ᘍ🍁ᘊ ⦁ ┅┅┅ ⦁ ❛ 𝐄𝐌 𝐀𝐍𝐃𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 ❜
Jeongyeon é uma jovem de 19 anos, otimista apesar de tudo e atormentada por toda a vida, por fantasmas que insistem em dizer que a menina é a famosa noiva de um poderoso Goblin.
Em tempos passados, Park Jim...
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↬ Ano 2006
É particularmente engraçado se pensarmos na vida apenas como um lapso temporal onde se é feito más e boas escolhas. Resultado disso? Bom, você nasce, cresce, se tiver sorte pode até realizar seus sonhos. Mas o fim é sempre o mesmo, você morre. Deixando para trás tudo e todos a quem ama e conquistou.
Naquele dia especialmente ensolarado e com ventos a toda velocidade, uma moça já não tão jovem, caminhava pelo mercado acompanhada de sua graciosa filhinha. Os cabelos escuros e cintilantes como uma turmalina negra voavam cobrindo-lhe os olhos.
A criança era o reflexo de pura alegria e majestosidade. Pulava de pouco a pouco, cada pedra da passarela, buscando sempre o equilíbrio. O dia seguinte seria especial, completaria nove anos após o milagre que lhe deu a dádiva da vida.
- Mãe, esse ano eu quero um bolo de chocolate. Com velas, para que eu possa fazer um desejo. - a menininha implorou, abrindo um grande sorriso de orelha à orelha.
- Mas e o bolo de arroz, minha querida? Eu fazia todos os anos pensando que você gostava. - tentou esconder a decepção.
- Eu gosto mamãe, mas eu sinto que esse ano tenho que fazer diferente. - consolou.
Ela simplesmente "sentia" que precisava fazer diferente. A inocência das crianças é algo perfeito.
- Tudo bem então Yeon, teremos um bolo enorme e cheio de velas. - sorrio, feliz de verdade.
A menina já não ouvia mais nada, sua atenção foi totalmente direcionada para algo ali perto. - Um cachorrinho! - gritou ela batendo palmas e correndo até o animalzinho. - O que faz sozinho aqui fora? Hum? - acariciou seu novo amiguinho.
A moça parada onde estava, permaneceu. Tudo o que ela conseguiu ver, foi a filha fazer carinho em um cachorro invisível. No momento em que sua filha nasceu, ela soube que o bebê não teria um futuro normal, estável e muito menos promissor.
A marca de nascença um tanto peculiar fixa na nuca da criança, e o arrepio que lhe perpassou pela espinha foi um indício. Mas na primeira vez que encontrou Jeongyeon conversando sozinha no quarto, ela teve certeza. Aquela menina, carregaria nas costas, as consequências da interferência divina na sistemática da vida humana.
Mas não era porque a filha falava sozinha e parecia ver coisas que olhos normais nao viam, que ela era estranha. Muito pelo contrário, aquilo a fazia ser única. Chaerin ainda nutria esperanças de que era apenas uma fase e que tudo se resolveria com o tempo.
× No dia seguinte ×
A ansiedade de Jeongyeon ultrapassava os limites de sua sanidade. Era o dia dela! O dia de seu aniversário. O dia em que ela recebeu a chance de fazer a diferença no mundo presente.
Ela voltava da escola saltitando pela rua feito um canguru. Desejando chegar logo para contar do seu dia para a mãe e imaginando quais presentes ganharia. Uma boneca? Uma viagem? Um daqueles celulares que pode baixar muitos joguinhos? Ou até mesmo como seria seu bolo. De chocolate? De morango? Com dois andares? Recheio de doce de leite? Era uma emoção atrás da outra.
