(S/n)
Minha vida inteira escutei: não demonstre sentimentos, eles são traiçoeiros e sempre te ferram. E eu preciso concordar. O amor, para algumas pessoas, é um sentimento maravilhoso, um sentimento que você divide com outra pessoa e a pessoa o divide com você. Eu pensava assim, pensava que conheceria o amor da minha vida e passaria todos os meus dias com ele. Burlando as regras de meu pai, os limites de meus sentimentos e os limites da minha sanidade mental.
— Como que ele voltou? Ele não estava na Inglaterra ou algo do tipo?
— Não sei, Noah... — suspiro. — só sei que o vi naquele internato indo em direção ao quarto de Jaeden. — explico e encosto minha cabeça na cabeceira da cama.
— O que pretende fazer? — ele segura em minha mão. Viro minha cabeça para ele e o olho.
— Agir normalmente. Não posso deixar que ele me abale. Última coisa que eu quero é dar esse gostinho de vitória para ele, e você sabe disso — puxo minhas pernas para perto, passando meus braços em volta delas.
— Saiba que estou aqui... nem que seja para aguentar seus tapas — rimos. — Fica bem, ok?
Assenti, vendo um sorriso surgir em seu rosto, o que me fez automaticamente sorrir.
Algumas horas haviam se passado, junto com elas, a noite chegou, estrelada e fria. Finn, Caleb e Noah já haviam treinado tudo que precisavam, já eu, depois do treino com Caleb e da conversa com Noah, preferi ficar no meu quarto, aproveitando minhas últimas horas antes de retornar pro internato e dar de cara com a última pessoa que eu queria ver na vida. Batidas em minha porta me fizeram virar para trás e gritar um "entra".— Pediram para te avisar do jantar — Finn coloca a cabeça para dentro do quarto.
— Ok — viro meu olhar para a enorme janela em minha frente.
Ouço o barulho de porta fechar, mas senti seu olhar sobre mim um tempo antes de fechá-la. Suspiro, me levanto e saio do quarto.
O jantar passou tranquilo e silencioso de minha parte e Finn. Noah e Caleb ficavam fazendo brincadeiras, arrancando algumas risadas minhas, de Finn e do restante da mesa, junto com algumas broncas de David. Quando terminamos, fui a primeira a ir até meu quarto e me trancar lá. Sabia que Caleb iria me questionar assim em questão do assunto, mas sabia que Noah iria explicar.Se passava das onze horas e o sono não vinha. Me dando por vencida, me levanto da cama, coloco meu moletom preto por cima do short de pijama, um tênis e saio do quarto, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Me dirijo até a porta da frente, cuja a mesma fez um rangido, me fazendo espremer os olhos e torcer para ninguém acordar. Saio da mansão, indo até o jardim e me sentando embaixo de uma árvore. Olho para o céu, admirando as belas estrelas naquela enorme imensidão azul escuro.
— Achei que fugir no meio da noite por insônia fosse algo que só eu fizesse — uma voz atrás de mim me fez virar, dando de cara com Finn um pouco distante e em pé, com seu rosto parcialmente iluminado pela luz da lua.
— Meu Deus, garoto — coloco a mão no peito. Ele ri e se senta ao meu lado.
— Por que não consegue dormir? — ele me olha.
— Penso demais — explico. — Isso não me deixa dormir. — dou de ombros e o olho. — E você?
— Mesma coisa — ele me encara. — A ansiedade não me deixa dormir. –– assenti. — Posso te perguntar uma coisa?

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The Boy | Finn Wolfhard |
Romance[Concluída] (S/n) sabia dos riscos de participar de uma das máfias mais procuradas de toda a Califórnia. Risco de ser pega, risco de acabar se ferindo - tanto emocional como fisicamente -, risco de ser obrigada a escolher um lado. Finn Wolfhard tamb...