Jantar agradável?

3.7K 297 28
                                    

Quase de imediato os portões começaram a se abrir, e, quan­do Ohana voltou ao carro, já era possível passar.

Um gramado perfeito cercava a bela mansão de dois andares em estilo mediterrâneo, as paredes cor creme, o telhado de ter­racota, as janelas imensas de vidro.

Era elegante, graciosa.

Estacionou à alguns metros da Mercedes de Larissa e viu que a morena tinha outras duas máquinas na garagem.

Ali estava.

Seu coração começou a pular quando saiu do car­ro.

Quase alcançava as pesadas portas duplas quando uma de­las se abriu e Larissa surgiu a sua frente.

O que dizer?

Qualquer coisa soaria banal.

Desse modo, in­clinou a cabeça e se virou.

- Minhas coisas estão no porta-malas.

Um homem vestido formalmente, que Ohana identificou como um motorista ou segurança, surgiu e Larissa indicou que ele tirasse as coisas do carro de Ohana.

- Levarei o resto - ela disse. Só restava sua bolsa e duas caixas com livros e algumas coisas do pai.

- Deixe as caixas, Ohana. O Bruno leva.

Como Larissa achava que elas tinham ido parar no carro?

- Eu dou conta.

- Uma só, então - ela permitiu. - o meu motorista pega a outra.

- Está bem.

Ohana nem entrara e já se estranhavam.

- Não estava duvidando de sua capacidade. Só tomando cuidado para você não se machucar.

O hall de entrada era amplo.

O chão de vidro dava certa aflição em Ohana que tentava disfarçar, armários de mogno em posições estratégicas nas paredes.

Uma grande es­cada ornamentada levava ao andar superior, e um luxuoso lustre de cristal pendia do teto.

Frisos e candelabros adornavam as paredes, bem como as obras de arte.

A riqueza, Ohana percebeu, estava em tudo o que olhava.

- Vamos levar suas coisas para cima.

"Por favor, por favor me diga que tenho um quarto só para mim!", implorou aos céus ao subirem as escadas.

Com certeza, não seria demais pedir um pouco de privacidade...

Havia muitos quartos, pelo menos seis, Ohana se deu conta, ao contar depressa as portas fechadas.

Ela parou em frente a uma delas, abriu-a e colocou a bagagem ao pé da cama.

Uma cama enorme, ela observou, aflita. Talvez aquela fosse sua suíte, e Larissa só viesse quando requeresse "seus serviços''.

- Há dois closets e dois banheiros. Eu ficarei com os da direita. Você pode ficar com os da esquerda.

Bem, suas dúvidas acabavam ali.

- Eu preferia ter um quarto só para mim - disse com cuidado, e recebeu o olhar duro de Larissa.

- Nada feito...

-Em geral, uma amante tem sua própria residência, Larissa. Sendo assim, uma suíte própria não é pedir muito.

Proposta Indecente - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora