Nós estávamos numa estrada escura, fria e vazia. Parecia ser abandonada. A única luz era a de um poste que trepidava de três em três segundos.
Eu estava tremendo e Sofia estava me segurando firme, quase enfiando suas unhas na na pele do meu braço.
Um dos homens estava no celular enquanto o outro estava concentrado em nos prender pelas mãos atrás do corpo.
— Vai acabar em breve. — Sussurrei para Sofia.
Bem lá no fundo, uma vozinha irritante me dizia que ninguém nunca nos acharia aqui. E isso começava a me apavorar.
— Vo-vocês não vão nos matar, vão? — Eu perguntei, quase implorando.
Minha garganta estava seca e trancada. Eu só queria chorar e correr.
— Relaxa, gatinha. — Ele disse com um sorriso nojento.
O som de pneus na estrada fez meu coração acelerar, enquanto o vento frio bagunçava meu cabelo.
O homem puxou as cordas, fazendo um pequeno grunhido escapar da minha garganta.
— O papai chegou. — Ele sussurrou no meu ouvido, ao passo em que o carro estacionou.
— Sofia! Camila! — A tão conhecida voz de Alejandro Cabello me chamou.
Ele parecia desesperado. Então eu ergui a cabeça, e quase chorei de alívio.
Meu pai estava com lágrima nos olhos, ao lado dos policiais.
— Soltem as garotas Malcom. — Meu pai disse novamente, dessa vez com a voz mais firme.
O homem atrás de mim continuava segurando firme, mas ele soltou Sofia a empurrando pela cabeça.
— Confira a transferência, Jake. — O tal Malcom disse, olhando para o outro homem dentro do carro.
— Um milhão de dólares, transferência de Lauren Jauregui. — Jake disse, balançando o celular em suas mãos.
Lauren? Por quê ela tinha todo esse dinheiro?
— Você sempre terceirizando o serviço. — Malcom gargalhou, apertando as cordas como se eu fosse uma marionete.
— Solte-a! Você já tem o seu dinheiro! — Meu pai esbravejou, abraçando Sofia ao corpo.
Então eu comecei a chorar, porque Malcom não parecia disposto a me libertar.
— Tem o juros, você sabe. — Ele disse com calma.
Então se movimentou, tirando algo de seu bolso traseiro.
— Não! Não, você prometeu! — Meu pai cambaleou para frente.
Os policiais atrás dele se agitaram, sacando suas armas e apontando-as para minha direção.
A intenção dos bandidos não era nos devolver. Era conseguir o dinheiro e ver meu pai sofrer.
— Me deixa ir por favor... — Eu implorei, me desesperando. — Me deixa ir pra casa.
Então comecei a chorar forte, como uma criancinha.
Um pequeno filme começara a passar pela minha cabeça. Meus pais, o grupo de natação, minhas amigas, minha irmã, Lauren... Como eu queria sentir seu calor novamente. E aquele olhar que dizia que tudo ficaria bem e me trazia calma. Sentir seu amor por mim e toda sua admiração.
Isso tudo parecia muito distante.
— Eu acho que não. — Malcom disse, me sacudindo.
No instante seguinte, houve uma série de disparos e eu fechei os olhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Conqueror G!P
RomanceQuando se é jovem, você deseja algumas coisas. A maioria das garotas da minha idade gostariam de namorados bronzeados, dinheiro, e sapatos. Eu queria conseguir me declarar para a minha melhor amiga. Não havia sido uma ideia muito inteligente concor...