Fuck Me, Daddy!!

2x8 - Processo.

Mais um dia de trabalho. Eu já não aguentava mais ir todo dia, acho que fiquei mal acostumada essas duas semanas de pausa, eu tava sobrecarregada, eu tava muito falha com alimentação, muito distante de tudo, e foi bom descansar, pensar e entender tudo, e ainda mais aceitar tudo. O que foi difícil. Minha mãe trabalhava em todo o prédio, era da equipe de serviços gerais e isso me dava muito orgulho, vê ela trabalhando de novo. Todo dia almoçamos juntas, ela conhece o Matthew e nos aceitou tão bem, o que foi ótimo. Já na parte do pai o que é difícil, ele voltou pra cidade pois tinha compromisso com a igreja daqui, onde logo todos souberam do meu namoro com meu chefe, minha gravidez e seu divorcio, bom, ele precisa aceitar e não fugir, a vida não é como um joguinho, e parece que está se dando bem com isso. Pelo o que soube ele trabalha de vigilante no consultório de dentista de um amigo dele, mora num apartamento pequeno, e consegue se manter, o que é bom. Não lhe desejo mal, mas também não vai ser eu a boa samaritana. Ele foi horrível comigo por anos, e não vai ser agora que eu preciso lhe dá todo o apoio, ele precisa saber que colheu o que plantou, e parece que está passando por isso.

Hillary voltou a morar na cidade e alugou meu antigo apartamento, o que vai ser ótimo. Precisamos sair muitas vezes, e logo ela vive lá em casa, ainda participa um pouco das nossas loucuras. Um ménage é sempre ótimo. Mas tudo não é apenas felicidades, eu fiquei umas três semanas assim. Só de alegria. Só vivendo coisas boas. Saindo todas as noites, indo em restaurantes, indo em boates, mas sem beber, indo almoçar com minha mãe, tudo estava como sempre imaginei até que a Valerie, tinha que ser uma bruxa. Ela estava numa conferência desde do pedido de namoro, viajou e tirou uns dias de folga lá não sei onde, mas deveria ficar por lá mesmo, agora que voltou, só falta me matar com os olhos, ela que me deseje mal mentalmente que eu lhe desejo um terçol, bom é o que dizem. 

Eu estava arquivando umas papeladas e analisando perfil dos meus melhores funcionários para uma viagem, quando ela bateu em minha porta. Apenas lhe olhei sem mexer meu corpo, ou abrir um sorriso.

- Precisamos conversar. - A mesma entrou em minha sala e fechou a porta, logo se sentou em meu sofá e me encarou. - Você é uma criança. É uma garota que não sabe de nada da vida, muito menos do que faz, se você quiser seguir meu conselho esquece tudo, eu te dou dois mil pra você se mudar daqui, arranjar um emprego não sei onde, e ainda mais esquecer o Matthew, pode deixar que eu cuido dele.

- Qual direito lhe dá de entrar em minha sala e me oferecer dinheiro para eu acabar com meu namorado? Pai do meu bebê? Você se acha melhor que eu? - Apenas mantive a calma e o deboche que era de lei. 

- Não, veja. - Ela me entregou uns papéis. - Isso são coisas que eu posso expor na mídia. Fui traída por ele, por você, uma garota que apenas ganhava dinheiro como sua porshe, seu celular novo, seus móveis, tudo, pra transar com seu chefe, nisso lhe transforma numa vagabunda, onde nenhuma empresa vai lhe contratar e transforma ele como um aproveitador, já que você estava na escola, pelo bem dos dois e do seu bebê que duvido que seja dele, acho bom você seguir meu conselho.

- Você acha mesmo que tem o direito disso? - Sorri pra ela e guardei os papéis numa gaveta em minha mesa. - Você se acha por ser mais velha e experiente né? Vejamos, você foi noiva dele, correto? E nisso você apenas escolheu ser uma bruxa, ele precisa de carinho, atenção, compreensão, algo que você, experiente, mais velha, a mais rica, nunca deu pra ele, logo eu, uma criança, consegui fazer tudo isso por ele. Olha, não que você precise saber da minha vida mas ele me procurou, ele veio até mim, se sua raiva é essa, eu só peço que consiga engolir ela e aceitar que eu, que sou uma criança como você diz consegui fazer tudo o que você passou anos tentando.

- Garota acho bom você manter os modos.. - Ela ia continuar a falar mas eu lhe interrompi sem aumentar o tom de voz.

- Acho bom você sair da minha sala que eu esqueço tudo e mantemos o espirito de empresa, de boas colegas.