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Se durante minha saída com o Nigel eu tive vontade de desabafar com ele novamente? Ah! Mas é claro que eu tive, inclusive, pedi um conselho para ela sobre suposição, o que ele faria se fosse apaixonado por uma pessoa, e essa pessoa fosse comprometida, porém, essa pessoa corresponderia suas investidas e depois do sexo ela não falaria nada e faria de conta que nada aconteceu.
E sabe o que ele respondeu?
Que era bem complicado mesmo ter um caso com Miranda Priestly. Eu quase tive um treco ali naquele bar, fiquei verde, azul e de todas as palhetas de cores. Ainda tentei desconversar, porém, ele disse que me viu em movimentos estranhos aos pés de Miranda e logo depois ela me arrastando para o banheiro. Ele disse que tirou os óculos várias vezes, se beliscou e que com certeza estava tendo uma miragem, saiu de fininho e pretendia fazer de conta que ela momento nunca existiu, e eu? Me senti extremamente culpa, se fosse outra pessoa aparecendo como Nigel apareceu? E se fosse Ivy? Miranda entraria em sérios problemas porque eu consigo controlar meus desejos sexuais?
Ela me confidenciou que nunca soube nada sobre a vida amorosa de Miranda, que ela nunca diferente para outras mulheres na presença dele, por isso não era capaz de opinar sobre a atitude dela, me aconselhou seguir a razão, Miranda era uma pessoa complicada, dura, e que sempre visava o sucesso profissional, então jamais deixaria a vida pessoa abalar isso, e que provavelmente, eu quem sairia machucada disso tudo.
E devo confessar, não teve como retrucar, ele estava mais que certo. Era melhor deixar as coisas como estavam e seguir vivendo até onde der.

Deitei em minha olhando para o teto e aquele lustre com algumas lâmpadas queimadas e pensei na loucura que estava a minha, pensei em no primeiro dia na Runway, sorri ao lembrar da minha cara ao ver Miranda saindo so elevador, e só me dando conta agora que foi ali que ela entrou em mim e fez moradia, que a cada dia que passava, apesar dela ser uma louca masoquista, eu fui me encantando e vendo o quanto ela é incrível, profissional, comprometida com o que faz. Acabei de me dar conta que não era só admiração desde o começo, e sim paixão que surgiu bem antes. Difícil foi verbalizar isso para mim, difícil foi aceitar que era esse sentimento, então era mais facil me enganar dizendo que era apenas admiração, eu quis mentir para mim mesma, e adiantou? Não!
Mas não me arrependo de nada que fiz, eu queria provar, sentir o sabor, provavelmente se ela não tivesse correspondido, é claro que eu me arrependeria, mas ela correspondeu, e foi a experiência sexual mais gostosa que eu já tive. Céus! Eu serei uma pessoa morta se meus pais descobrirem isso... já sou a decepção por ter abandonado direito e feito jornalismo... agrh! Foi a experiência mais intensa e gostosa da minha, pena que não vai se repetir mais.

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Hoje está duas semanas que eu invadi a sala da Miranda e transei com ela, e tento ser o mais profissional possível, mas confesso que está sendo difícil, eu cedi ao desejo, a tentação, e me sinto refém dela, pois a vontade de repetir tudo novamente é grande.

- Andreah!

Pego meu bloco de nota e sigo em direção a sala da Miranda, olho para sua cadeira e está vazia.

- Ajude-me aqui.

Olho em direção do banheiro, sua voz vinha dali, engulo em seco e sigo sua voz, a porta estava aberta.

- Sim, Miranda?!

Não precisou ela dizer nada, ela estava dificuldade de subir o zíper do seu vestido, e é claro que eu ajudei, senti uma onda de choque em meu corpo ao resvalar meus dedos em sua pele, e claro, essa onda canalizou bem entre minhas pernas, me deixando muito excitada, mas, respirei fundo, fiz um mantra mentalmente pedindo forças para não agarrá-la, e terminei de subir o zíper sem molestá,la.

- Deseja mais alguma coisa, Miranda? - Questionei desejando que ela dissesse você. Que me agarrasse e me beijasse como fez naquele quarto de hotel, ela me olhou fundo nos olhos, de uma forma que me senti invadida, fez menção de falar algo ainda sem tirar seus olhos do meu, porém, desistiu, girou em direção ao espelho.

- Isto é tudo! - Ela disse sem me olhar.

Girei nos calcanhares e segui para minha cadeira, olhei para mesa da Emily e ela ainda não havia chegado. Já disse que Emily tem ido muito a rua, e ainda continua assim, muitas vezes me deixando sozinha com Miranda, para o meu desespero, pois não sei até quando vou aguentar resistir. Às vezes eu queria tentar mais uma vez, pelo menos para ela me dizer logo não e a aí sim e pensar duas vezes antes de tentar algo novamente...

Desejo Latente (Mirandy) Onde histórias criam vida. Descubra agora