Capítulo 6

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Uma luz forte invade meus olhos, pisco várias vezes para me acostumar com a claridade

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Uma luz forte invade meus olhos, pisco várias vezes para me acostumar com a claridade. Minha cabeça está latejando, como se estivisse batido nela diversas vezes em uma parede. Quando finalmente consigo visualizar a paisagem em minha frente, não consigo indentificar a porra do lugar em que me encontro.

As paredes são cinzas, em minha frente têm um raque gigante com diversos livros, e logo em cima se encontra uma televisão gigantesca.

Saio da cama de casal que estava deitada e pego um livro grosso, indo em direção a porta que talvez seja a saída do quarto. O corredor parece dar acesso à sala, ando em passos lentos para não fazer barulho, porém falho terrivelmente quando deixo o livro cair no chão.

-- Que caralhos você tá fazendo? -- uma voz conhecida pergunta

Quando deixo de olhar para o chão, vejo o Hero em minha frente. Ele está com uma calça moletom cinza, sem camisa e com um pano em seu ombro. O que caralhos tá acontecendo?

-- Por que você tá aqui comigo? -- pergunto confusa.

-- Porque você tá no meu apartamento. -- ele faz uma cara, como se eu fosse a pessoa mais burra desse mundo.

-- E o que diabos estou fazendo no seu apartamento? -- olho para minhas roupas. -- Não vai me dizer que fizemos sexo?!

-- Que? Não. -- seus lábios ficam em linha reta, ele está querendo rir da minha cara. -- Você não lembra de nada?

Não, não me lembro de tê-lo encontrado. As minhas últimas lembranças são da briga com o meu pai e de ter ido ao um bar

-- Não, eu só fui pra um bar qualquer. Mas você não estava lá.

-- Eu cheguei depois, burrinha. -- ele vira as costas para mim e começa a andar. -- E você veio para minha casa, porquê não queria ir para a sua. -- para na cozinha americana.

Eu realmente não me lembro de nada, só vem alguns pequenos flashes em minha cabeça do seu rosto no bar.

-- Por que meu livro tá no chão?

-- Eu fiquei com medo, e para me proteger peguei esse livro. -- dou de ombros.

Hero joga sua cabeça para trás e gargalha. Ele ri muito, muito mesmo, seu rosto está até ficando vermelho.

-- Qual é a graça? -- pergunto, andando para a cozinha.

-- Então você acha que iria deter alguém com um livro? -- ele fala, entre risos. -- Sendo que nem segurar ele você consegue? -- volta a rir.

-- Chega. Deu já. -- pego uma maçã que estava em minha frente e jogo nele.

-- Você vai machucar a fruta. -- ele agacha para pegar a maçã e a coloca de volta no lugar.

-- Come isso. Tu deve tá com uma puta ressaca. -- coloca em um prato ovos mexidos e em outro diversos pães.

-- Não tô com muita vontade de comer não. Obrigada.

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