Eu estava entorpecida.
A forma como Lauren me tocava, como sua personalidade parecia transitar entre quem ela demonstra ser e quem ela realmente é. Tudo isso me deixou boba. Eu realmente amo isso nela.
Ela estava dormindo, agarrada à minha cintura com o nariz entre meu pescoço e meu ombro, sua respiração era leve e quente. E é quase incrível o modo como ela continua linda mesmo dormindo com os lábios entreabertos.
Eu nunca senti algo assim.
Meu enaltecimento não durou muito mais tempo, assim que a porta escancarou. Minha mãe estava parada, já vestida para o trabalho com a expressão de choque. As palavras sumiram de sua boca e seu rosto se tornou pálido como papel.
— Camz... — Lauren grunhiu no mesmo instante, talvez incomodada pela claridade repentina.
Ela abriu os olhos encontrando minha mãe.
— Santo... — Minha mãe começou a dizer, mas desistiu.
Lauren por outro lado, levantou da cama num pulo, provavelmente se esquecendo que estava despida de qualquer peça de roupa.
— Misericórdia! — Minha mãe arregalou ainda mais os olhos, engolindo em seco e tampando os olhos.
Só então Lauren percebeu o que havia feito. Eu queria rir de toda a situação, mas não seria apropriado.
— Mãe, a porta. — Pedi, engolindo o riso.
— Merda, merda, merda. — Lauren praguejou procurando suas roupas espalhadas pelo chão.
A porta fora fechada com um estrondo e eu caí numa gargalhada longa.
— Ai meu Deus... — Tentei dizer.
Lauren me encarou incrédula, todo seu rosto estava avermelhado pela vergonha e ela parecia ter perdido o ar por alguns instantes.
— Camila. — Ela repreendeu, vestindo o pijama de volta. — Eu nunca mais vou olhar na cara da sua mãe, que vexame! Não basta mostrar o pinto pra escola inteira, tem que mostrar pra sogra também, não é?
Ela começou um monólogo, enquanto executava a difícil tarefa de vestir a cueca.
— Ei, não foi nada demais. — Tentei tranquiliza-la, parando de rir.
Também me levantei e vesti o pijama. Lauren continuava com dificuldade para colocar as próprias roupas, talvez pelo nervosismo.
— Eu te ajudo. — Disse já me ajoelhando para ajudá-la a vestir o shorts.
Depois ela desistiu de tentar se arrumar sozinha, me deixando fazer o trabalho.
— Eu preciso ir. Minha mãe deve estar maluca. — Ela disse respirando fundo.
Assenti olhando para seu rosto, apesar de pedir que ficasse, eu sabia que Lauren seria incapaz de cruzar com a minha mãe novamente tão cedo.
Então a acompanhei até a porta de entrada, vendo enquanto ela corria desajeitadamente pelo jardim até sua casa.
Quando voltei para dentro, minha mãe me esperava sentada numa das banquetas da ilha no meio da cozinha.
— Precisamos conversar, Karla. — Ela disse, e eu senti uma pontada tocar no fundo da minha cabeça.
Lá vem o sermão.
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Conqueror G!P
RomanceQuando se é jovem, você deseja algumas coisas. A maioria das garotas da minha idade gostariam de namorados bronzeados, dinheiro, e sapatos. Eu queria conseguir me declarar para a minha melhor amiga. Não havia sido uma ideia muito inteligente concor...