VIII

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— Quem vai dirigir?

— Eu! — Noah e Caleb respondem em uníssono.

— Não! — digo. — Precisam revisar microfone e câmera. Deixem Finn dirigir. — olho para o mesmo.

Ambos assentiram e Finn pegou as chaves da mão do homem que havia estacionado o carro em frente a mansão. Assim que adentramos ao SUV cinza escuro, Finn já deu a partida, verificando se o carro com os outros homens da máfia estava nos seguindo. Como a mansão era coberta por árvores e mais árvores — praticamente localizada em uma floresta —, o caminho até a casa noturna — que também era localizada em uma floresta, porém, em uma mais distante — seria longo.

— Tudo verificado? — questiono.

— Movimenta o da câmera — Caleb pediu.

— O de cima ou de baixo?

— De cima.

Giro o botão em um ângulo de 360°.

— Verificado.

— Microfone?

— Tudo ok — fez um sinal com a mão, juntando seu polegar e indicar num "O" com o restante dos dedos levantados.

Finn estava quieto. Bom... desde muito tempo ele está assim, quieto. Não falou mais comigo desde... bem, não consigo lembrar.

— Por que está assim? — viro o olhar para ele.

— Assim como?

— Sem dizer nada, ou ao menos rir das piadas sem graça do Noah — o vejo segurar a risada, assim como eu antes de sentir um peteleco na cabeça. — Admita, Noah, suas piadas são horríveis.

— As do Caleb superam as minhas.

— Ei! — Caleb exclamou, fazendo todos rirmos.

— Não era você a "senhora que não gosta de sorrisos"? — perguntou com ironia em sua voz.

— Eu nunca disse que não gostava de sorrisos, Wolfhard! — protestei, fingindo indignação.

— Ok, então, eu volto a sorrir — rimos.

— Não em momentos que não são necessários.

— Viu? Você não gosta de sorrisos — riu.

— Eu não disse que... Ah, esquece — rio, fazendo todos rirem.

Uma parte de mim ficou contente por vê-lo rir, isso eu preciso admitir. Depois de um tempo em silêncio, resolvo ligar o rádio, no qual estava dando uma de minhas músicas favoritas: Go fuck yourself - Two Feet.

Não sabia que gostava de músicas de sexo — Caleb comentou, me fazendo virar a cabeça e o encarar.

— Essa música não é de sexo!

— Ah, ela é sim — Noah concordou. Franzi o cenho.

— Eu vou ter que concordar com ele, (S/n) — olhei para Finn. — Admita, todas as músicas do Two Feet foram feitas para transar.

— Não foram, não!

— Presta atenção melodia.

Nesse momento, começou a tocar o refrão da música e prestei muita atenção. A melodia era pesada e as batidas instigantes, causando uma eletricidade em meu corpo.

— Caralho... — murmurei, vendo um sorrisinho no rosto de Finn. — Pera, isso foi um gemido? — franzi os olhos.

— Como nós dissemos...

The Boy | Finn Wolfhard |Onde histórias criam vida. Descubra agora