Capítulo XVIII

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Não sei há quantos dias estou dentro do quarto proibido de perambular pelo restante da casa, pois depois de bater as minhas costas com o temido cinto de couro papai me trancou aqui, sem nada para comer e sem poder correr no jardim

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Não sei há quantos dias estou dentro do quarto proibido de perambular pelo restante da casa, pois depois de bater as minhas costas com o temido cinto de couro papai me trancou aqui, sem nada para comer e sem poder correr no jardim. Como papai pôde matar um animalzinho indefeso e brincalhão como o Sharik? Ele era o meu único amigo, o único que me amava nessa casa tão grande e ao mesmo tempo tão vazia. A minha madrasta parece não gostar mais de mim, não como antes. Ela estava me trazendo água e todas as vezes eu implorei para ela trazer alguns biscoitos escondidos. A minha barriga dói pela fome. Chorei, pedi desculpas e prometi que não contaria ao meu pai, implorei para ela me ajudar. Mas ela me ignorou dizendo que não iria arriscar a sua vida por minha causa. Além da dor chatinha na minha barriga, sinto o meu corpo fraco e estou tão cansado. Cansado demais por nada. Por que mamãe não me levou com ela? Por que ela me deixou com o Ivan? Mamãe não me amava o bastante para me levar junto? A minha madrasta voltou outra vez quando já estava de noite dizendo que papai me liberou do castigo, pois eu havia aprendido a lição.

Estava inquieto, cabisbaixo e triste. Triste por estar sozinho. Triste por ser um erro. Nunca quis decepcionar o meu pai, mais nada que eu faça é o suficiente para agradá-lo e fazê-lo me amar. A minha inútil tentativa de despertar o seu amor paternal é uma falha e ele nunca perdoa as minhas falhas. Nunca. Ando ao lado da minha madrasta tomando o cuidado para não fazer nada de errado. Está tudo tão silencioso aqui dentro, mas a chuva forte acompanhado por trovoadas me assusta e assim que a mesa de jantar repleta de farturas deliciosas toma a minha visão eu corro para saciar a minha fome.

- Eu espero que não me apronte mais nada, Dimitri. - A minha madrasta segura o meu braço apertando-o com força enquanto me olhava chateada. Desde quando ela não gosta de mim? O que fiz para ser odiado? - Estou farta de tentar acalmar o seu pai por culpa da sua tolice. Mal posso esperar a gravidez para que você seja entregue aos conselheiros da Bratva. Duvido que continue sendo estúpido lá.

- Eu não quero ir. - Digo baixinho sentindo os meus olhos embaçados devido as lágrimas de decepção, medo, pavor.

- Pensasse nisso antes de desobedecer a mim e ao seu pai.

Carter - O Russo | Livro 2 (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora