MEU CAPITÃO [ Retirada Após Conclusão] sem revisão

CAPÍTULO 28

Você é a luz, você é a noite
Você é a cor do meu sangue
Você é a cura, você é a dor
Você é a única coisa que quero tocar
Eu nunca soube que poderia significar tanto, tanto...

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      Leio mais um documento e não consigo achar mais nada. Nas semanas que eu estava me recuperando descobri que Sanches foi solto depois que pagou a sua fiança com ajuda de um advogado de fora que eu não conheço. A questão é que  eu não fui avisado da movimentação dele em nenhum momento. Briguei com os meus superiores que me ameaçaram de me afastar novamente do caso envolvendo Mark, caso eu não me controlasse.

   As minhas suspeitas só confirmaram que neste departamento tem gente que trabalha para Mark, e faz de tudo para atrapalhar as investigações.

  Outro fato é que Sanches sumiu de novo. O que eu acho que deve ter corrido para as pernas de Mark. O que me faz ficar ainda mais nervoso e furioso do que o normal. E é sempre assim toda vez que consigo chegar mais perto, derrepente se torna mais longe.

E para piorar sinto que Anne está brava comigo pelo fato de eu estar mais longe dela. E não é isso, eu apenas não quero contagiar ela com meus demônios internos. E também escutei comentários em respeito a minha vida com a Karla e em comparação a de Anne. Sei que ela deve ter ouvido e achado que me afastei dela por causa disso. Mas não foi, e também não  me abalei e evitei pensar por esse lado.

     Ontem a noite foi difícil dormir sem ela. Senti falta do carinho que ela faz no meu cabelo e como ela me olha com aqueles olhinhos brilhando. De como beija suave minha boca e o toque de perfume que deixa em meus travesseiros. De pegar na sua cintura e envolver ela em meus braços enquanto pego em um sono profundo e sem pesadelos.

     Uma noite.

   Apenas isso para perceber que Anne fez com que eu sentisse que faltava a metade de mim.

 

- Podemos conversar? - Com um simples passo de mágica Anne aparece me olhando curiosa pela porta.

Ela está vestida um vestido rosa de um tom claro, que se ajusta perfeitamente em seu corpo e um decote formidável entre os peitos. Saltos altos e seu cabelo está em um rabo de cavalo.  Seus lábios estão rosados e provocativos...

- Claro... entre. - Peço e ela entra fechando a porta atrás de si.

    Fico admirando sua beleza, até que me tomo em consciência de levantar e fazer o que é certo.

- Ei, sei que está brava comigo nesses últimos dias, mas não tem nada a ver com você. Me perdoe? - Peço puxando suas mãos.

- Lembra daquela vez que eu me isolei e fiquei estranha no trabalho? - Assinto. - Lembra de como você sentiu que tivesse feito algo de errado comigo para estar daquele jeito? - Assinto. - Se você se lembra por que não me conta nada? Por que esconde e se isola? Sabendo que eu posso me sentir inútil? - ela interroga intrigada e eu nada falo, pois ela está com a voz da razão.