Nem Que A Morte Nos Separe

Prólogo

Você vai pensar em mim pelo menos uma vez

Isso é tudo que eu preciso

Até o dia em que nos encontremos novamente

Vou esperar, vou esperar

O nosso adeus, é só um adeus momentâneo

Adeus, meu amor

Goodbye My love
Ailee

1999

Dia do acontecimento

Darla Adams

Hoje eu acordo feliz, pois é o aniversário do meu namorado, Bernard, prometi a ele que comemorariamos hoje, só nós dois, até por que ele não tem amigos então vai ser só comigo mesmo.

Vou correndo para o banheiro tomar um banho para ir a faculdade, encontrar com Bernard.

Tomo um banho rápido e me visto mais rápido ainda, desço correndo para a cozinha, mas meu sorriso morre quando vejo meu pai.

Ele está sentado na mesa lendo jornal e tomando seu café, e não parece feliz, como sempre. Eu caminho devagar e de cabeça baixa, me sento na mesa e começo a tomar meu café.

__Bom dia, querida. __olho para ele hesitante, dou um sorriso rápido e desvio o olhar antes de responder.

__Bom dia, pai. __ele volta a ler o jornal. Meu pai não aprova meu namoro com o Bernard, ele me bateu a algumas semanas quando descobriu e me obrigou a terminar, mas agora eu e Bernard estamos namorando escondidos.

Foi a pior surra que tomei na minha vida, minha irmã acabou apanhando também pois ela entrava no meio para tentar separar, meu pai só parou de bater quando eu disse que terminaria com o Bernard.

No dia seguinte fui para a faculdade toda marcada e com o rosto roxo, Bernard estava pior que eu já que seu pai também o bateu por não aprovar nosso relacionamento, mas isso não nos abalou. Nós cuidamos um do outro e resolvemos que namorar escondido é o melhor por enquanto.

Meu pai é superprotetor comigo e com a minha irmã mais velha, ele não quer me deixar namorar com o Bernard pois o pai dele é da máfia, e meu pai é agente do FBI.

Mas isso não dá o direito de julgar Bernard, ele nunca fez nada comparado com o seu pai. Bernard nem sequer bateu em alguém. Meu pai sempre gostou de julgar sem conhecer e isso realmente é um problema.

Bernard também já apanhou muitas vezes do seu pai por causa disso, mas sempre damos um jeito de criarmos momentos felizes para nós dois esquecermos dessa parte ruim e triste.

Termino de tomar meu café, me despeço do meu pai e saio depressa, passo na padaria perto da faculdade e pego o bolo que eu encomendei. Ele é pequeno, mas o suficiente para mim e Bernard comermos.

Bernard vai amar, é o sabor preferido dele. Ele não queria comemorar o aniversário por que não gosta, mas eu insiste bastante e acabei o convencendo.

Eu entro na faculdade tomando cuidado pra ninguém trombar em mim e derrubar o bolo.

De longe vejo Bernard sentado sozinho na grama do pátio ao ar livre da universidade, as pessoas da faculdade não fazem amizade com ele, por que tem medo do pai dele.