Eu te ensino, pequena.

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- Não podemos simplesmente largar tudo e ir embora, Larissa...

- Podemos, sim. - Caminhou até a escada. - Você faz sua mala ou eu faço?

- Por quê?

- Precisa de algum motivo?

- Claro que sim!

Ela a seguiu, a raiva crescendo a cada passo.

Com aquilo Larissa sabia lidar, pois Ohana costumava perder a paciência com facilidade em grandes explosões, ainda mais após a morte do pai.

No quarto, em cima da cama, havia duas malas, uma feita e outra vazia.

- Não quero ir à nenhum lugar.

- Brigar não resolverá nada.

Ohana lançou-lhe um olhar irado.

- Acho que não gosto muito de você...

Larissa foi até o closet e pegou mais algumas roupas.

- Você tem o pavio curto, pequena. Me odeie o quanto quiser.

Ohana a observava, incrédula, depositar as roupas na cama junto com algumas peças de lingerie.

- O que pensa que está fazendo, Larissa?

- Nós vamos sair em vinte minutos.

Ela foi, apressada, até o closet e tomou-lhe a frente.

- Mas que merda, eu faço isso!

Minutos mais tarde, já havia recolocado nos cabides as peças que Larissa escolhera e fez uma seleção de seu agrado.

- Você ajudaria se me dissesse se esta é uma viagem de negócios ou diversão.

- É para relaxarmos – Larissa comunicou, indolente. Após alguns movimentos minutos, Ohana terminou da arru­mar sua bagagem.

- Você é a mulher mais atrogante e teimosa que eu tive o desprazer de co­nhecer, sabia?

- Desprazer, Ohana? - ela repetiu com uma suavidade que fez a raiva desaparecer de seu semblante. E Ohana se odiou por Larissa saber como desmontá-la.

- Não é bem assim...

- Gracias... – Larissa observava-a colocar um estojo de maquia­gem e alguns cremes na mala.

{...}

Chegaram ao aeroporto com alguns minutos de antecedência e logo embarcaram na primeira classe em um vôo direto para Chicago, em seguida viajaram mais cinco horas em um jatinho particular até o aeroporto do Condado de Aspen.

Larissa alugou um carro, e a noite já caíra quando percorriam os dez quilômetros que as levariam para o bairro onde ficava a casa onde ficariam.

Não demorou muito para que estacionassem em frente à enorme casa e Ohana já estava encantada com o lugar, principalmente por estarem ali no Inverno a neve caindo cuidadosamente era um charme à mais para aquele cenário de filme.

{...}

A suíte enorme tinha uma vista magnífica para as montanhas e estações de esqui, havia champanhe no gelo, flores, frutas frescas e chocolates de boas ­vindas. A calefação dava um clima ainda mais agradável e aconchegante ao ambiente, apesar de estar amando tudo, Ohana não era muito adepta do frio.

- Isso é incrível ! – Ohana abriu um sorriso, apre­ciando o amanhecer de Aspen.

Larissa observou com alívio a alegria no rosto dela, e sua alegria compensou os compromissos que adiara a fim de per­mitir-lhes esse breve passeio.

Proposta Indecente - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora