13 • valentine

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– "All she ever wanted was a little direction. All she ever needed was a friend. All she ever made were the worst impressions. All she ever did was offend."–





– Praia, então? – Calum disse assim que colocamos os pés na areia. Assenti.

– É, não tenho um terraço particular – rimos. – Mas tenho um lugarzinho especial nessa praia que deixa meu coração quentinho.

– Sério? – assenti.

– Vamos, por ali.

Fizemos a pequena trilha até a caverna sem conversar. De vez em quando, eu escutava o barulho que a câmera fazia, provando que Calum fotografava quase tudo que via. Não era para menos. Meu refúgio era lindo.

– Não acredito – Calum disse ao chegarmos na caverna. Ao fundo, podíamos ver o mar por uma fresta que não parecia ser obra da natureza. E eu não sabia qual era a verdade sobre aquilo, mas nada anulava o fato de que aquele lugar era perfeito. – Olivia, que lugar lindo! – disse empolgado, com seus pequenos olhos brilhando.

– Perfeito, né? – sorri.

– Como você descobriu isso?

– Meu pai sempre fez essa trilha comigo e com meus irmãos. Eles não gostam muito, não sei por quê. Mas eu amo.

– É incrível a paz que esse lugar transmite. To sem palavras – ri. – Vamos fotografar? – assenti.

Fotografamos tudo o que tínhamos direito, aproveitando cada pedacinho daquele lugar que significava tanto pra mim. Ao fim, nos sentamos perto da fresta que dava para o mar e ficamos observando aquele lugar e sentindo toda aquela paz. Me sentia transbordando, como se houvesse atingindo o ápice da felicidade.

– Sabe, Cal? Às vezes não acredito que esse lugar é real – ri. Calum me encarou.

– Eu entendo. Também não to acreditando – rimos. – Você deve vir muito aqui, né?

– Nem tanto quanto eu gostaria – suspirei. – Eu gosto muito de vir aqui e espairecer... Mas esse lugar lembra muito a minha mãe, então só venho quando estou tranquila em relação a tudo o que aconteceu e ainda tá acontecendo – era a primeira vez que eu tocava no assunto de minha mãe com Calum depois de termos aquela longa conversa na última semana.

– Entendi – Calum assentiu. – Eu te acho muito forte por tudo isso, sabia? – o moreno me encarou e sorriu genuinamente. Senti uma vontade imensa de o abraçar, porém, me contive.

– Obrigada, Cal – encarei o chão, um pouco tímida. – É muito difícil lidar com tudo isso – suspirei.

– Eu imagino – percebi que, disfarçadamente, Calum se aproximou, ficando mais perto de mim. – Volto a dizer que você pode contar comigo, tá? Quero que saiba que pode confiar em mim.

– Eu sei, muito obrigada. Mas eu acho que to bem – sorri, o encarando. – Eu meio que já me acostumei com isso tudo.

– É inevitável se acostumar – Calum suspirou. – Mas, não vamos ficar falando de coisas tristes, pode ser? – ri.

– Por favor – gargalhamos. – Já sei! – falei animada. – Vamos ficar fazendo perguntas super aleatórias um ao outro? Tipo, a primeira coisa que vier na cabeça.

– Vamos! – Calum correspondeu minha animação e gargalhamos, sentando um de frente para o outro. – Você começa.

– Tá – assenti. – Você gosta de animais?

– Óbvio – Hood rolou os olhos, me fazendo rir. – E você?

– Óbvio também – rimos. – Vai.

coffee & tea • c.t.hOnde histórias criam vida. Descubra agora