O Jardim humano de Beth

377 19 7
                                    

Beth

O cheiro daquele cara estava me encomodando, a forma como Annie chacoalhava as mãos nervosamente me fazia querer estrangular ela. Os meus cabelos estavam soados, minha mãos estavam limpas porem pareciam sujas, minha blusa tinha algumas gotas de sangue, minha calças estavam sujas de sangue e o meu sapato seria colocado no fogo. 

- Era pra você dar um susto no cara, não matar ele - disse enquanto dirigia até o mesmo lugar onde enterramos o último.

- eu sei tá bom - gritou abrindo o vidro - as coisas sairam do planejado

- fecha essa porra - gritei de volta fazendo a mesma bufar - fecha, agora Annie.

- isso aqui tá fedendo.

- ah claro, porque será?

- não começa - ela começou a fechar o vidro e ligando o ar - vai dizer que não também?

- na verdade boa ideia, o ar gelado faz o corpo resfriar e soltar menos gases.

- e eu não vomite. 

- fracote. 

- cale a boca beth. Cansei do seu ar de superioridade sobre  tudo quando na verdade você não é melhor do que eu, Ruby, LUcy ou Reah! 

- Eu nunca falei que eu sou melhor - falei cansada encostando minha cabeça no volante quando a sinaleira fechou - eu so to nervosa - disse soltando uma sagrima. 

Annie se calou e soltou um suspiro, ela passou as mãos nas minhas costas: 

- desculpa.  

__________________________________

Antigamente 

Annie. 

O soluço que ela soltou foi tão alto que mesmo estando do lado de fora eu pude escutar, minha mãe estava sofrendo em ver o meu pai se afogar em alcool e mulheres,  era tão injusto o que a vida fez com ela, senti uma lagrima escorrer dos meus olhos. Beth estava lá tentando acalmar eles. 

- Solta isso - o grito que Beth deu me vez ter mais curiosidade. 

Abri uma frenta na porta e tive uma visão melhor do que acontecia la dentro. Meu pai estava segurando uma arma e apontando para minha mãe, Beth estava segurado uma faca de cortar carne, foi então que eu vi ele, no momento eu não sabia direito quem era, mas quando ele virou o rosto para mim eu vi a secatriz no seu olho esquerdo. 

- Cale  boca sua vadia - meu dia disse para minha mãe que estava rezando sem parar - você e este vagabundo se meressem. 

- não ouse falar dele - ela disse se colocando na frente dele. 

- Mamae- beth disse incredula baixando a faca - todos esses anos achando que o meu pai era um filha da puta e no final... 

- cale a sua boca garota insolente - O  homem da cecatriz disse apontando o dedo para ela. 

- baixe esse dedo seu desgraçado - beth pediu erguendo novamente a faca. 

- Vai fazer o que? chorar? 

Beth fungou e estreirou os olhos, então ela tacou a faca em seus dedos  como se fosse uma carne qualquer que ela estivesse acostumada a cortar. Naquele momento eu so conseguia chorar. Beth foi a primeira que me viu e então ela e o papai vieram atras de mim. 

Beth chorava com as mãos cheias de sangue, algumas gotas de sangue voaram em seu rosto e no do papai, mas o pior ainda não tinha acontecido, mamãe deu um tiro na perna do papai, alguns dias depois ela ja estava boa na verdade, mas ele acabou pegando uma  infecção e se salvou por pouco. Quatorze anos depois ele foi internado no hospital por insuficiencia cardiaca e infecção nos pulmões. 

Mamae jurou que nunca mais pegaria em uma arma, então ela enriqueceu vendendo a sua arte. Beth e eu tivemos que fazerr terapia, a unica diferença é que enquanto ela ia, eu ficava no beco fumando maconha com um amigo, nos sentavamos no balanço e fumavamos ate confundia a grama com chocolate. 


Amor e obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora