Law&Love (Versão Jacklyn)

Capitulo Dois - O Desafio

Joane parecia uma boneca de tão bela. Seus cabelos loiros pareciam uma cascata de ouro puro em seus ombros e costas e um sorriso marcado pelo batom vermelho sangue. Ela usava uma blusa branca e saia preta, como se fosse de porcelana. Sem nenhum anel no dedo, apenas pulseiras caras, colar com uma safira grande e saltos Christian Louboutin.

Jack ficou nervoso perto dela, mas deixou o chá na frente dela, que sorriu carinhosamente. Ela não era uma mulher mesquinha ou falsa, como a maioria das revistas relatavam. De origem humilde, Joane era vendedora de roupas, até demonstrar talento para a moda, e depois para outras áreas. Vendeu ao lado de grandes estilitas e comprou ações em mídia e tecnologia. Ela era uma grande mulher, influente e bela.

Jack se tremeu todo, mas ela o acalmou.

— Me perdoe por vir tão cedo, Sr. Duff. Mas preciso muito dar um jeito de acabar com a raça do meu marido.

— Ah, claro. O que levou ao casal mais poderoso da década vir em um divórcio?

Ela retocou o batom, antes de se encostar na cadeira de couro.

— Henry estava dormindo com minha secretária. E com a minha supervisora. E também com a copeira, a empregada e por fim, com a minha melhor amiga. Eu não sou burra, me casei com um homem e não com um boi reprodutor. Uma delas alega estar grávida dele e me diga, como ficarei marcada na sociedade? Aquela que não soube segurar seu marido.

— Tem provas?

— Não, mas posso consegui-las. Quero que Henry chore aos meus pés.

— Então, apenas um acordo pré-nupcial?

— Quando casados, construímos um império juntos, uma empresa de alto escalão de tecnologia, ligada aos estudos e as descobertas. Ela está no mercado com um valor de 1 bilhão de dólares. Eu quero ela. 100% apenas em meu nome, eu quero ser a dona. Se você conseguir isso para mim, Sr. Duff, tenha a certeza que vai conseguir o posto de melhor advogado do mundo. Vai ter muita gente para atender, quem sabe, minha tia-avó de consideração, a duquesa dinamarquesa. Pense nisso.

Henry era um homem muito belo. Barba por fazer, terno Armani e maleta de couro do mais alto luxo. Os cabelos pretos estavam bagunçados e no pulso, um rolex. Ele parecia ser um anjo, puro pecado ao mesmo tempo.

Ele estava tomando conhaque enquanto Brook tirava os óculos e esfregava os olhos.

— 1 bilhão de dólares?

— Sua sede fica em Boston. Eu a construí, Joane era a chefe administradora e eu trabalhava pessoalmente com o arquiteto. Mas quem trabalhou mais fui eu. Sei tijolo por tijolo. Mas eu quero a propriedade. Não ligo para os carros de luxo que comprei, aquilo pode virar sucata. Eu quero o meu prédio. Sr. Wyatt, quero que entenda que minha influência mundial pode te colocar em um nível tão alto que milionários farão filas em seu escritório.

Brook engoliu seco.

— Não entendo o motivo do divórcio ainda, Sr. Skyler.

O homem se virou para ele, olhos azuis escuros como safiras.

— Joane acha que eu traí ela com a copeira, a empregada, a secretária dela e a supervisora dela. Uma delas está inventando que está grávida, sendo que nem sequer sei o nome de nenhuma delas. Sou um homem ocupado demais para me importar com mulheres fúteis e vazias como elas. Viajo muito, sou empreendedor, e como sabe, coordeno uma equipe de fórmula 1. Como teria tempo para trair minha esposa?

Brook anotou tudo e viu Henry desolado.

— Eu a amo. Mas não tem outro jeito. O divórcio fará bem a ela. Precisa de um homem presente na vida dela, que a ame e a proteja. Pode ser rica, mas ainda é uma menina, aquela que conheci no casamento de minha irmã.

Brook levantou e consolou seu cliente. Chega de sentimentos, vamos aos négocios, pensou.

— Terá sua empresa, Sr. Skyler. Custe o que custar.