capítulo 13

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O sol nem tinha nascido ainda quando acordei com o coração batendo forte no peito e ameaçando rasgar a caixa torácica. Respirei devagar para me conter e a todo custo tentei afastar o pressentimento ruim que fazia questão de rastejar pelo meu corpo.

Me ajeitei nas cobertas e virei-me para o lado de Bel que dormia meio inquieta. Joguei meu braço por cima do seu corpinho para puxa-la para perto de mim, porém imediatamente notei que ela estava extremamente quente.

Ah não!

- Bel? - Chamei tocando na testa dela, mas minha pequena apenas fez uma careta de dor. - Meu amor, acorda, por favor.

Afastei os lençóis e toquei em sua barriguinha que estava de fora pois sua blusa havia subido e, na mesma hora, notei que estava inchada.

Não. Não. Não.

Levantei os tropeções para acender a luz do quarto para buscar um antitérmico, porém minhas mãos tremiam e meu lado chorona estava prestes a despertar.

- Calma, Shivani. Você já passou por isso antes. Toda criança fica doente. Calma. - Falei para mim mesma enquanto revirava a gaveta do gabinete do banheiro.

- Mamãe, não! - Ouvi Bel gritar e larguei tudo para correr de volta para o quarto.

- Filha, a mamãe tá aqui. - Balbuciei perto do rostinho dela, mas ela estava sonhando. Delirando. - A mamãe vai cuidar de você meu amor.

Ela segurava a barriga e se mexia de um lado para o outro com os olhos apertados como se estivesse tendo um pesadelo.

Mordi o lábio com força para não chorar e decidi que não dava para cuidar dela em casa, e se fosse algo mais grave?
Apanhei o telefone que estava na cômoda e liguei para Sofya, mas o telefone dela estava desligado.

Droga!

Deslizei o dedo pela tela e cliquei com o polegar suado no nome de Bailey, pois era a única pessoa que me vinha à mente. Eu não ia conseguir dirigir com a Bel tão mal. Eu nem sequer conseguia respirar direito.

- Shivani? - Ouvi a voz de Bailey do outro lado da linha. Uma voz arrastada de quem tinha acabado de ser acordado. - Você está bem?

Toquei na testa da minha filha e gemi baixinho ao constatar que ela estava ainda mais quente.

- Bailey, a Bel está queimando em febre e eu não vou conseguir dirigir, me ajuda.... Eu...

- Eu já estou trocando de roupa, eu juro que daqui a pouco estou aí.

Respirei fundo.

- Vem logo, por favor.

- Já estou saindo de casa.

Desliguei o telefone e o atirei em algum lugar do quarto.
Me deitei na cama e abracei a Bel.

- Vai ficar tudo bem, meu amor. - Sussurrei.

°°° °°°

Depois do que pareceu uma eternidade Bailey chegou ao meu apartamento e nesse meio tempo eu já havia trocado de roupa na minha filha e separado seus documentos.

Deus, que não seja nada sério.

- Ela está no quarto? - Ele perguntou assim que abri a porta.

- Está.

Ele entrou rapidamente e me puxou para um abraço forte e, nesse meio segundo de carinho, notei que ele estava tremendo.

- Olha pra mim, Shiv. - Pediu segurando meu rosto. - Vai ficar tudo bem, ok?

Assenti e me desvencilhei dele para que ele pudesse entrar.
Uma vez dentro do apartamento Bailey foi até o quarto e pegou Bel na cama. A cobri com uma manta e saímos porta à fora com o coração batendo forte no peito e a certeza de que estávamos juntos para tudo que pudesse acontecer.

°°° °°°

Bailey havia dirigido o mais rápido que pôde e, graças a Deus, o trânsito estava tranquilo pois ainda era de madrugada.
Entramos no estacionamento da clínica particular de um amigo de Bailey e eu fiquei aliviada de prontamente sermos atendidos.

Se fosse em outro hospital, sem dúvidas, teríamos que esperar horas.

Meu lado racional dizia que não era nada demais e que ficaria tudo bem, até porque não era a primeira vez que ela ficara doente, mas meu lado de mãe estava nervosa e estremecia a cada gemido de Bel.

A coloquei em uma maca e a minha menina pareceu minúscula ali.

- Vamos levá-la para fazer uns exames, por favor, aguarde um pouco. - Uma enfermeira pediu com um ar paciente. - Eu vou cuidar dela.

Soltei a mão de Bel e beijei sua testa.
Eu não queria deixá-la, mas seria rápido segundo a enfermeira havia informado e logo eu estaria com ela para receber os resultados.

Bailey me guiou até um sofá azul e eu me sentei como se fosse um saco de batatas caindo no chão. Meu corpo estava pesado e eu queria chorar.

- Ei, vem cá.

Senti os braços dele me envolverem e permiti. Ele me puxou para seu corpo e beijou a lateral da minha cabeça enquanto eu apertava seu braço com força.

A sala da recepção estava vazia, exceto por uma funcionária sonolenta na recepção e um zelador que limpava o piso que, para mim, já parecia impecável.
A televisão transmitia o jornal local, mas eu só conseguia ouvir meus próprios batimentos atabalhoados.

- Ela estava tão quente. Por que estão demorando tanto? - falei.

Bailey me afastou um pouco para poder me olhar.

- Eles já vão vim te chamar. - Me tranquilizou. - Eu tenho certeza que ela vai ficar bem, sério. E, caso algo aconteça, embora eu duvide muito, não irei sair do seu lado nem do dela, está bem?

Soltei o ar devagar enquanto me permitia chorar baixinho.
Eu estava prestes a desmoronar, mas dessa vez alguém estava ali comigo para segurar as pontas.
Puxei Bailey para mais perto e beijei seu rosto.

- Obrigada. De verdade. - Sibilei. - Você não tem obrigação nem nada, mas...

- Eu gosto da Bel profundamente assim como gosto de você, Shivani. - Ele sorriu. - Nunca deixaria vocês. Eu estou aqui para o que der e vier e, pode ter certeza, eu só saio daqui quando a nossa menina estiver bem.

Nossa menina.

Agora eu tinha duas palavras favoritas no mundo todo.

Era nossa e menina.

- Obrigada. - Sussurrei me aninhando em seu peito. - A Bel ama você.

Ele riu e pareceu ficar mais relaxado ao fazer isso.

- Eu também a amo. Ela sabe disso.

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[🥀] postei e saí correndo - por conta do horário kk. - me perdoem pelo horário, eu não postei tão tarde assim por querer:'(

[🤧] estão felizes pelo rumo que a história está tomando??

[😍]Só quero agradecer a autora original por ter deixado eu fazer a adaptação.

𝐏𝐨𝐫 𝐚𝐦𝐨𝐫; 𝐌𝐚𝐥𝐢𝐰𝐚𝐥 / 𝐒𝐡𝐢𝐯𝐥𝐞𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora