Law&Love (Versão Jacklyn)

Capítulo Quatorze - Uma noite aleatória com ele

(Meu capítulo favorito até agora)

Mikey deixou o drink de cereja para Jack na mesa, que sorriu carinhosamente para o moreno.

— Obrigado!

Estava tudo um clima muito estranho naquele momento. Brook quase não falava nada e Jack se sentia desconfortável demais para proferir a primeira palavra do ocorrido de ontem. O que eles poderiam fazer? O que falar? O que pensar?

Devon Werkheiser havia mudado sua música. Light Years tocava agora, e seu trecho favorito chegava em voz melancólica.

É tão solitário, flutuante

Através de um buraco negro

Isto quase me partiu ao meio

Mas depois quando eu te vi

Você estava olhando

Em minha direção

Então você levou meu coração

Brook remexeu na cerveja.

— Então... Você gosta de futebol?

Jack o encarou de volta.

— Liverpool é um dos melhores times da atualidade.

Brook deu uma gargalhada.

— Manchester United é melhor, Jack.

Pareciam que eram conhecidos, melhores amigos. Como se o tempo fosse o melhor amigo, cada momento que eles viviam naquela mesa fosse precioso. Brook não desfocava sua visão dos olhos de Jack, que sempre estavam atentos a tudo naquele lugar. Em Devon, o cantor do palco, do flerte de Mikey com um casal de clientes, com o cheiro de camarão frito com condimentos... Jack era bonito até observando uma mosca.

Devon se despediu do palco e começou a tocar música folk. Brook encarou pela milésima vez os olhos de Jack.

Era aquele momento, onde ele estava vermelho pelo calor do local e pela bebida.

— Eu queria me desculpar por ontem.

Jack deixou o camarão na metade do caminho da boca.

— Ah, aquilo? Eu... Ah... Foi normal.

— É normal um advogado da parte contrária te beijar?

Jack sorriu sem jeito.

— Não sei como reagir sobre aquilo. Não tenho como descrever aquele momento.

Brook deu de ombros.

— Foi a pressão. O calor, o medo...

— Foram apenas pensamentos negativos ou havia algo lá? Me diga, Brook...

Brook perdeu a fala, enquanto Jack procurava algo em seus olhos.

— Não sei o que havia, Jack. Nos conhecemos faz uma semana. Pessoas não se tornam íntimas tão rapidamente.

Jack sacudiu a cabeça.

— Entendo.

O silêncio pestanejou até uma música penetrar no local. Fall in Love, do Barcelona.

Mais do que ninguém, Jack conhecia aquela música.

Os casais se juntaram no espaço de dança, homens e seus parceiros e parceiras, mulheres convidando as suas damas. Jack tomou os vinte segundos de coragem insana e ergueu-se, estendendo a mão para Brook.

— Sabe dançar?

Brook levantou uma sobrancelha.

— Mais ou menos.