Elleonor Franklin é uma moradora de Avonlea, assim como sua familia. Elle sempre foi a frente de seu tempo e quando uma ruiva cheia de imaginaçã entra em sua vida, ela percebe isso, e ajuda a amiga na luta contra injustiças. No meio disso tudo Elle...
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Avonlea, 1897
No natal do ano anterior os Cutberth passaram por grandes dificuldades, o que os levou à uma medida desesperada de aceitar pensionistas. Um deles era geólogo, ao menos era o que ele dizia. Esse geólogo, Nathaniel ou apenas Nate, disse que descobriu ouro em Avonlea, ele mandou para testes em Nova York, todos poderiam testar seus terrenos, mas era 150 dólares, bem caro. William Barry se ofereceu para financiar para algumas pessoas, ele viu um bom investimento na situação. Além dele, sr. Andrews também buscava lucro. Carter achava tudo no mínimo estranho, se era um segredo antes, porque Nate contou a William sobre isso, quer dizer, logo o homem da familia mais influente de Avonlea? É no mínimo curioso.
No dia seguinte era o primeiro de aula. Carter era motivo de piada por não falar com ninguém além de Anne e Diana, o mesmo ia pra escola com elas afinal, e aprendeu a gostar do jeito extrovertido da ruiva, sua imaginação era um dádiva, se ele a tivesse talvez a experiência de luto não tivesse sido tão horrível. Porém, no final do ano passado o Leclair começou uma amizade com Cole Mackenzie, os dois sentavam juntos, logo foi fácil descobrir que tinham bastante em comum, além do mais os dois eram um tanto introvertidos e não gostavam de jogar com os outros garotos.
- Aquele é o Cole? - Anne indagou assim que viu o menino ruivo aloirado sentado sozinho - Está diferente.
- Parece mais maduro, bem diferente de antes da colheita - Diana o olhou com atenção.
- Meninas... - Carter revirou os olhos ouvindo as meninas e foi até seu amigo. Enquanto as meninas correram pra dentro do prédio.
- O que está lendo? - o Mackenzie perguntou assim que o moreno sentou ao seu lado.
- Razão e Sensibilidade - Era o favorito de sua mãe. Suspirou pensativo - Jane Austen - Deu um pequeno sorriso ao lembrar de uma pequena garota competitiva que era apaixonada por Jane Austen - E você, o que está desenhando?
- Apenas rabiscando - Continuou concentrado em seu caderno.
- Se isso é rabiscar, meu amigo, quando for sério deveria ir para um museu - O jovem riu arrancando um sorriso do amigo.
Foram interrompidos pela bola do jogo dos outros meninos, Billy pediu pra Cole jogar de volta e o chamou para jogar, mas o mesmo recusou. Durante a aula, o loiro viu o menino desenhando e jogou a tinta em cima de seu desenho o que o fez levantar de susto e receber uma bronca de sr.Philips que o fez ir até o quadro e escrever "Não vou desenhar na aula", o menino escreveu com letras desenhadas. Carter riu quando viu a cara do homem pro menino. O homem apagou e o fez escrever mais dez vezes.
No intervalo as meninas discutiam sobre Gilbert e se ele voltaria ou não pelo ouro. Anne comentou sobre Cole, e Josie falou algo sobre ele parecer triste e bonito, o que gerou piadas sobre a loira estar apaixonada pelo menino, ela negou, claro, Ruby falou algo sobre nenhum garoto ser mais triste e bonito que Gilbert Blythe, e Jane algo sobre Carter ser muito bonito também, o que gerou mais piadas sobre paixonites. Anne e Diana foram sentar com os dois meninos, chamaram as outras e elas foram, exceto por Josie Pye que fingiu ter algo melhor pra fazer.
Assim que o garoto chegou em casa viu Eliza Barry se irritar com a decoração, ele questionou se haveria alguma comemoração e logo se ofereceu para ajudar. Parece que William teve a ideia de fazer um baile para toda cidade ir, o objetivo era fazer negócios. Carter e Diana tocariam na festa, o menino gostou da ideia pois adorava tocar, óbvio que era melhor no piano, porém admitia que sua prima era muito melhor, por isso o menino tocaria violino, isso o fez lembrar das competições musicais com Elleonor, bons tempos, a garota mal sabia que aquilo havia tornado seus dias mais aceitáveis, e até o impedido de atentar contra si mesmo em dias difíceis. O Barry imaginava se um dia Elle poderia voltar, será que com ouro em Avonlea ela voltaria? Quem sabe...
Na festa, William acabou fazendo acordo com muitos moradores. Eliza ficou incomodada pelo homem não contar nada sobre esses investimentos pra ela. Carter ficou preocupado sobre pra quantas pessoas o tio ia pagar o teste, ele a ainda desconfiava da veracidade do ouro, sua mãe sempre o disse para confiar nos seus instintos, será que seria muito errado o menino investigar um pouco mais a fundo o quão confiável era tudo aquilo. Ele só queria ter certeza que tudo ficaria bem.
Durante a noite Carter tentava escrever em seu diário, bom, sua mãe havia le dado de presente um pequeno caderno, mas o menino nunca tinha escrito no mesmo. Diana entrou no quarto do menino com certo desespero, parece que a menina estava com medo de uma história de terror que Anne havia contado.
- O que está fazendo? - A menina perguntou curiosa.
- Escrevendo - Falou normalmente.
- Oh - Sentou na cama do menino enquanto ele a olhava da pequena mesa ao lado da cama - Você devia entrar no nosso grupo, Eu, Anne e Ruby escrevemos histórias e falamos sobre elas toda semana. É muito divertido - Sorriu.
- Parece fascinante - Sorriu pensando da ideia.
Carter acabou se aproximando de sua prima e a amiga ruiva dela, achava divertido conversar com Anne. Seria legal escrever com a menina, já que a mesma tinha uma imaginação forte, tanto que cinseguiu deixar Diana com medo de dormir sozinha.
