Capítulo Vinte e Três - Perdas e lembranças.

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Jack estava parado na varanda do rico apartamento. Era quase sete da manhã e a aurora estava tão bela que ele deixou de se arrumar para assistir o espetáculo de cores que a natureza e Deus lhe proporcionava naquela manhã.

Era claro que ele deveria estar em casa. Thor já acordaria e Bear teria que ir a escola. Tirando isso, ele tinha uma importante audiência de custódia para fazer e alguns clientes para atender. Mas ele tinha direito de se divertir ás vezes.

Um par de mãos fortes enlaçou sua cintura, o fazendo virar. Seus olhos se encontraram com os azuis-safiras do homem barbudo e musculoso.

— Bom dia, Duff — Gustav sorriu, beijando-o calmamente.

— Bom dia, Krushvoh — Jack quase errou ao falar o sobrenome russo de Gustav. O homem na sua frente era um deus da beleza e do sexo. Jack nem acreditou que foi para a cama com ele depois de uma noite de bebidas e de cigarros importados. Gustav era rico e era bonito. E foi a primeira pessoa que Jack se relacionou depois de Brooklyn.

Brooklyn.

O nome retumbava em sua mente, causando calafrios. Não iria esquecer tão cedo. Mas ele poderia deixar ele na caixinha de lembranças por um tempo.

Gustav abotoou a camisa e se virou para Jack.

— Eu queria passar o dia todo com você, mas o escritório precisa de mim — Ele pulou dentro da calça jeans e Jack fez o nó da gravata no espelho, pegando a carteira.

— Eu sei. Tenho que ir cuidar dos meus filhos. A gente marca outras vezes?

Gustav andou até ele, beijando novamente. Os lábios de Jack era um vício constante. E Gustav gostava disso.

— Estarei no aguardo de sua ligação, Dr. Duff.

Jack o beijou mais uma vez e saiu. Assim que desceu as escadas e entrou no carro, colocou os óculos de sol e foi para casa.

Ele chegou em casa antes de Bear e Thor acordarem. Assim que entrou, viu Rye arrumar a lancheira de Bear. O homem de olhos castanhos sorriu para o amigo.

— Como foi a noite?

Jack pegou uma banana no cesto de frutas e sorriu maliciosamente para Rye.

— Bem, eu conheci um deus nórdico e fui pra cama com ele. E claro, esqueci do horário. Bear deve querer me matar.

— Relaxa, Bear e Andy se divertiram horrores ontem. Eles comeram uma mesa inteira de doces. E por isso, Andy está no banheiro, limpando o intestino dele.

— Eca — Jack fez careta — Como Thor se comportou?

— Ele dormiu uma boa parte do dia, e da tarde... E da noite. Acordou apenas para avisar que tinha que trocar a fralda e brincar.

Jack foi até a geladeira e viu a última foto tirada por ele. Thor em seu aniversário de um ano, todo melecado de glacê vermelho e branco. Ao lado dele, Bear comendo a fatia que sobreviveu da bagunça e Jack, sorrindo.

Ele tinha uma família completa e uma família feliz.

Ele ouviu os passos apressados na escada e viu Bear descer com cara de sono.

— Porque temos que acordar para ir a escola? Eu queria dormir.

Jack o pegou no colo.

— Porque se eu deixar você aqui, você realmente faz jus ao seu nome e hiberna. E só acorda no natal. Vamos resmungão, falta pouco para as férias de inverno.

Bear abraçou o pai e se sentou na mesa. Andy vinha atrás, carregando um ser de meio metro, com chupeta na boca, cobertor e pijamas.

Thor tinha cabelos castanhos e olhos azuis esverdiados. A única coisa que herdou de Loren foi um pouco da personalidade irritadinha e meiga. Todo o resto era de Jack. Até a forma de sorrir, ou de protestar quando não gostava de algo.

Law&Love (Versão Jacklyn)Where stories live. Discover now