Eu te odeio!

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-Você não tem o direito de...

- Entre no carro, Ohana.

- Nem morta!

- Não tenho medo de criar um escândalo - Larissa retrucou com ênfase. - Dez segundos.

Ohana optou por uma atitude digna. Ficou em total silên­cio, e nem mesmo olhou para ele até chegarem à mansão em Copacabana.

Ali, à medida que o portão se abria, vislumbrou seu carro estacionado na garagem.

- Vamos conversar lá dentro!

- Não tenho tempo.

- Eu facilitei as coisas para você. Seu emprego no restau­rante não existe mais.

- Você descobriu onde eu trabalho e... Não pode fazer isso! - concluiu, sem saber mais o que dizer.

- Está feito. - Larissa andou até a porta da mansão e a destrancou.

- Eu te odeio!

Larissa deu um sorriso cínico.

- Imagino que sim.

Ohana queria socá-la, e na certa o faria se tivesse oportu­nidade.

Encarou-a com ira quando Larissa foi até o porta-malas do Mercedes e retirou duas malas e uma mochila com os pertences dela.

- Como você sabia?

Larissa franziu a sobrancelha.

- Para onde você tinha se mudado? Acho que era óbvio. Seriam necessários apenas alguns telefonemas e a ajuda de um detetive particular...

Mas não era isso o que a incomodava, e sim o fato de Larissa ter conseguido entrar em seu apartamento certamente subornando o porteiro.

Ohana respirou fundo com o intuito de controlar a raiva e apontou para a bagagem.

- Trate de colocar isso de volta no meu carro.

- Não é assim que as coisas vão acontecer...

- Uma porra que não! - Ohana partiu para cima dela e antes que pudesse alcançar alguma das coisas ou mesmo batê-la Larissa se impôs.

Em um gesto ágil, ergueu-a no ombro e entrou na residência.

- Me coloca no chão, inferno!

Ohana esticou um braço e tentou beliscá-la, mas Larissa foi mais rápido e a deteve.

- Não seja tolinha, pequena.

- O que merda você quer? - gritou, furiosa, quando Larissa entrou com ela no escritório.

Larissa fechou a porta, trancou-a e colocou Ohana de pé.

- Você está nos trancando aqui?

- Só por uns minutos...

Ela ofegava, ao ajeitar a roupa.

- Eu devia te denunciar.

- Você não teria essa coragem, pequena, teria?

- Larissa, você não pode simplesmente me deixar em paz?

- Não.

- Por quê não? - Ohana brigava no seu íntimo para não chorar na frente de Larissa, não demonstraria mais fraqueza na frente dela. - O que você quer, afinal? - Suspirou abrindo os olhos.

Larissa também estava com os sentimentos à flor da pele, continha-se para não avançar sobre ela e beijá-la ferozmente para enfim dizê-la que a ama com loucura.

- Você, Ohana... Apenas você. É o que eu quero.

O semblante de Ohana era um misto de surpresa e incredulidade.

Larissa queria enlouquecê-la.

- Conseguiu dormir essa noite?

- Um pouco... - Ohana sussurrou, dando de ombros.

- Acho que não almoçou.

Ela não tinha certeza, e Ohana não queria dar-lhe o gostinho de ter razão.

- Larissa...

- Como você achou que podia dizer que se apaixonou por mim e em seguida ir embora, sem mais nem menos?

- Você queria saber por quê eu tinha ido embora da sua casa... E eu te disse o motivo!

- E depois fugiu! -

As veias quase saltavam do pescoço de ambas que tentavam controlar cada uma seus impulsos e emoções.

- O que queria que eu fizesse, Larissa? Ficar para ser humi­lhada? Tem ideia de como foi difícil te contar?
Você, a empresária mais cobiçada do Brasil, dona de si, que tem total controle de suas emoções.

Ohana se levantou.

-

Capítulo curtinho, né?

Então... lá vamos nós de último capítulo.

O próximo vai ser mais longo, sem estresse...

VOTEM E COMENTEM!!!

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