capítulo 36 (penúltimo)

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Por favor meus amores, escutem a música enquanto leem!
Boa leitura <3

***

A droga da porta estava trancada!
E como não estaria? Dylan sabia que corria o risco de eu fugir... Ou tentar, pelo menos.

Mas eu não havia chegado tão longe para desistir. O ouvi ressonar alto e agradeci aos céus por lembrar desse remédio. Foi um milagre.

Dei a volta no quarto e remexi na calça dele que estava no chão, porém não tinha nada; fui até o banheiro, mas também não estava lá. Eu estava tão nervosa que nem me dera conta de que ele tinha escondido a droga da chave!

Respirei devagar e tentei acalmar meus batimentos que estavam me deixando zonza.

Fui até a mesinha que ficava ao lado dele e abri a primeira gaveta, mas estava vazia, então abri a segunda e só havia cuecas e uma carteira de cigarro... Abri então a terceira e...

- Que merda é essa? - Resmunguei.
Uma arma. Uma arma carregada.
O encarei por cima do ombro e rangi os dentes.

O que aquele doente pretendia? Nos matar?

Peguei a arma meio sem jeito e decidi que talvez essa fosse a minha única forma de sair viva daqui.

As chaves estavam na mesma gaveta da arma e junto estava também a carteira. Peguei algumas notas de dinheiro e enfiei no elástico da calcinha.

- Vai pro inferno, filho da puta! - Falei enquanto abria a porta e corria para buscar minha filha.

***

Peguei Isabel no colo pois ela ainda estava sonolenta e confusa, enfiei a arma no bolso do casaco que eu havia trazido nas minhas coisas e corri para a porta principal que, como eu imaginava, estava trancada.

Maldito!

- Fica aqui e tampa os ouvidos, filha.
Deixei Bel no cantinho da sala e corri os olhos pelo cômodo. É isso!

Peguei uma das cadeiras de madeira nobre que enfeitavam o ambiente e mirei na janela de vidro que corria por toda a parede.

- Quem mandou trancar a porta! - Falei para mim mesma enquanto usava toda a força que tinha para atirar a cadeira contra o vidro e, quase que na mesma hora, ele se estilhaçou em milhões de pedaços que, graças a Deus, significavam liberdade. - Vamos, Bel!

Passei minha filha pela brecha que a cadeira havia feito nos vidros e, antes de passar, ouvi a voz melancólica de Dylan pronunciar algo, porém não parei para ouvir.

Pelo visto eu devia ter posto a cartela inteira de comprimidos...

- PAPAI! - Bel gritou me trazendo de volta.

Mesmo no escuro eu podia ver um fusca com os faróis acesos dando sinal.

Era o meu carro e o meu homem!

- Vamos! - Falei segurando a mão de Bel e a arma na outra mão.

A casa de Dylan era afastada da maioria das casas então eles nem deviam ter ouvido o barulho  dos cacos de vidros se espalhando por todos os lados,e muito menos ouviram o berro que ele deu ao abrir a porta e cambalear na nossa direção.

- Shivani! - Bailey gritou vindo na nossa direção com sua camisa amarela-ovo. - Corre!

Estávamos quase perto uns dos outros, a minha condição de agredida não me permitia correr muito e, quando achei que poderia ir mais rápido, o bracinho de Bel foi puxado e ela grunhiu.

𝐏𝐨𝐫 𝐚𝐦𝐨𝐫; 𝐌𝐚𝐥𝐢𝐰𝐚𝐥 / 𝐒𝐡𝐢𝐯𝐥𝐞𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora