44. Choices

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44. Escolhas

Long Beach, Los Angeles - California - Março, 2015,
às 19h00 PM

Point Of View Finlay Kristen Carter

Os dedos se mexem lentamente em meu cabelo, fazendo com que, consequentemente, os meus olhos pesem e comecem a se fecharem. Meu ponto fraco, sem dúvidas.

Da sala, consigo ouvir um pouco dos resmungos de minha mãe vindos do jardim, e Justin me olha, desviando os olhos de seu celular. Eu bufo e ele olha a a porta do quintal, também parando para ouvir a voz de minha mãe.

E mesmo que nenhum dos dois fale algo, sua mão se mantém em meu cabelo, e me mantenho deitada em sua perna.

— Ei — Justin leva o telefone para a orelha, e fecha os olhos, relaxando os pescoço no sofá. — Não, estou de boa. E sim, estou com ela. — A gente se olha, quando seus olhos descem para os meus e seus dedos brincam com meu nariz. — Larga de ser idiota, Charles, fica de boa.

Seu pai está vindo para cá. — Minha mãe diz aparecendo na sala, e me levanto do colo de Justin. — E... Nós vamos conversar sério.

— Tá bom. — Concordo. — Onde está a Sushi?

— Dormindo no tapete da varanda. — Da de ombros e anda em direção à cozinha. — Vou tomar um banho e ir correr. — Diz voltando com uma garrafinha de água. — E vocês dois, por favor, se comportem.

Eu impeço que Justin solte uma piada e volto a me deitar em sua perna, me virando de frente para o ele.

— Não adianta fazer pirraça, Finlay Kristen, eu sou adulta e posso fazer o que eu quiser e com quem eu quiser. — Minha mãe diz e bufo. — Eu sei que você já sabe, mas... Fazer o que.

— Trair meu pai, deixá-lo, magoa-lo e agora, mordendo a própria língua após transar com ele. Você é realmente o meu maior exemplo.

Justin me encara sério e olho para minha mãe.

Quem me deixou foi seu pai. Eu apenas não fui atrás. — Afirma, apontando para mim. — E não adianta fazer essas expressões pois não vamos entrar em discussão. Cresça. E eu não te devo satisfação, Finlay Kristen.

Justin me impede de falar e ouço minha mãe subir a escada.

— Você ouviu o que ela disse? Meu pai a deixou? Isso não é...

— Sushi. — Justin a chama, firme. — Vem cá, bebê. — Insiste e as patinhas fazem barulho. — Vamos passear, neném? Vamos? Então, vamos.

O mesmo me empurra para eu sair e bufo, quase caindo. Seus olhos me analisam e ele se levanta, chamando Sushi até sua coleira.

— Se levanta, Kristen, e pegue sacolas. — Pede. — E uma canga, de preferência. 

Canga?


Com toda criatividade e paciência, Justin me deixa claro as coisas de comer que trouxe para nós, da mesma forma que trouxe para Sushi, qual está deitada ao seu lado, gostando da brisa do vento e a calmaria do lugar, onde o único barulho é das ondas se quebrando.

— Você não pode falar daquela forma com sua mãe, e nem aquelas coisas. — A repreensão vem para mim e o encaro. — Sierra está certa, Finlay Kristen e ela não te deve satisfação.

Eu não digo nada, decidida que não quero discutir. E seus olhos me avaliam como se esperasse ouvir algo de mim.

— Não estou falando isso para te deixar brava ou para causar mais um atrito entre nós dois. Eu apenas... Estou te falando, porque gosto de você e quero o seu melhor, e com isso, também preciso te "corrigir" quando você está nitidamente errada.

— Para você tudo o que eu faço estou errada. — Afirmo, olhando para o mar. — É por isso que sempre fico quieta.

— Errei em ter falado alto com você. E te pedi desculpas. Mas... Você não pode falar daquela forma com sua mãe, Kristen. Ela está certa. Você tomar as dores porque não gosta da relação dos seus pais é algo...

— Meu pai sofreu, Bieber e só eu sei.

Seu pai te disse que ele deixou sua mãe? — Questiona — Ou apenas disse que sofreu ao não ter mais sua mãe?

— Não interessa. — Retruco. — Eles eram tóxicos um para o outro.

Justin não rebate e apenas me encara.

— Só não quero que isso tudo se repita.

E isso é totalmente compreensivo. E eu entendo você. Mas você não pode fazer tais coisas. Converse com seu pai, depois converse com sua mãe e depois você tira suas conclusões.

Ele está certo.

Eu bufo alto e deito em seu ombro.

— Tudo bem, estou errada.

— Tenha paciência. A sua situação está... Complicada. as coisas estão confusas e você precisa respirar fundo.

Seu braço me aperta e recebo um beijo na cabeça.

Você tinha planos para hoje com a Tally? — Pergunta e franzo o cenho. — Por que está me olhando assim?

Planos com Tally? Mas... Por que eu teria planos com Tally hoje?

— Hoje é aniversário dela, não?

Eu sinto meu coração parar.

Rapidamente pego meu celular e encaro a data.

Puta merda.

Hoje é dia 5 março.

— Meu Deus, você se esqueceu?

Eu concordo e fecho os olhos.

— Meu Deus! Eu sou uma péssima melhor amiga! Eu me esqueci totalmente e...

Sua risada me faz bufar e o encaro.

— E agora, Bieber, o que eu vou fazer?

Hm... Converse com seus pais, espere pelo que vai acontecer, e então... A gente faz algo para ela. Podemos sair para comer, e fazemos uma surpresa.

— Sério?

Yeah... Eu posso ligar a churrascaria e pedir pelos serviços e peço um bolo também. O que acha?

— Sério? — Meu sorriso se alarga e suspiro. — Meu Deus, você é... — A gente se encara, e acaricio sua nuca. — Obrigada. — Encosto meus lábios nos seus e sorrio. — Urgh! Seu pai é incrível, Sushi.

Hangover Of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora