Sinto falta dele

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Eu me debrucei sobre a mesa, o burburinho do restaurante lotado ficou de fundo conforme eu me esforçava para conter minha raiva

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Eu me debrucei sobre a mesa, o burburinho do restaurante lotado ficou de fundo conforme eu me esforçava para conter minha raiva. Reprimindo a vontade de gritar, mantive a voz baixa, mas a fúria foi refletida nas palavras.

- O que você disse? Tenho certeza de que não ouvi direito.

David relaxou, recostando-se na cadeira, nada preocupado com minha ira.

- Eu disse que Jeck será promovido a sócio.

Minha mão apertou o copo tão forte, que fiquei surpreso por não tê-lo quebrado.

- Era para ser a minha promoção.

Ele deu de ombros.

- As coisas mudaram. Você se casou, assumiu um filho e deixou os negocios de lado, endenda Rio! 

- Eu trabalhei igual a um retardado. Trouxe mais de nove milhões. Você me disse que, se eu superasse o ano passado, eu me tornaria sócio.

Ele acenou.

- E Jeck trouxe doze milhões.

Bati a mão na mesa, sem me importar se isso chamaria atenção para nós.

- Isso é porque o desgraçado me trapaceou e roubou meu cliente. A ideia da campanha foi minha. Ele puxou meu tapete!

- É sua palavra contra a dele, Cristopher.

- Mentira. Isso é tudo mentira.

- A decisão está tomada, e a oferta foi estendida. Esforce-se mais e, quem sabe, será você no ano que vem.

- É isso?

- É isso. Vai receber um bônus generoso.

Um bônus. Eu não queria outra merda de bônus. Queria aquela promoção. Deveria ter sido minha. Eu me levantei tão rápido que minha cadeira caiu para trás, batendo no chão e fazendo um estrondo alto. Fiquei ereto em meu 1,93 metro e fiz uma careta para ele. Levando em consideração que David não chegava a 1,73 metro e, sentado, parecia menor ainda.

David ergueu uma sobrancelha.

-Cuidado, Rio. Lembre-se de que, na Anderson Inc., somos a favor do trabalho em equipe. Você ainda faz parte do time... e é uma parte importante.

Fiquei olhando para ele parado: 

- Aproveita que você vai voltar pra Portugal e manda o meu pai ir se fuder, depois avisa o Jeck que eu vou atras dele, por ultimo eu quero que você fique atento, por que eu vou te matar, pode anotar! 

- Seu pai não esta mais no comando - foi a ultima coisa que o desgraçado disse antes de sair pela porta do restaurante. 

 

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Hoje completam dois meses de casada, o Dean veio buscar o Brandon e a Stef levou o william para um parque aquatico, será so eu e o Rio essa noite.

Comecei a cozinhas exatamente cinco horas antes, separei uma langeri especial e um vestido preto tomara que caia que ia ate o meio das minhas cochas, um colar de diamantes que o Rio me deu no nosso primeiro mes de namoro, e um brinco de pedrarias que Ruby me deu, por ultimo calçei um loubotans vermelho vinho. 

Eu estava pronta, pretendia comemorar não so o casamento mas tambem trazer todo o conforto novamente. 

- Você esta linda - Annie disse me analisando calmamente. 

- obrigada. 

- Tudo isso é pra ele? - ela perguntou apontando a mesa. 

- que horas são? 

- meia noite e quarenta - ela disse pegando um pedaço do bolo. 

- o que você faz na minha casa a essa hora? 

- deveria estar reclamando pela falta de uma pessoa em especial, não pela vinda de outra! - comentou arqueando as sombrancelhas. 

- Sai annie eu quero me trocar e jogar essa comida no lixo. 

- deixa que eu como - ela disse se sentando na cadeira da ponta - antes que va fora que se perca de uma vez.  

- tenha um bom jantar. 

Forcei um sorriso e suspirei antes de voltar para o meu quarto, subi as escadas lentamente me sentindo derrotada, quando entrei no quarto pude ver um retrato de nos quatro, Rio, eu , brandon e Willian. 

Batidas fracas na porta me tiraram dos meus pensamentos: 

- desculpa. 

- você não tem culpa de eu estar casada com um cara que some as sete da manhã e voltra no outro dia, literalmente - suspirei derrotada. 

- você acha... 

- sim. Eu acho que ele ta me traindo Annie! 

- O Rio te ama. 

- Eu sei, mas ate quem ama erra. 

- não se precipite, talvez ele esteja arrumando umas coisas da 'vida antiga dele' e não deu tempo de te mandar uma mensagem- ela disse me abraçando. 

- quero ficar sozinha um pouco. 

- ta bem. Qualquer coisa eu e a Sadie estamos no andar de baixo. 

- Sadie? 

- Ela tava no carro, queria ter certeza que ela não ficaria traumatizada. 

Um mes antes eu e Rio cometemos o erro de deixar a porta aberta, Annie entrou e nos estavamos ocupados usando o balcão da cozinha como apoio para coisas de adultos. Ela não gostou! 

Já sozinha. Comecei a tirar o vestido lentamente, não queria ser eu a tira-lo, eu só queria que tudo fosse como era antes de nos casarmos, queria poder estar com ele sem que ele desaparecesse do mapa bem na hora H, queria uma vida sexual e a adrenalina. 



Amor e obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora