Capítulo Vinte e Um - Porque somos o que somos.

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Ele começou a andar nos prados cheio de neve, e parou na clareira. O sol estava sumido entre as nuvens de tempestade de neve, e ele não se importava. De luvas grossas e casaco grande, ele apenas sentia o descanso na pele.

Sentiu mãos femininas abraçarem ele por trás.

— Meu amorzinho.

Ele abraçou a mulher de lado.

— Oi mamãe. Me achou muito rápido.

— Você sempre vinha para cá quando ficava pensativo. Algumas coisas nunca mudam, sunshine.

Jack sorriu. Kiara também.

— Seu pai e eu estávamos conversando sobre ganharmos um neto vindo de uma barriga de aluguel de Loren. Ele está surpreso. Achou que você se tornaria a casar novamente.

— Mãe, eu acho que a senhora já deve imaginar que eu não lido bem com mulheres.

— Eu sei. Eu sempre ficava esperando o momento que você contaria isso para mim e para seu pai. Você não se dá bem com mulheres desde criança, Sunshine. Foi até uma surpresa ter se casado.

— Eu conheci um homem. Eu o amei. Mesmo durante pouco tempo. Mas... Eu não sei porquê ele teve que me magoar.

Kiara abraçou o filho, andando pela neve, de volta para o chalé.

— As pessoas não entendem muitas coisas, Jack. Não entendem porque amam. Não entendem porque crescem, ou porque tem que fazer determinadas coisas. E por isso, erram. Nossa vida é uma escola. Saímos para aprender, sem provas e sem preparo. Não se preocupe com isso agora, porque dele ter feito aquilo. Se preocupe com você e do filho que está crescendo no ventre de Loren e no pequeno Bear que agora, te vê como um pai.

— Obrigado mãe. Eu te amo.

Eu te amo mais. Agora, vamos entrar. Seu pai e o Bear devem ter comido todo o Flan de amoras que eu fiz.

Eles andaram até a casa. Na janela, Jack viu Cherly e Lana sua irmã, lendo uma revista de moda. Emily e Mirella suas outras irmãs, estavam montando a árvore de natal da casa, com os namorados. E no cantinho, viu Bear no colo de Richard seu pai, comendo um tigela de alguma coisa.

Quando entraram, Cherly abordou Jack.

Precisamos conversar.


No quarto, Jack fechou a porta, vendo o olhar de pânico de Cherly.

— O que está acontecendo?

Ela se virou para ele.

— Os pais de Brooklyn, querem ver Bear. Eu disse que estávamos em Bradford, e contei a situação toda. E agora, eles devem estar pegando um carro para vir pra cá. Não adiantou em nada falar que Brooklyn é um maldito que abandonou o filho e você é um tutor possível.

— São duas horas de viagem... Eles devem estar bem perto, mas duvido que cheguem rápido com a neve na estrada.

— Brooklyn não é tão ligado ao Bear, mas Claire e o Daniel são. É o primeiro neto deles. É claro que eles seriam ligados. E agora, o que vamos fazer?

Jack andou de um lado para o outro.

— Ainda bem que minha mãe tem mais um quarto de hóspede vago. Vamos falar com eles.



Claire tinha um sorriso bonito de verão e Daniel parecia aqueles vovôs legais que presenteavam o neto com doces e brincadeiras.

Quando entraram na casa, Bear correu para os braços do avô.

— Vovô! Vovô!

Jack poderia jurar que viu lágrimas nos olhos do senhor.

— Meu pequeno ursinho, como vai você? Vovô trouxe geleia caseira e brinquedos.

Law&Love (Versão Jacklyn)Where stories live. Discover now