trinta e cinco¡! ♡

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Sina.

Sou acordada por Lele que está pulando na cama. Pisco os olhos para me acostumar com a claridade. Sim, ela abriu a cortina e os raios solares vieram diretamente para o meu rosto. Levanto indo em direção ao banheiro.

Ouço a criança eufórica no quarto cantando parabéns para mim e sorrio enquanto olho minha imagem do espelho. Faço a minha higiene matinal e quando volto, a menina está sentada na beirada agarrada a seu ursinho.

Vou até ela e deposito um beijo em sua testa. A pequena sobe novamente na cama e me abraça. Acho que não existe melhor coisa no mundo do que isso.

— Posso seu presente dipois?

Claro que sim.

— Vai ter festa?

— Acho que não.

— Poxa... — faz uma carinha triste. — Queria cumer bolo.

— Posso fazer um para nós. Hoje não vou para a faculdade, então podemos assistir a live do show enquanto comemos bolo de...

Cocolate!

Sim, meu amor. — distribuo beijos por todo seu rosto. — Com bastante cobertura.

— Oba!

Não consigo conter a risada com sua empolgação. Lhe dou banho e a deixo pronta tomando café enquanto eu me arrumo. Pego o celular e vejo as mensagens dos meus amigos me parabenizando. Sorrio vendo algumas publicações, mais precisamente dos meus amigos mais próximos.

Depois de deixar a Lele na creche, vou para o trabalho e estranho estar fechado. Ainda bem que eu tenho a chave! Ao entrar no estabelecimento vejo a luz da cozinha acesa. Um pouco confusa caminho até lá mas sou abordada por Matt, Bailey e Sabina atrás do balcão gritando "surpresa!" com um pequeno bolo nas mãos da mexicana.

Acabo gritando e sem querer dou um soco no rosto da pessoa mais próxima de mim, no caso o Bailey, que cambaleia para trás levando a mão ao local atingido. Os sorrisos de Matt e Sabina se desfazem ao verem sangue escorrendo pelo nariz do rapaz.

— Meu Deus! — levo as mãos à boca assustada. — Me desculpa, me perdoa, eu...

— Está tudo bem.

— Não está, olha isso... — tento me aproximar mas o filipino dá um passo para trás com medo de mim.

— Toma. — Sabina oferece um guardanapo para ele.

— Deixa que eu limpo.

— Não precisa.

— A culpa foi minha, então eu que vou cuidar disso. — pego dele e passo em seu nariz o fazendo gemer de dor.

— Acho melhor levar ele para o hospital, chefe. — Sabina diz.

— Também acho. — ele pega as chaves do carro e puxa o filho para longe de mim. — Voltamos já.

— Isso tudo foi raiva?

— Foi sem querer. Achei que tinha invasores aqui.

— É... Faz sentido. Bom, acho melhor você assoprar as velas e comer. Vou abrir a lanchonete.

— Não vai querer um pedaço?

— Pedaço? Olha o tamanho desse bolo. Não aceito menos que uma enorme parte.

— Obrigada por isso. Vocês são uns anjos comigo, mesmo eu não merecendo.

— Relaxa gata, foi um acidente.

— Mesmo assim, me sinto mal por ter quebrado o nariz dele.

— Acredite, você fez muito bem. Vingou a Laura.

— O que?

— Ele a traiu ontem com outra garota em uma festa. Quis muito dar uma surra naquele idiota mas consegui me segurar.

— E ela já sabe?

— Ainda não. Dei o ultimato a ele. Se não disser a verdade, eu mesma farei isso.

— Coitada, dá pra ver o quanto ela o ama. Vai sofrer quando souber.

— Ela sabia do risco quando começou a namorar com ele. Ele é um galinha.

UNEXPECTED LOVE ↯ noart [parte um]Onde histórias criam vida. Descubra agora