Capítulo X

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UMA semana se passou e durante esses dias nada deu muito certo para mim

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UMA semana se passou e durante esses dias nada deu muito certo para mim. Desde o último ocorrido Don não me deixou livre, novamente ele ousou tocar o meu corpo e não mediu esforços para suprir o seu desejo doentio. Eu lutei para não senti-lo pela segunda vez, lutei bravamente, mesmo quando sentia as minhas mínimas forças se esvaindo conforme apanhava feito uma condenada. O pior de tudo foi saber que ninguém moveu um dedo sequer para me salvar, ninguém. Todos sabiam do que estava ocorrendo, o som alto da música não foi páreo diante dos meus gritos e o meu pedido de socorro. Por muito pouco não tive o meu corpo violado. Mas as lembranças...ah, as lembranças! Elas tendem a nos atormentar, sejam boas ou ruins. Eu não chorei, apesar da dor física e o meu emocional abalado, segurei as lágrimas impedindo que Don pudesse presenciar a minha fraqueza e usá-la contra mim mesma. Eu não daria esse gostinho a ele. Não consigo descrever o que estou sentindo, tudo se encontra em um enorme turbilhão sem fim, um verdadeiro labirinto inacabável. Talvez eu não deva admitir isso, entretanto, a única coisa boa no meio disso tudo é a comprovação de que sou uma mulher forte. Demorei para perceber, acreditar e dizer em alto tom de voz, mas nunca é tarde demais.

Até então, ninguém além de Dimitri Carter sabia da violência que sofri, nem mesmo Jensen, cujo conheço há muito mais tempo. Não estava nos meus planos confiar em um homem e por mais estranho que pareça me senti segura nos braços fortes dele. O primeiro homem que frequentou a boate e foi gentil comigo; O primeiro que agitou os meus pensamentos; O primeiro que me tratou como uma mulher comum, como uma verdadeira mulher, e não como uma puta. E não, eu não estou apaixonada por ele, não sou tão tola assim. Sei perfeitamente que um homem misterioso, bonito e charmoso como Dimitri Carter jamais teria a burrice de gostar de mim. Na sua última visita ele disse que faria o homem responsável pelo meu pavor pagar pelo que havia feito, mesmo não sabendo da real identidade do meu agressor. E agora, mais do que nunca, estou ansiando para vê-lo pôr as suas palavras em prática. Dimitri não disse que voltaria, mas as palavras ditas antes de partir deu a entender que nos veríamos outra vez. Certo? Errado. Ele não retornou, nos primeiros dias ouvi o seu nome sendo pronunciado pelos corredores, a falta que ele fazia e no quão ocupado ele estava com os negócios. E não, isso não é saudade, se chama sede de ter uma promessa cumprida. Seja lá quem ele seja, eu quero que Dimitri Carter acabe com a raça de Don.
Agora que todos estão cientes de que Don é um estuprador de merda, ele não me parece tão preocupado de esconder seu desejo maldoso em aterrorizar outras mulheres. Aqui, a violação dos nossos corpos aparenta ser algo comum, normal. Estou enojada por estar presa entre pessoas que compactua com o sofrimento de nós mulheres.

Carter - O Russo | Livro 2 (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora