Brook colocou o terno Gucci na mala, de qualquer jeito. Sumuels estava descabelando do outro lado do quarto.
— Brooklyn, você vai mesmo abandonar Nova York assim? Por causa de um pirralho que você não vê faz anos?Brook suspirou quatro vezes, para se acalmar. Andy estava enchendo sua paciência.
— Ele não é um pirralho. Ele é meu filho.
— Que seja! Ele não está com um tutor? Deixe ele com um tutor! Não abandone sua carreira no momento mais épico da nossa vida. A família Rockefeller precisa de uma equipe de advogados. Porque não a Wyatt Advogados? Ficaríamos milionários!
Brook jogou uma cueca na mala e encarou Andy através dos óculos.— Eu já sou milionário.
Andy continuou a andar de um lado para o outro. Brook, enquanto dobrava uma regata, pensou em Bear. Ele largou seu filho, seu herdeiro. O garoto de óculos que ele tanto amava... Por uma fortuna miserável.
Andy ainda tentava convencê-lo.— Brooklyn, traz o garoto para viver com a gente aqui em Nova York. Arrumamos uma babá para ele, colocamos ele na melhor escola dos Estados Unidos e continuamos nosso trabalho.
Enfastiado, Brook fitou Andy pela última vez.
— Bear é feliz em Londres. E eu também era. Muito feliz. E se continuar a me encher, eu juro que eu te demito da minha empresa.— Não pode me demitir, Wyatt. Eu tenho 10% da empresa.
— E eu tenho 90%, mais ações na bolsa e um contrato de ser advogado pessoal de Henry Skyler. Perto de mim, Samuels, você é apenas uma barata. Não tente jogar meu nome na lama enquanto eu estiver fora. Não vai querer que Brooklyn Wyatt acabe com sua vida.
Brook fechou a segunda mala e colocou as duas no chão. Andy ainda o encarava. Ele jogou a chave para Samuels.— Venda esse apartamento até mês que vem. Quero o dinheiro na minha conta em 30 dias. Não aceito menos de cem mil dólares. Passar bem.
Ele arrastou a bagagem para fora, junto com a mochila que tinha nas costas. Pediu um táxi quando chegou no térreo. Era tarde da noite quando ele entrou no avião, em sua cabine particular. Assim que fechou seu compartimento e tirou os sapatos, ele abriu a carteira. Lá estava, completamente dobrada como um origami, uma foto.
A primeira foto dele e de Jack, na beira daquele precipício, de uma manhã de aventuras pessoais. Jack não estaria mais o mesmo. Mas ele também não. Dois anos...
Ele passou o polegar no rosto fotografado de Jack e abraçou a foto perto ao peito. O avião tomou altitude e ele adormeceu.
Jack deixou Bear na escola. Lhe deu um beijo de estalar bochechas. Bear arrumou os óculos e encarou o pai postiço.
— Eu vou conseguir né pai?— Você só não conquista o mundo, porque é muito pequeno ainda. Mas quando conseguir, moverá montanhas, Bear.
O garoto sorriu e mostrou um dentinho faltando. Jack acariciou os cabelos castanhos escuros de Bear. Tão parecido com o pai...
— Quando eu chegar em casa, posso dormir na casa do Astolf? Eu gosto dele.
— Claro, mas só se fizer um gol pra mim. E para o Thor.— Sim, papai — O sinal tocou — Tchau papai.
Ele saiu correndo, a mochila vermelha sacudindo a todo instante, quando ele estendeu a mão para um garotinho loiro com heterocromia. Astolf tinha um olho verde e outro azul, defeito genético raro. Bear dizia que isso o que tornava seu melhor amigo especial.
Eles deram as mãos e entraram. Jack foi andando para dentro do carro, vendo Thor com a chupeta azul e olhos verdes-azulados focados no desenho. Ele sorriu ao ver o filho de um ano e poucos meses feliz para seu primeiro dia de creche.
Sendo assim, ele ligou o rádio e foi andando para outro lugar.
Naquela mesma noite, onde Thor estava com Mikey e Sonny, e Bear na casa de Astolf. Jack se encontrava aos beijos molhados e quentes de Gustav. O homem era tão possessivo em seu corpo, que mal deixava Jack respirar.
Era tarde no escritório. Nikita já havia ido embora fazia horas. O relógio marcava dez e meia da noite.Gustav deixou uma marca de mordida no ombro tatuado de Jack, que gemeu indelicadamente.
— Vou sentir saudades de você.Jack sorriu.
— Marrocos não é tão longe.
— São meses longe de você, Duff. E eu sou viciado em teu corpo. Não sei se suporto.
Jack o beijou novamente, um beijo cheio de luxúria.
— Suporta. Marrocos tem muitos iguais a mim.Gustav entrelaçou os dedos nos de Jack.
— Mas nenhum é único como você.
Aquele momento era especial, Jack pensou. Mas Gustav não tinha olhos verdes como a grama que quando o olhava para eles dava a impressão de você estar vendo o universo . Não tinha um corpo musculoso. Não tinha tatuagens.
Gustav era apenas Gustav.
Gustav pegou sua camisa do chão.— Espero não ter esquecido nada. Quer que eu te espere?
— Não, eu devo ficar mais tempo aqui pra juntar uma papelada.
Ele abotoou a blusa.
— Eu ligo quando tiver embarcando.
Eles se beijaram mais uma vez.— Te vejo em algum tempo, Duff. Eu te adoro.
Jack apenas sorriu torto. Gustav não cobrou, apenas aceitou e pegou a maleta e saiu.
Jack se encostou na mesa, arrumando os cabelos e abotoando a blusa social preta. Gustav era incrível: Rico, bonito, educado e gentil. Mas Gustav... Porque ele não amava Gustav?
Jack se virou para juntar as canetas que haviam caído durante o sexo na mesa, quando ouviu a porta se abrir novamente. Sem se virar, sorriu.— Eu sabia que você tinha esquecido algo — Ele foi virando, lentamente —Foi o relógio ou foi sua...
E então, ele perdeu a fala. Não era Gustav.
Era Brook. Brooklyn Wyatt.
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Law&Love (Versão Jacklyn)
FanfictionEm caso onde envolve dinheiro e poder, duas partes contrárias se encontram em meio ao caos e a sede de vitória. Jack Duff e Brooklyn Wyatt se odeiam, mas por debaixo do ódio, tem algo. E nem mesmo uma sentença pode separar o que eles sentem. ...