28 • open your eyes

1.3K 91 274
                                    


— "Every minute from this minute now. We can do what we like anywhere. I want so much to open your eyes. Cause I need you to look into mine." —


• Calum Hood •


Férias. Finalmente. Até parecia uma enorme mentira. Depois de um longo e trabalhoso semestre, eu estava mais perto de me formar.

Acordei tarde naquela sexta-feira, sem preocupações e nem culpa. Meu sono estava atrasado há semanas e eu merecia um descanso. Só me despertei porque Duke pulava em minha cama desesperado, então, decidi que iria levantar, tomar um café e levá-lo para dar uma volta, já que minha avó havia saído cedo para fazer alguns exames de rotina.

Levantei-me, vestindo uma roupa qualquer que fosse capaz de me esquentar daquele frio, e segui para o banheiro, fazendo minha higiene. Duke me acompanhava a qualquer movimento. Meu cachorro estava mesmo ansioso para passear.

Saí do banheiro, ainda acompanhado por Duke, e me surpreendi ao avistar uma carta embaixo da porta de entrada do apartamento. Não éramos de receber muitas cartas. Geralmente eram as contas, mas não era época das mesmas chegarem. Poderia ser alguma propaganda também, mas, de qualquer maneira, fiquei curioso e peguei o envelope em minhas mãos.

Duke começou a pular em minhas pernas quando me aproximei da porta.

– O que será que é isso aqui, hein, Duke? – questionei-me, olhando para o cachorro animado, enquanto virava o envelope em minhas mãos. Assustei-me ao ver que era uma correspondência destinada à mim. – Ué – Duke latiu assim que me direcionei ao sofá, sentando-me ali e abrindo o envelope.


• Olivia Jones •


– Sim, Chelle. Vai começar às três – falei ao telefone. – Não dura muito. Acho que no máximo uma hora.

– Tá bom. Estarei lá dez minutos antes – minha amiga respondeu do outro lado da linha. – Como a Payton tá?

– Um pouco nervosa, né? – rimos. – Mas, agora já ensaiamos tudo. É só esperar a hora mesmo. A gente vai almoçar daqui a pouco.

– Tá bom. Vejo vocês daqui algumas horas. Fala pra ela ficar tranquila. Sabemos que ela vai arrasar.

– Pode deixar – ri. – Tchau, amiga.

– Tchauzinho – desliguei o telefone.

Juntei todos meus materiais e as folhas com o roteiro do projeto e guardei em minha mochila. Payton ainda estava falando com Michael no telefone, então, me aproximei dela e a chamei para deixarmos a sala. Estávamos ensaiando por uma última vez a apresentação dela na semana acadêmica. Eu apenas iria auxiliar, porém, me sentia mais segura sabendo todos os passos planejados pela minha amiga.

Estava aliviada, apesar de tudo. Quando terminássemos a apresentação estaríamos livres. E eu nem acreditava que finalmente nunca mais iria precisar olhar na cara do meu professor de Marketing que tanto havia infernizado minha vida no último semestre.

Encontramos Michael na saída da universidade e fomos almoçar em um shopping perto dali. Payton ainda estava um pouco nervosa, porém, estar comigo e com Mike sempre acabava a distraindo, de qualquer maneira.

Ainda que estivesse me divertindo bastante e me sentindo muito orgulhosa pelo sucesso da minha amiga, e ainda mais, por ela estar compartilhando aquele momento comigo, sentia algo estranho no ar.

Não conseguia explicar aquele sentimento. Era como se algo fosse acontecer. Não sabia dizer se era um pressentimento bom ou ruim, mas algo muito estranho estava acontecendo. Tentei mandar aqueles pensamentos para longe. Precisava me concentrar, pois, em algumas horas, estaria dando a Payton o maior apoio que conseguiria. Depois eu resolveria minhas pendências com meu interior sensitivo.


coffee & tea • c.t.hOnde histórias criam vida. Descubra agora