onde moro estranho ela ainda estar comigo. Sua casa fica em outro bairro, um pouco longe do meu. Ela está aprontando algo.
— Ok. — paro em frente à casa e me viro para as duas. — O que está havendo?
— Não entendi.
— Não se faça de desentendida.
— É sério, Sina. Não sei do que está falando.
— Primeiro se ofereceu para vir comigo, depois comprou sorvete para nós três, e agora não quer ir embora...
— Está me despachando?
— Não. Só quero saber o que você está tramando.
— Nada. Não estou tramando nada.
— Sei.
Antes de virar para abrir a porta semicerrei os olhos para ela. Entro na sala escura e quando ligo o interruptor, me assusto com pessoas gritando "surpresa" no lugar. Minha família, amigos, e até meu patrão está aqui. Levo as mãos à boca chocada com tudo.
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UNEXPECTED LOVE ↯ noart [parte um]
Fanfiction(CONCLUÍDA) 》onde sina e sua filha vão ao show de sua banda preferida e durante o meet & greet a criança fica encantada por um dos vocalistas. ele também fica encantado mas não só pela pequena. PLÁGIO É CRIME! adaptação au @strangedramatic