🎩 Capítulo 44 🎩

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— Boa noite, cavalheiros! — Falo, enquanto surjo, sem ser percebida, entre Luan e o cacique. O pajé estava por perto, mas de costas para o lugar  por onde trilhei sorrateiramente.

— Olhe aí, quem procurávamos.

— Sobre o que os senhores conversavam? — O cacique coloca um sorriso forçado no rosto que seria facilmente passível de sinceridade. Isto é, se eu não soubesse a verdade.

— Bobagens! Agora me fale a senhorita... — E a balela continuou.

☀️

Por Maurício

— Vamos, Clara! Temos que chegar na clareira oposta o mais rápido possível.

— E a parte do plano pertencente à Íris? Como faremos se ela não chegar a tempo?

— Ela tem que chegar a tempo. — Penso em tudo que eu já poderia estar vivenciando com Tara caso estivéssemos sem essas preocupações metafísicas e casados. Poderíamos estar tentando fazer pequenas novas versões de nós. Céus, ela pode estar esperando uma agora mesmo! Eu não consigo parar de pensar em como seria bom ter uma menininha de cabelos escuros e lisos correndo pelos jardins e sorrindo tão belamente, uma cópia fiel da mãe. Não consigo parar de pensar em passar uma semana trancafiado com Tara em nosso quarto, passando noites em claro, enquanto meu nome sai em forma de gemido de sua linda boca, reverberando as quatro paredes, sendo refratado e absorvido pelo meu ser, pela minha alma. Não consigo parar de pensar na cama tremendo junto com nossos corpos suados e agonizando de prazer. Não consigo parar de pensar que morreria sem o amor de Tara junto a mim, sem que eu possa demonstrar o quanto a amo e o quanto estou desesperado para fazer dela a mulher mais feliz. A felicidade dela trará a minha. Mas apenas pensar não adianta, é necessário agir.

— Tá... Mas se ela não o fizer? — Posso sentir sua testa vincando atrás de mim, enquanto nos arrastamos para a clareira ao longe, ainda atrás dos arbustos.

— Daremos um jeito.

— E foi assim que quase morri afogada. — Ouço-a sussurrar e eu poderia jurar que ela revirou os olhos no processo, mas não sou adivinha também. Então, esta é apenas uma aposta minha.

Continuamos a percorrer o caminho sem muitos diálogos adicionais e cerca de cinco minutos depois já estávamos no ponto perfeito.

— E agora? Quem fará isso? — Questiona ela.

— Não permitirei que faça isso... Que ponha sua vida assim em risco. Ainda mais depois do que passou hoje. Seu pé ainda está dolorido, não? — Ela parece ponderar, mas é essa demora na resposta que me faz obter a certeza afirmativa. — Logo, a senhorita não poderá sair correndo e é exatamente isso que a ação de segurança pede... Fora que tudo pode sair do âmbito de controle e também Luan di...— Interrompo a falação quando lembro que isso provavelmente deveria ser um segredo. Porém, é claro que ela prestou atenção e, na mesma hora, ela levanta a sobrancelha esquerda, percebendo algo suspeito.

— O que Luan disse? Pode completar a frase, sabe?

— Não é nada.

— Senhor Maurício...— Ela sabe fazer uma expressão ameaçadora. Eu sou um X9? Não. Passarei a ser? Provavelmente. — Não me faça descobrir da pior forma. — Tudo bem, sou oficialmente um X9.

Acabo contando o que me foi dito. Clara bufa, mas cede:

— Tudo bem, vamos logo explodir tudo.

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Eitaaaa, fogo no parquinho! Uma afirmação quase literal 😂.
Será que esse plano de fuga deles dará certo? E como vcs acham que eles escaparão da tal maldição (e será que ela realmente tem efeitos negativos caso não seja cumprida)?
Capítulo pequenino, mas foi necessário assim (para causar um clímax pertinente).
Até quarta, babies.
XoXo 💋

Amando o Visconde             (TRONNOS-2)Onde histórias criam vida. Descubra agora