Capítulo Dezessete - O fim de algo que nunca começou.

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Brook acordou naquela manhã, passando a mão no lado da sua cama, sentindo o vazio. Abriu os olhos e viu apenas um travesseiro meio jogado de lado.

Onde estaria Jack?

O sol estava iluminando o quarto e Brook percebeu que o cesto de roupas havia sido esvaziado e a toalha molhada da noite passada estava esticada na cadeira.

Ele levantou e arrumou a cama. Depois de esvaziar a bexiga, resolveu escovar os dentes, onde encontrou sua escova molhada.

Jack. Ele usou sua escova.

Rindo, ele não teve nojo algum de usar sua escova. Afinal, ele e Jack já se beijaram. Uma partilha de escovas não seria nada demais.

Quando desceu as escadas, ele ouviu uma risada. Observando pela fresta, ele viu uma imagem maravilhosa: Jack estava virando uma panqueca na frigideira, e Bear estava sentado no balcão, com o rosto sujo de farinha. Jack tinha um sorriso enorme no rosto, enquanto Bear estava com a chupeta na mão.

Brook subiu correndo para o quarto, pegando a câmera e desceu. Quando Jack foi virar a última panqueca, Bear ergueu os braços e Brook aproveitou esse momento para tirar a foto.

Jack deu uma risada.

Stalker! — Ele pegou Bear no colo e foi até Brook, dando-lhe um beijinho. Bear colocou a mão na boca deles.

— Não, beija não. Beija eu, Tio Jaqui.

Bear fez biquinho e Jack deu-lhe um selinho.

— Bear e eu acordamos cedo para fazer panquecas. Ele foi um ótimo ajudante, tirando os talos do morango para fazer a calda.

Brook olhou a mesa, toda ornamentada.

— Quem te ensinou a fazer isso?

Jack colocou Bear na cadeira, colocando uma panqueca com calda no prato do garoto, que em duas mordidas, acabou com ela.

— Rye me ensinou a sobreviver com comida de verdade. Deixei de lado os Cup Nodles e fast food quando ele me ajudou a cozinhar.

Brook se esticou na cadeira, bebendo café, enquanto Bear pegava mais uma panqueca com a mão, sem se importar de sujá-la com calda doce.

— Mikey e eu vivemos de whisky barato, cigarros e comida congelada durante toda a faculdade. Raramente, as namoradas de Mikey nos arrumavam tickets de alimentação. Mikey fazia o sexo uma moeda de troca. Igual a mim.

Jack bebeu do suco.

— E qual era sua melhor mercadoria?

Brook encarou Jack com um olhar pervertido.

— Não quero me gabar, mas eu sei quase todo o kama sutra.

Um arrepio subiu na espinha de Jack que pegou uma torrada, disfarçando o olhar de Brook sob ele.

— Deixemos essa conversa de lado, temos um menor de idade aqui.

Brook deu uma gargalhada.

— Ok, então eu vou comer uma panque...

Mas era tarde demais, quando Bear engoliu a última e com um sorriso melecado de calda e migalhas, encarou o pai.

— Eu tô muito cheio agora... Ops.

Jack estava assustado.

— Eu fiz seis panquecas. Como ele comeu tudo?

Brook se levantou, divertido.

— Fase de crescimento é ótima. Pode deixar, amor. Eu faço uma para mim.

Jack levantou uma sobrancelha. Tanto por Brook o chamar de amor, quanto por ele cozinhar.

Law&Love (Versão Jacklyn)Where stories live. Discover now