UNEXPECTED LOVE ↯ noart [parte um]

cinquenta e nove¡! ♡

Noah.

— Diga.

— O senhor conhece uma moça que mora nessa rua ao lado do mercado? O nome dela é Sina.

— Sim, sei quem é.

— Sabe onde ela trabalha?

— No Matt Lanches.

— Tem como me dar o endereço? — ele me olha desconfiado.

— Está bem.

— Obrigado.

Ele pega um bloco de notas e escreve nele rapidamente. Não sei se é sua letra ou o português que me deixou um pouco confuso mas decidi não incomodá-lo mais. Voltei para a calçada onde o carro estava parado. Os cinco me olharam com uma raiva visível. Engoli em seco quando Heyoon tirou seus óculos me lançando um olhar mortal.

— Você é louco?

— Um pouco.

— Não podemos correr riscos!

— Não é para tanto. — digo analisando o lugar atingido.

— Não é para tanto? Você é inacreditável. Nos tire daqui agora.

— Se acalme. Não é aqui que vamos almoçar.

— E vai ser onde? — Joalin pergunta.

— Nesse endereço. — lhe dou o papel.

— Matt Lanches? Sério?

— Tantos restaurantes bons pela cidade e você quer comer em uma lanchonete de quinta?

— Tem alguma coisa por trás. — diz Heyoon me analisando. — O que está tramando, Urrea?

— Pode confiar em mim uma vez na vida?

— Eu confiei e olha onde viemos parar.

— Confie mais uma vez.

— É difícil.

— Por favor, Yoon! — tento imitar o Gato de Botas mas devo ter falhado.

— Ok.

— Eu te amo. — dou vários beijos em sua bochecha.

— Me larga, peste! Anda logo antes que eu mude de ideia.

Entramos no veículo novamente enquanto Sofya, Shivani e Krys vão para o outro carro. Em menos de cinco minutos para em frente à lanchonete. Heyoon balança a cabeça negativamente enquanto Jo solta um suspiro. Ao sair e olhar o estabelecimento, vejo Sina lá dentro atendendo as mesas. Sorrio instantaneamente.

— Descobri. — diz Heyoon no meu ouvido me fazendo pular de susto.

— Oi?

— Você veio por causa da fã.

— Precisava vê-la, Yoon.

— Você precisa é de limites. Tem namorada, esqueceu?

— Não estou apaixonado por ela.

— Por quem? Sina ou Any?

— Pela Sina, óbvio!

— Você não me engana, Urrea.

— Podemos entrar? Minha barriga está fazendo barulho.

— É a última vez que me apronta uma dessas, está me ouvindo?

— Sim, amor.

— Não acredito que vamos comer nesse lugar. — Krystian aparece revirando os olhos.

— Deixe de reclamar.

Entramos no lugar que não estava tão cheio quanto pensei que estaria. Parados na porta procuramos um lugar para todos nos sentarmos quando uma bandeja cai no chão fazendo um barulho estridente soar pelo local. Pratos, copos, comida e suco estão pelo chão. Ao ver quem tinha sido a responsável por isso, não consigo segurar a risada. Sina estava paralisada e boquiaberta. Corro até ela para ajudar a limpar.

— O que estão fazendo aqui?

— Viemos comer, ué.

— Isso é loucura.

— Eu não acho.

— Sabe de alguma mesa para todos nós? — Heyoon aparece me dando outro susto.

— Eu vou ter que juntas duas. Espere...

Enquanto ela fazia isso, sinto uma pancada no meu braço. Yoon tinha me batido com sua bolsa. Não consigo evitar a risada, mas logo me calo quando a coreana me lança um olhar raivoso.

— Pronto. Fiquem à vontade.

— Obrigada.

Sou puxado pela empresária para longe de Sina, que apenas dá um sorriso tímido. Me sento ainda observando seus passos. Ela agora foi atender outra mesa enquanto sua colega trazia um esfregão para limpar a sujeira. Estou tão concentrado nisso que não percebo Joalin me chamar.

— Hã? Oi?

— Não acredito que nos trouxe aqui só por causa dela.

— Não foi por causa dela.

— Então foi por que?

— Pela comida daqui.

— Noah, eu te conheço muito bem para saber que está mentindo.

— E outra, você é comprometido! — Shivani diz.

— Eu sei, porra! — digo, a assustando.— Me desculpe. É que eu não estou muito bem hoje.

— Eu poderia estar almoçando agora.

— Isso aqui não é nada saudável. — completa Sofya.

— Vocês são muito chatos. Não faz mal mudar a refeição uma vez na vida.

— Boa tarde, o que vocês vão querer? — outra garçonete, uma morena de cabelos lisos, aparece com um sorriso enorme no rosto.

— Já é tarde? — pergunta a russa.

— São meio dia e dez, então sim.

— Vou querer um hambúrguer com batata frita e refrigerante. — Heyoon diz enquanto a moça anota.

— Do qual?

— Pepsi.

— Dois litros?

— Sim, por favor.

— Onde está Sina? — atraio olhares de todos na mesa.

— Ela deu uma pausa. Vai almoçar.

— Pode chamá-la, por favor?

— Posso sim.

Assim que ela sai, todos ali se viram sincronizadamente para mim olhando com uma expressão séria no rosto. Mesmo assim não me intimido. Joalin arqueia a sobrancelha direita.

— Não foi por causa dela. — me imita com uma voz ridícula.

— Fico chocada com sua cara de pau.

— Só quero ver minha fã de novo. Qual problema há nisso?

— Eu vou ficar calada.

— Não somos idiotas.

— Eu não deveria ter confiado em você.

— Ah qual é, amor! Não é tão ruim assim.

— Merda! — sussurra Krystian abaixando a cabeça e puxando o boné mais para baixo.

— O que houve?

— Acho que nos reconheceram.

— Como? Estamos disfarçados.

— Não sei. Estão com os celulares apontados para cá.

— Obrigada, Noah. — diz Heyoon claramente brava.