51 • brand new me

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— "I'll never be perfect, but at least now i'm brave. Now, my heart is open. And I can finally breathe." —



Acordei com braços fortes rodeando minha cintura e uma respiração calma na curva do meu pescoço.

Pensei se eu estava sonhando. Se Calum havia voltado. Se o pesadelo havia terminado.

Minha cabeça doía, o que significava que eu com certeza havia passado da conta mais uma vez. Pensei se Calum havia voltado, me encontrado e me trazido para casa.

Sorri suavemente, virando-me de frente para ele, sentindo meu coração acelerar em uma velocidade que nem achei que fosse possível, vendo Luke deitado ao meu lado, dormindo pacificamente.

O que diabos estava acontecendo?

Sentei-me na cama bruscamente, o que fez o loiro ao meu lado acordar resmungando. Olhei para ele apavorada, vendo sua visão focar em mim e o pânico preencher seu rosto.

– Liv? O que você está fazendo no meu quarto?

– Eu não faço a menor ideia – respondi, de olhos arregalados, percebendo que ele estava sem camisa e provavelmente sem roupa debaixo também.

O que foi que a gente havia feito?

Encarei meu próprio corpo, por baixo do lençol, me vendo completamente nua, cobrindo-me novamente, encarando Luke, que me devolvia o olhar tão assustado quanto eu.

– O que aconteceu? – perguntou ele, fazendo o mesmo que eu e percebendo que sim, estava nu. – Olivia, que diabos aconteceu?!

– E-eu não sei... – falei, jogando minhas pernas para fora da cama. Eu tinha que sair dali.

Meu Deus, Luke era o irmão da minha melhor amiga e um dos melhores amigos de Calum. O que eu tinha feito?

– Liv! Pelo amor de Deus, para! Eu tô nu! – se desesperou, segurando o lençol com força sob seu quadril, quase me deixando nua em sua frente.

– Então se cobre com alguma coisa! – praticamente gritei. – Eu preciso de roupas.

Ele me olhou meio perdido, pegando um travesseiro e se cobrindo, deixando o lençol livre para eu me enrolar nele. Pus os pés no chão, pisando em alguma coisa plástica. Encarei meus pés, vendo uma camisinha enrolada no chão. E então comecei a rir, sentindo um nervoso percorrer todo meu corpo.

Luke me encarou como se eu fosse maluca. Aquela situação era tão embaraçosa.

– Do que você está rindo? – ele me olhava com seus grandes olhos azuis arregalados.

– A gente... – ri mais, levando uma mão até minha boca. – A gente fez uma besteira muito grande – abaixei-me e juntei a camisinha, mostrando a ele, que se apavorou mais ainda.

– Meu Deus – bateu a mão em sua testa. – A gente...?

– Olha, eu não consigo ter essa conversa agora. Eu preciso achar minhas roupas – dei alguns passos, vendo-o ainda me encarar assustado. – Quer fazer o favor de parar de me olhar? Vira de costas, Luke! – aumentei o tom de voz.

– Desculpa, desculpa – tapou os dois olhos, como uma criança pega fazendo besteira.

Segurei o riso que quis sair da minha garganta. Se aquela situação toda não fosse tão complicada, seria cômica.

Corri até o quarto de Payton, enrolada no cobertor branco da cama de Luke, fechando a porta atrás de mim, esfregando minha testa que parecia do tamanho do mundo de tão latejante que estava.

coffee & tea • c.t.hOnde histórias criam vida. Descubra agora