⠀Por alguns minutos, enquanto Felix se arrumava, confesso ter ficado insegura da minha decisão. Dúvidas surgiram na minha cabeça e eu pensei em sair com Minho, ou até mesmo fazer como naquelas séries sitcom, onde a personagem — completamente fora-da-caixa — tenta estar em dois lugares ao mesmo tempo.
⠀Mas me distraí de todas essas idéias mirabolantes e preocupações quando um cheiro familiar adentrou minhas narinas. Olhei pra trás e vi o Lee descer as escadas com um sobretudo, e um casaco nos braços.
⠀— Caraca! Derrubou o frasco de perfume todinho em cima de sí mesmo, foi? — brinquei já sabendo de onde vinha aquele cheiro maravilhoso.
⠀— Tô cheiroso, né? — Felix disse orgulhoso e eu mostrei a língua não querendo admitir que, sim, estava cheiroso.
⠀Pegamos todo o necessário como, bolsa, chaves e etc. E logo partimos para o nosso destino.
⠀Fomos de ônibus, e demos sorte dele não estar cheio. No tédio, eu desenrolei os fones que estavam no meu bolso, coloquei um deles no meu ouvido, e o outro no de Felix que arrumou o objeto para que não caísse. Liguei o celular, e deixei que uma música aleatória da minha playlist tocasse.
⠀Em um certo momento, eu olhei as pequenas mãos de Felix, e elas se mexiam na mesma batida que a música tocada no fone. Eu ri vendo aquilo, e ele percebeu.
⠀— O que? — ele perguntou sorrindo junto, mesmo sem ter ideia do que se tratava.
⠀— Você dançando com as mãos. — eu disse achando fofo — Não consegue ficar parado. — ele riu envergonhado.
⠀— Não mesmo. Já é automático. As vezes eu tô focado em outra coisa, e quando noto meu pé tá se mexendo pra lá e pra cá. — Felix explicou.
⠀— Não vejo a hora de te ver em alguma apresentação. — eu disse.
⠀— Nem eu. — respondeu com um sorriso — Aliás, por falar em música, eu vi um violão no cantinho do seu quarto esses dias...
⠀— A-ah, isso... — quis parar o assunto por ali, mas o olhos brilhantes do garoto ao meu lado pediam por um esclarecimento. Eu suspirei fundo e decidi contar uma mentira, apenas para não haver outros questionamentos sobre o assunto que mr incomodava — Eu já tentei aprender a tocar, mas eu não tive paciência.
⠀— Ah, entendi. Bom, eu sei tocar piano, sabia? — ele disse.
⠀— Ih, tá querendo se exibir, é? Eu hein, não vou te dar biscoito não, garoto. — debochei e ele me riu e me empurrou de leve com o ombro.
⠀Depois de mais alguns minutinhos, nós já estávamos dentro do shopping procurando pelo cinema.
⠀Depois de algumas voltas naquela imensidão de capitalismo puro, encontramos o cinema.
⠀— Tem alguma coisa específica que queira assistir? — Felix me perguntou.
⠀— Você disse que já tinha um filme que queria ver. Eu só vim porque queria desestressar, e faz tempo que a gente não sai junto.
⠀Eu tinha acabado de me tocar: Minkyung estava certa. Eu mal saio com o Felix.
⠀— Tudo bem, então... — ele apontou para os grandes cartazes — É aquele.
⠀A imagem mostrava alguns personagens em um lugar que não consegui identificar, mas era escuro.
⠀— É de terror? — perguntei.
⠀— Sim. Por que? Tem medo? Se quiser eu compro uma pelúcia pra você abraçar durante o filme, e não ficar com medo. — ele disse zombando.
⠀— Haha, engraçadão você. Eu não tenho medo de filme de terror, mas você eu duvido que não. Se assusta com tudo. — respondi e ele se emburrou. Era verdade, Felix parece um gatinho assustado.
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Fiksi Penggemar⠀❝ O conto-de-fadas de Minho e Nayoung estava quase no fim, mas o seu "felizes para sempre" foi bagunçado por um beijo que ninguém esperava ❞ 𝑨𝒗𝒊𝒔𝒐, essa fanfic é a continuação de uma outra história minha chamada Coffee Boy. Pode ser difícil en...