21. Company

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21. Companhia

Long Beach, Los Angeles, California - USA, Fevereiro, 2015 às 10h00 AM

Point Of View Finlay Kristen Carter

O dia realmente não se abriu do jeito que eu desejei e passei a esperar depois de um tempo, e algumas nuvens até apareceram, deixando-me claro que irão liberar algumas gotas de água, o que me agrada por lado, para ser sincera.

De qualquer forma, isso não intimidou as pessoas que estão no gramado do pátio. Todos continuam fazendo suas coisas, talvez agradecidos por aquele sol do inferno não estar por cima deles, e suspiro, arrastando os olhos para o professor.

— Algum problema, Finlay? — Sua pergunta é baixa, e nego, seguindo seus olhos para meu caderno que continua em branco. — Então por qual razão você ainda não fez o dever?

— Cólica. — Admito, deixando a palavra se arrastar por meus olhos. — Desculpe, irei comecei agora mesmo. — Digo, e sua cabeça se mexe em não. — Mas...

— Está tudo bem. — Sorri de lado. — Minha filha também amanheceu com isso e... Bom, está tudo bem, entendo que vocês fiquem mal. — Suspira e se afasta. — Só não faça barulho.

Eu sorrio, agradecendo e o vejo se virar, verificando se os outros alunos estão fazendo os deveres. Ótimo.

Isso me respirar fundo e apoio minha cabeça em minha mão, e me mantenho olhando a janela.

Eu sempre fui muito grata pelas coisas. Sem dúvidas. E sempre dei valor para pequenas coisas, como por exemplo, se sentar no meio fio da minha casa ou deitar na grama do meu quintal e fazer com que isso seja algo valioso. Só isso. Eu nunca liguei para luxo. Nunca. Sempre recusei ir a restaurantes caros e ter algum tipo de luxo exagerado, como o que minha mãe sempre tenta dizer que pode me proporcionar, quando tenta me influenciar a deixar meu pai para que eu possa explorar o mundo.

Sendo que ele é tudo o que eu tenho, e eu jamais o deixaria.

De qualquer maneira, eu sempre fui grata. Nunca me faltou comida dentro de casa. Nunca fiquei sem ir à algum lugar por meu pai colocar limites demais e sempre me senti livre demais. Sempre. E por isso eu o acho perfeito. A forma como ele me cria, me entendendo, me respeitando e me colocando limites, é realmente tudo o que eu admiro e espero fazer quando tiver filhos, sem dúvidas.

Apesar de eu não ser boa em me expressar, ele tenta. Meu pai sempre tentou e apenas ele sabe que isso é desde sempre. Insegurança é algo que acaba comigo de formas diferentes e em momentos diferentes, e às vezes, por pessoas diferentes, e bom, eu não sei lidar.

Não sei falar sobre isso.

E ele sempre tentou.

Mas não é fácil. Me imaginar com alguém também não é fácil, e está tudo bem. Eu sei que não preciso de ninguém. Por mais que eu realmente queira.

"Estou te vendo."

Meus olhos procuram pelo alvo, e Justin sorri, levantando a mão para acenar para mim após correr.

Hangover Of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora