- An-dre-ah, se você não parar com isso vou te deixar no meio da estrada.
Arregalei os olhos mais uma vez e olhei para Miranda que me olhava séria, porém, que logo foi desmanchado por um sorriso e um balançar de cabeça em negação.
- Qual o seu problema? - Sua postura já era costumeira.
E eu? Estava feito uma tonta encantada por ter arrancado um sorriso de Miranda, mesmo que esse sorriso fosse de irritação. Vocês tem idéia do que é um sorriso de Miranda Priestly? Miranda sorrir de nada. Então vocês têm noção do quanto vale muito o sorriso que ela não conseguiu segurar.
- D-Desculpe, Miranda, estou nerv...ansiosa. - espalmei minha coxa com uma certa brutalidade, não que fosse a intenção, mas, errei os cálculos da distância e tempo e acabou indo forte demais.
Miranda olhou para aquele ato como se fosse um dragão de sete cabeças, fez um habitual bico em consternação.
- Estamos exatamente há 30 minutos dentro desse carro, que raios pode ter acontecido para te deixar nervosa An-dre-ah? Por um acaso você tem claustrofobia?
- N-não! - balancei a cabeça em negação e sorri para disfarçar minha tensão. - não tenho claustrofobia, Miranda, também não é fácil ficar tanto tempo a sós com você. - Minha voz estava tão trêmula quanto minhas mãos, e claro que isso não passou despercebido por ela.
- Sou tão assustadora assim que você não pode ficar por tempo considerável ao meu lado? Na volta chame um táxi. - ela foi dura e cortante.
E eu estava me batendo internamente por ter me enrolado e falado demais, estraguei tudo e agora pensa que eu não suporto ela.
- Não é a sua presença que me incomoda, é o que sua presença causa em mim. - Confessei quase sussurrando depois de uns bons longos minutos de silêncio ensurdecedor.
Miranda me olhou como se tivesse em um clarão, em uma roda de flashes das câmeras de milhares de paparazzi, e eu com certeza fiquei com o meu rosto tomado por um vermelho sangue, pois estava sentindo minha pele esquentar.
- O que minha presença causa em você, An-dre-ah? - Sua voz estava mais rouca, mais pausada, e aquilo fez minha calcinha molhar ridiculamente.
Agora foi minha vez de olhar para ela em um clarão, abri e fechei minha boca por diversas vezes, mas minha garganta estava travada, não saia nada e nem eu sabia o que deveria falar. Se deveria me abrir e confessar minha paixonite idiota, ou apenas dizer que toda imponência e importância dela intimidava quaisquer. Miranda seguia me encarando, enquanto também a olhava, porém, perdida em meus conflitos e medos das possíveis consequências. Corri meus olhos lentamente para sua boca, ela estava usando um batom rosé, seu pescoço longo e alvo enfeitado por uma gargantilha de diamante, sua pele parecia tão macia, desci olhos para suas saboneteiras, seu colo... eu estava a um passo de avançar nela, mas algo me fazia continuar estagnada, alí, apenas olhando-a e desejando descaradamente, voltei os olhos para o seu oceano azul, Miranda me encarava com intensidade, e muito, mais muito séria, céus! Com certeza ela estava pensando na melhor de acabar com a minha vida.
Mas, fui salva por Oseph que abriu a porta do carro para saímos, eu nem sequer notei quando ele estacionou o carro. Miranda olhou para fora, e voltou a me encarar para logo sair do carro e se tomada pela roda jornalistas, eu sai logo em seguida, agradeci ao motorista e segui os passos da El dragon, ela estava tão linda, tão poderosa, suas curvas tão em evidências, como alguém pode ser tão perfeita assim?
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Desejo Latente (Mirandy)
FanfictionFanfic inspirado no filme; O diabo veste Prada. Andrea sucube ao desejo latente por Miranda e em uma festa acaba não resistindo a imponência de el dragon e tenta algo. Para Miranda ela tenta acreditar que é apenas sexual. Muitos hots.