🎩 Capítulo 24 🎩

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- E para que?- Maurício não parece muito contente. Na verdade, ele transparece raiva.

- Você não vai me perguntar o significado dos símbolos?- repuxo um sorriso insolente e sorrateiro.

- Claro.- um tom disfarçado de calmo, mas que esconde as emoções fortes, mesmo que não tão bem, pois eu percebo.- Conte-me o que são.

- Bem, eu ainda não sei.- ele coloca a mão na testa, impaciente.- Mas os vi desenhados na carruagem do Luan.- ele parece estremecer ao ouvir o nome. Antes que ele fale alguma coisa, eu continuo.- Temos que nos separar e começar a resolver as coisas imediatamente, não temos tempo a perder. Clara e eu iremos atrás de Luan, já que você não se dá bem com ele e você irá atrás do duque. Leve o livro e explique tudo para ele, inclusive o pouco que descobrimos através da tradução. Iremos logo em seguida para lá. Só precisamos descobrir acerca dos símbolos.- meio hesitante, ele aceita, pois sabe que não tem como me fazer mudar de ideia.

- Está ficando tarde, Tara.- diz Clara, que foi para perto das janelas e segura a cortina com a mão, olhando para o céu.

- O tempo é curto e não espera, portanto também não podemos esperar por ele.- a expressão dela demonstra que me entende e finaliza com um movimento único e incisivo de afirmação com a cabeça. Amo Clara.

☀️

- O que ele está fazendo aqui?- praticamente explode Maurício.

- Que eu saiba essa propriedade não é sua, visconde.- responde Luan.

- Nem tão pouco sua. É do duque e essa missão, de Tara.

- Exatamente. Não tem nada seu aqui.

- Nem seu.

- Você que pensa.- ele murmura, mas está próximo de mim e eu escuto. Um calafrio percorre minha coluna com aquelas palavras.

- Parem!- fala, não muito baixo, o duque.- Parecem crianças. Vamos começar com essa pesquisa logo, já não é tão cedo assim e, me perdoem, mas preciso resolver alguns assuntos, tendo que para isso, voltar para casa amanhã.

- O duque tem razão já está tarde e essa discussão dos senhores, cansativa.- confessa Clara.

- Obrigado pelas palavras de sensatez, senhorita.- ele olha para ela e ela repuxa um sorriso como resposta.

- Luan disse que só nos contaria o que eram os desenhos presentes em sua carruagem se nós contássemos para ele o motivo da curiosidade. Ele não caiu muito na nossa conversa e acabamos contando a história verdadeira, então, ele quis participar.- explico.- Agora,- encaro Luan.- cumpra sua parte do acordo e nos conte.- Estamos na grandiosa sala de visitas, o livro em cima de uma extensa mesa, repleta de cadeiras ao redor, mas todos resolvemos ficar em pé, encarando o problema de papel a nossa frente.

- São símbolos antigos e representam algumas coisas da cultura Tribalis.- ele parece omitir fatos.

- Defina algumas coisas.- meus olhos estão levemente cerrados na direção dele. Ele gagueja.

- E-eu não sei. Comprei esta carruagem e desenhei em um papel símbolos aleatórios que eu tinha visto quando era criança. Fiz isso para homenagear meu pai e minha avó materna, que pertenceram a essa tribo.- O duque pegou os dois papéis que continham a tradução e começou a ler em silêncio. Seus olhos se movimentavam para lá e para cá, para cá e para lá. Até que ele, por fim finalizou.

- É muito explícito que começa com uma localização.

- Isso nós também deciframos. E também achamos que o texto fala de algum ritual.- falei.

Amando o Visconde             (TRONNOS-2)Onde histórias criam vida. Descubra agora