XXIII

1.2K 120 166
                                    

(S/n)

Lucas começou a tagarelar novamente, o que estava me deixando extremamente irritada. A ponto de interrompe-lo pela milésima vez, senti uma incomodação no meio das pernas e uma dor insuportável, o que me fez gemer de dor.

–– (S/n)? Você tá bem?

–– Não... AH! –– dei um grito de dor, jogando minha cabeça para trás e ouvindo a porta abrir.

–– O que tá... Ah, já tá fazendo efeito, então. –– a loira cruzou os braços, sorrindo.

–– O que tá fazendo efeito? –– fiz uma careta de dor, encarando a mulher.

–– Não me leve a mal, (S/n). Mas eu não podia deixar mais um Harbour vir ao mundo. –– arregalei os olhos.

–– O QUÊ? –– eu e Lucas exclamamos, nos entreolhamos e eu gemi de dor novamente.

–– Ah, você não sabia? A senhorita tinha um mini Harbour aí dentro. –– apontou para minha barriga.

–– Mas como... Merda!

Aquilo me fez ficar confusa, já que eu tomava pílula. Mesmo sem ter transado uma única vez antes de Finn aparecer, eu tomava por causa das espinhas e menstruação. De fato, a pílula era pra fazer efeito, se não fosse pelo antibiótico que eu tomei uma dia antes daquela noite com Finn.

–– Você é louca?! –– Lucas berrou.

–– Sou até normal, Zumann. Tanto que impedi de mais uma aberração vir ao mundo. –– ela riu.

Minha cabeça estava abaixada, encarando um ponto fixo no chão. Minha vontade era de grudar em seu pescoço e espanca-la tanto a ponto de não deixá-la ficar em pé. Sinto sua mão em meu queixo, me fazendo olha-la com um olhar de ódio, e, ao mesmos tempo, de tristeza.

–– Não se preocupe com ele, (S/n). –– se aproximou de meu ouvido. –– Você sabe que não seria uma boa mãe mesmo. –– se afastou, com um sorriso convencido no rosto.

–– Sua filha da... AH! –– grunhi de dor, sentindo algo escorrer em minhas pernas.

Viro meu olhar para baixo novamente, vendo o sangue escorrer pela minha coxa, ao mesmo tempo que sinto uma lágrima solitária escorrer por minha bochecha.

–– Eu sinto muito. –– Lucas murmurou, baixo.

–– Você não é o único. –– viro meu olhar para ele.

Finn

–– Nervoso?

–– Você não imagina o quanto. –– ajeitei meu colete.

–– Acha que eles podem estar bem? –– o garoto me olhou.

–– Eu espero que ela não tenha nenhum arranhão, Noah. –– coloquei a alça do meu fuzil no ombro.

Percebi que Noah murmurou algo, mas não tive oportunidade de perguntar, já que a porta da sala de equipamento foi aberta por Murray.

–– Prontos? –– todos assentiram. –– Ótimo. Vamos! –– ele se retirou.

Noah, Caleb e eu nos entreolhamos, suspiramos e saímos junto com os outros. Como eram várias pessoas, David preferiu ir em cinco vans. Mesmo que alguns ficassem na mansão para dar cobertura nas câmeras e microfones, ainda sim iriam muitas pessoas.
Minha perna mexia freneticamente, enquanto meu corpo estava inclinado para frente e minhas mãos perto da boca.

The Boy | Finn Wolfhard |Onde histórias criam vida. Descubra agora