Capítulo XV

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NÃO desejo a ninguém essa angústia que toma o meu peito de maneira tão brusca e dolorosa

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NÃO desejo a ninguém essa angústia que toma o meu peito de maneira tão brusca e dolorosa. Eu já enfrentei muitas coisas na vida, mais ainda quando perdi o meu pai e me vi desamparada, sozinha, sem ninguém para me transmitir conforto num abraço apertado, sem ninguém para olhar-me nos olhos e dizer que tudo ficaria bem. Essa foi a primeira noite desde o ocorrido que aquele homem assombrou a minha mente. Eu pude vê-lo sorrindo daquela forma nojenta enquanto se aproximava dizendo o quanto sentia a minha falta e o quanto estava decepcionado comigo por ter o colocado em problemas. Eu senti as suas mãos imundas tocando o meu corpo, assim como fui capaz de encontrar o prazer de testemunhar o meu sofrimento irradiando nos seus olhos. Como o dia que ele me violentou, implorei inúmeras vezes para que não me machucasse e que me deixasse em paz. Implorei várias vezes até a minha garganta arder e o ar me faltar, mas a maldade dele era muito maior do que a sua compaixão. É horrível carregar todas estas lembranças, ter de lidar com o meu consciente trazendo-as à tona a cada instante em que me vejo...ameaçada. Embora eu tenha ido dormir completamente decepcionada pela confissão de Dimitri por culpa do seu trabalho, fora ele o responsável por libertar-me do pesadelo amedrontador. Ele é o homem que me libertou da minha própria mente.

O meu corpo não protestou negativamente ao sentir a mão dele segurando a minha, pelo contrário, um conforto inexplicável tomou conta de mim, era como se uma luz tivesse iluminando a escuridão agonizante e desesperadora na qual tive a infelicidade de vivenciar. Novamente, Carter teve êxito de transmitir segurança fazendo-me apreciar a proteção que somente ele havia conseguido me proporcionar. Eu o ouvi me chamar, tanto a presença dele quanto o toque eram reais e por isto todo o temor, o desespero e o medo se esvaiu permitindo o meu despertar e deparar-me com os olhos penetrantes do homem sentado a minha frente. Eu o abracei provando chegando à conclusão de que ele é real e então, mantive a cabeça deitada em um dos ombros dele continuando a liberar as lágrimas abundantes e incontroláveis. Dimitri pôs a mão em minha cabeça realizando uma carícia boa, ele teve paciência comigo, permaneceu calado e aos poucos me acalmou.

- Está melhor? Quer que eu pegue uma água para você?

- Não precisa, Dimitri. Obrigada. - Digo baixo sem a mínima vontade vê-lo se afastar de mim, o que é parcialmente estranho querer mantê-lo por perto quando, instantes atrás, eu mesma me afastei por descobrir sobre os seus "negócios". - Dimitri... - Ergo o olhar para olhá-lo e antes de continuar a falar o que pretendia, fechei os olhos mantendo toda a concentração no carinho feito em meu rosto.

Carter - O Russo | Livro 2 (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora