Bianca...

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Como Larissa podia parecer tão calma se ela se perdia por comple­to?

Se se importasse com ela, teria sorrido para provocá-la um pouco, beijado o pescoço. Talvez até teria mor­discado os mamilos até que ela implorasse por misericórdia e a puxasse para lhe dar um beijo.

Ohana também poderia tomar deliciosas liberdades, só pa­ra ouvir a respiração dela acelerar, vê-la tentar se conter. Mas partilhar essa intimidade era algo novo e frágil demais. Portanto, ficou apenas parada, sentindo-lhe o toque dos dedos e dos lábios em seu ombro.

Na certa cochilou, pois quando se deu conta, estava sozinha e ouviu o barulho do chuveiro.

Consultou o relógio, pegou algumas roupas e foi até seu banheiro.

Larissa insistiu em acompanhá-la ao médico e, o que foi pior, a aguardou ser examinada e ter os pontos de seu braço tirados.

Depois, ousou mencionar os ma­chucados em suas costelas.

Ohana lhe lançou um olhar irritado, e se zangou ainda mais ao vê-la acompanhar o exame do médico quando este disse não haver ossos quebrados.

- Você não poderia ser mais autoritária, Larissa! - vocife­rou, no elevador.

- Acabou?

- Não, não acabei!

O elevador chegou ao térreo.

Elas saíram do prédio e foram até o carro.

Ohana sentou-se em silêncio, e Larissa pôs-se a dirigir até o shopping mais luxuoso do Rio onde até respirar dentro custava os olhos da cara de um pobre mortal.

Todas as lojas vendiam peças caras de grife, algumas que Ohana sequer conhecia.

Os preços eram astronômicos.

Ohana saiu do carro e a esperou na entrada.

- Não acho que...

- Não estou perguntando. - Larissa a encarou.

- Quer gastar seu dinheiro em um dos lugares mais caros da cidade? Então fique à vontade.

{...}

Ohana teve de admitir que Larissa tinha bom gosto. Em três horas escolheu oito vestidos, sendo 4 longos, vários sapatos e roupas sociais, além, claro, de ceder ao gosto de Ohana por shorts e tops de varios modelos e tamanhos.

- Vamos almoçar - Larissa determinou, pondo as sacolas no porta-malas.

Escolheram o Paris 6 e olhou-a intrigada diante do pedido de carpaccio e entrada de salmão defumado.

- E o prato principal?

Ohana lhe lançou um olhar solene.

- Estaria satisfeita com um sanduíche e um café.

- Não está impressionada?

- Devia estar?

- Não era minha intenção.

- Queria ser vista, Larissa? - ela arriscou, ao notar que chamavam a atenção de alguns clientes.

- Não planejei nada. - O semblante de Larissa ficou sombrio. Ohana usava uma saia justa e um body, e uma jaquetinha jeans. Não era de marca, mas estava adequado.

- Nesse caso... Obrigada.

- Pelo quê?

- Pelas roupas. E pelo almoço.

Ela estaria representando? Algo lhe dizia que não.

- Acho que você está mesmo... Grata?

Os presentes não eram nada mais que um prêmio, Ohana se censurou, que fazia parte de sua apresentação. Afinal, uma amante tem de estar bem vestida.

Proposta Indecente - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora