VI

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Finn

É, eu estava forçando, e muito, a barra. Aquilo era um assunto EXTREMAMENTE pessoal, e eu não devia me intrometer, isso é óbvio. Mas o fato de eu não poder ter a chance de conhecer a garota radiante e feliz que (S/n) Harbour foi, me deixava... bom... chateado, vamos dizer. Quando conheci ela, ela nem sorria, mal falava comigo e quando falava, só faltava arremessar um livro em mim. Já com Noah e Caleb, ela não era tão severa, mas quase nem sorria.

— Caleb, desliga essa merda! — Noah exclamou, jogando a almofada em Caleb.

— Tá, tá, foi mal — resmungou e desligou o alarme irritante. Esfregou os olhos e me olhou. — Já está arrumado?

— Caleb, seu despertador está tocando há vinte minutos — eles arregalaram os olhos. — Nem sei como não acordaram. — pego minha mochila.

— Sono pesado — Noah se levantou. — Pode ir na frente, ou chegará atrasado igual nós. — foi até o banheiro, cambaleando e esbarrando em algumas roupas que estavam pelo chão.

Acabo por rir, já saindo do dormitório e indo em direção a ala das salas de aula.

— Wolfhard!

Uma voz feminina e conhecida me fez virar, dando de cara com...

— Mackenzie? — franzi o cenho.

— Quanto tempo, não? — se aproximando rápido, acabou por me dar um abraço, espremendo meus braços contra meu tronco.

— dou um sorriso falso e afasto seu corpo do meu. — Quando que você voltou?

— Faz alguns meses... — assenti. — Estive na esperança de reencontrá-lo aqui. — sorriu.

— Ahn, sério?

— Sim... mas... — colocou a mão em meu ombro, me fazendo franzir o cenho. — sabe que eu senti sua falta. — deu um sorrisinho.

— É? Que coisa... — ri de nervoso. O barulho do sinal ecoou por todo o internato, me fazendo suspirar de alívio. — Preciso ir. — sorri e já acenei me distanciando, impedindo que ela falasse ou questionasse mais alguma coisa.

(S/n)

Por sorte, a ruiva não estava no dormitório, provavelmente cumpriu o que disse sobre passar cinco dias fora do dormitório. Já com o pijama, me joguei na cama, observando o teto que continha coloração cinza, até sentir que meus olhos estavam pesando.

[...]

Acordo o som horrível de despertador, juntamente com o barulho de algo caindo.

— Cacete, Hopper — ouço Sadie resmungar. —, desliga essa merda! — observo ela se levantar do chão.

— Você dormiu no chão? — desligo o despertador.

— Não, mas seu despertador querido me fez cair graças ao susto — resmungou.

Já no banheiro, me olhei no espelho, tendo a enorme sensação de que ele poderia quebrar a qualquer momento pelo simples fato de meu cabelo estar pior que a juba de um leão. Pego minha escova sobre a bancada, olhando para ela e dizendo:

The Boy | Finn Wolfhard |Onde histórias criam vida. Descubra agora