Telefone

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— Kookie, Kookie, acorda – sentiu o corpo ser sacodido com certa violência, despertando-o de maneira abrupta – Olha isso! – praticamente jogou o celular em seu rosto.

Piscava confuso, tentando entender o que estava acontecendo. A imagem de Taehyung literalmente em cima de si começava a focalizar aos poucos. Bocejou preguiçoso e pegou o celular nas mãos.

— Bom dia, Tae – falou ainda sonolento antes de ler a mensagem.

[Unicórnio Hermafrodita] Eu te amo. Boa noite.

— O que é isso? – se fez de desentendido.

— Meu admirador – pegou o celular de volta e se jogou ao seu lado no colchão de solteiro, ficando completamente encostado no corpo de Jungkook, que travou mediante as sensações que sentia – O que eu respondo? – perguntou olhando para o celular, sustentando um sorriso fofo.

— Você nem conhece essa pessoa – resolveu se virar de lado, diminuindo o contato entre os corpos, para a felicidade de seus hormônios.

— Ainda não conheço – olhou para os olhos do outro, sem deixar sumir o sorriso iluminado e lindo.

— Você pode se arrepender se um dia conhecer – disse derrotado.

— Ou posso me apaixonar perdidamente – abraçou o celular de maneira quase histérica, fazendo Jungkook rir.

— O que vamos fazer hoje? – perguntou ainda olhando para o amigo-amor.

— Hum – ficou pensativo – A gente pode jogar até umas nove, aí vamos acordar os meninos e fazer o café da manhã – deixou o celular no colchão e se virou de frente para Jungkook – Hoje os meninos têm aula de futebol às 11h, se quiser pode ir comigo levar eles.

— Pode ser – maneou a cabeça em concordância.

— Ah – deu um grito – A gente pode almoçar na omma Sunhee.

— Quem é essa?

— A vizinha aqui da frente, ela faz um japchae maravilhoso – pegou o celular rapidamente – Vou mandar mensagem para ela.

— Você tem muitas ommas, eu só tenho uma e já acho muito – reclamou.

— Mães são as coisas mais maravilhosas do mundo! Gosto de ter muitas – disse enquanto digitava.

— Hum – grunhiu – Que horas são?

— Quase sete e meia – respondeu afoito – Ela disse que vai fazer japchae – disse super feliz.

Depositou o celular no colchão novamente e Jungkook sentiu o corpo paralisar quando Taehyung chegou mais perto de si, abraçando-o e jogando uma das pernas em cima de si. O mais velho se encaixou nas curvas de seu corpo de maneira confortável.

— Estou morrendo de preguiça – bocejou no pescoço de Jungkook fazendo-o arrepiar – Quando o Jimin dorme aqui, a gente divide a cama. Acho que sou muito carente.

Não sabia o que fazer com suas mãos e se preocupava com sua puberdade. Não seria nada agradável excitar-se e o novo amigo sentir algo incomodo na sua região pélvica. Estava petrificado.

— Você não gosta muito de contato, não é?! – perguntou com a voz abafada pela posição em que se encontrava.

— Não estou muito acostumado – respondeu seco, tentando controlar seu desespero.

— Desculpa – se afastou um pouquinho e bocejou de novo – Vamos jogar?

Ufa! Concordou com a cabeça e se sentiu aliviado e triste por Taehyung ter se afastado. O mais velho estava todo amassado por causa da noite de sono e era lindo mesmo assim. Jungkook sentiu-se idiota por ser tão inseguro e tímido.

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