Capítulo Vinte e Quatro - Sua volta.

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Cinco meses depois...

- Oi mamãe. O papai disse que poderia vim ver você. Eu queria contar que fui escolhido para ser o Romeu na peça da escola. E que eu e o Astolf, meu amigo alemão estamos concorrendo a ser jogadores de futebol. Eu gosto de futebol, mamãe. Mas o papai disse que a senhora não vai poder ver o meu jogo, mas disse que estaria la por pensamento e em amor. Eu trouxe uma flor pra você.

Bear deixou a rosa branca perto da lápide. Ele passou o dedinho na sujeira do nome de Cherly.

Cherly Ann.

Amada amiga, filha e mãe.

Jack abriu o guarda chuva quando a chuva ameaçou cair. Bear abraçou as pernas de Jack, que se inclinou e deixou o vaso de flores perto da rosa. 

— Ela adorou a rosa, Bear.  

— Mesmo? 

— Sim, ela gostou. Que tal... A gente comer algo agora?

Bear sorriu, mostrando um dente faltando na frente, em decorrência da dentição. Jack pegou a mãozinha dele e eles foram andando entre as lápides e anjos esculpidos em mármore. A chuva estava cessando, deixando que o sol tomasse seu lugar pela primeira vez em algumas semanas. A neve já havia derretido, havia apenas o velho e bom frio londrino. Para Jack, era uma época de renovações.

Assim que chegaram na saída do cemitério, Jack viu Mikey encostado no carro, com um copo de café e jornal. Bear entrou dentro do carro, calado. Quando se sentou, abraçou Jacobobo e ficou olhando para o nada. 

Jack acendeu um cigarro. 

— Achei que tivesse parado — Mikey deu mais goles no café morno, antes de jogar o jornal no lixo. Jack encostou-se ao lado dele, vendo que a chuva havia passado de repente

— Só fumo um por semana agora. Thor não precisa de um pai fumante. 

Mikey espiou Bear dentro do carro. 

— Como ele está se sentindo?

— A psicóloga disse que com o tempo, ele vai associar melhor a ideia que Cherly não está mais conosco. Ele vai ficar um pouco fechado e mais melancólico do que o costume. Mas, vamos melhorar. Ambos

Mikey passou os braços no ombro de Jack.

— Sinto saudades dela... E você e o Gustav? Alguma melhora?

— Acho que apenas um sexo casual é tudo o que teremos. Gustav é muito ocupado com o escritório de arquitetura dele. E eu com meus clientes.

Mikey respirou fundo.

— Sabe, faz cinco meses que Cherly se foi, e Brooklyn não deu sinal algum de retorno. Acha que ele deve voltar em algum momento? 

Jack se virou para o amigo.

— Se ele vier, temos que estar prontos.

— Nós ou você tem que estar pronto?

Jack o encarou, olhos pesados.

— Precisamente, eu.

Mikey concordou e eles entraram no carro. Jack ficou olhando pelo celular, o feed de notícias de jornais, quando a foto de Brooklyn Wyatt surgiu na tela. A matéria que Brooklyn era o melhor advogado da América e de todo o Reino Unido, fez com que o coração de Jack apertasse no peito. Brook só tinha aquele título por roubalheira e fraude.

Ele passou o polegar pelo rosto de Brook, e então voltou a olhar a janela. A paisagem voltava a ser prédios de concreto e pessoas normais. Assim que pararam no restaurante de Rye, viram o mesmo segurar o bebê de oito meses nos braços. Afinal, Maliha agora era ativa na vida dos pais.

Law&Love (Versão Jacklyn)Where stories live. Discover now