Capítulo VI

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DURANTE toda a noite mantive os olhos abertos me recusando a fechá-los

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DURANTE toda a noite mantive os olhos abertos me recusando a fechá-los. A verdade é que eu estava com tanto medo dele retornar na calada da madrugada e me machucar ainda mais, que deixei de lado o luxo de dormir, nem tenho certeza se teria êxito. Encaro incansavelmente a entrada desse lugar ignorando totalmente a posição desconfortável na qual me encontro, abraçada aos meus próprios joelhos, na tentativa falha de esconder a minha nudez. Procurei por algum objeto cortante capaz de ser fatal, mas logo descarto tal possibilidade, pois acredito que algum dia estarei livre do controle do Don. Não, não é esperança, se trata somente de uma pequena faísca de força que necessito alimentar para sobreviver. Continuo quietinha impedindo a minha própria mente de surtar devido as lembranças frescas das mãos dele percorrendo meu corpo sem nenhum pudor ou culpa, em nenhum momento Don deixou transparecer quaisquer vestígios de arrependimento. Sou tola demais para crer que um homem como ele se arrependerá de machucar mulheres como eu.

A minha boca está seca, sinto sede, muita sede, nem mesmo a pouca saliva consegue amenizar, felizmente o meu estômago ainda não veio protestar pela falta de comida já que não como nada há horas. Ouço barulho de passos se aproximando, me encolho contra a parede temendo pelo que virá a acontecer, estou cansada de chorar, de sofrer, estou simplesmente exausta. Não sei até quando estarei suportando todo esse peso nas minhas costas, terá um momento em que irei cair e não levantarei mais. Don passa pela porta causando tremores sem ao menos me tocar, abaixo a cabeça para não o olhar e é quando sinto peças macias sendo arremessadas próxima a mim. São roupas.

- Vista-se! A casa hoje vai está cheia, muito provável que o Carter retorne para repetir a dose. - O tom malicioso é notável na sua voz, nada respondo, permaneço no meu canto vestindo com rapidez a blusa simples tentando não deixar a minha nudez transparecer tanto. - Você me forçou a te machucar, Zoe, entende que eu não tive outra opção? Hum?

Don tenta ser convincente, quase acredito que sou culpada por seu ato covarde. Porém eu não sou, sei que não.

- Olhe para mim e diga que entende! - É involuntário não estremecer com a aproximação de Don juntamente da sua voz estrondosa, rude. - Diga, Zoe! Eu quero ouvir a sua voz. - Ele segura meu queixo erguendo o rosto me obrigando a olhá-lo contra a vontade.

Carter - O Russo | Livro 2 (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora