Camila Cabello

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Encarei Lauren com um sorriso. Não podia deixar de admitir que suas palavras tinham um peso positivo para mim, chegava a me intrigar a forma como ela estava se tornando alguém importante na minha vida.

Ah, Lauren Jauregui!

Seus olhos verdes brilhavam enquanto encarava as estrelas que brilhavam como agulhas na imensidão negra. Ela sorria levemente, parecia outra pessoa vendo daquele ângulo. Sem medos e preocupações, sendo apenas ela.

Lauren virou a cabeça para me encarar, seu sorriso aumentou quando percebeu que eu já a esperava. Ela inclinou a cabeça devagar e seus lábios tocaram os meus com gentileza.

Estavam rígidos por causa do frio, mas ainda eram convidativos.

Suspirei ansiando para que ela aprofundasse o beijo quando ouvimos um pigarrear.

Clara Jauregui estava parada na porta de vidro com os braços cruzados e um pequeno sorriso de escárnio nos lábios.

Lauren arregalou os olhos levantando-se num pulo da espreguiçadeira. Fechei os olhos com força, querendo avançar no pescoço da mais velha por interromper o momento.

Tudo bem, eu deveria ir para casa de qualquer jeito. Lauren ainda não sabia que eu estava bisbilhotando seus passos da cozinha de casa, e nem que saí correndo quando vi Allyson aproximar-se dela.

Eu tinha um breve palpite de que aquilo era ciúme. Considerando que eu nunca havia sentido nada parecido por ninguém antes.

Deslizei para fora da espreguiçadeira, ajeitando a calça de flanela em minha cintura. Sorri para Clara e aproximei-me de Lauren, a mesma parecia um pimentão, tamanha era sua vergonha.

— Eu preciso ir, Laur. — Beijei sua bochecha, surpreendendo-a. — Tchau, senhora Jauregui. — Acenei e caminhei para longe dali.

Ao alcançar meu quarto escuro no segunda andar, pude ter certeza de que algo estava acontecendo. Por que Lauren me deixava tão maluca? Por que eu me sentia linda em sua presença? Por que sentia ciúmes da garota? E o pior de tudo: por que eu não podia simplesmente dizer essas coisas à ela?

Peguei no sono algum tempo depois e acordei cedo no dia seguinte com o choro de Sofia.
Arregalei os olhos completamente assustada, sentindo meu peito subir e descer descompassado. Uma fresta de luz entrava pela janela e minha irmãzinha chorava enquanto batia na porta do quarto.

— Por que você simplesmente não vai embora e nos deixa em paz?! — Ouvi um grito abafado soando do andar de baixo.

Corri para a porta e abri, encontrando a garota com longos cabelos castanhos e olhos vermelhos de tanto chorar.

— Está tudo bem. Calma. — Agarrei Sofia, apertando seu corpo gorducho contra o meu corpo.

Esperei que se acalmasse para poder levá-la até minha cama, trancando a porta atrás de mim.

Meus pais com certeza estavam nos deixando malucas. Vasculhei meu criado-mudo em busca do meu iPod. Pluguei os fones de ouvido, rolando as diversas playlists. Encontrei a infantil e coloquei os fones de ouvido em Sofia. Ela abraçou minha cintura e fechou os olhinhos.

A gritaria se estendeu por mais meia hora, mas por sorte minha irmãzinha acabou pegando no sono mais uma vez.

Você está piorando tudo!

— Você está me traindo? É isto?

— Você está agindo feito louca! Não é para tanto.

— Eu te odeio. Por que não some desta casa?

Escutei tudo atentamente, sentindo minha cabeça latejar a cada grito.

Conqueror  G!POnde histórias criam vida. Descubra agora